Frequência de adenocarcinoma e carcinoma do colo do útero entre 2016 e 2023 no Brasil
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Palavras-chave

Adenocarcinoma
Neoplasias do Colo do Útero
Carcinoma Epidermoide

Como Citar

1.
Bispo Garcia Lourenço E, Etlinger-Colonelli D, Pedroso A, Lorente S. Frequência de adenocarcinoma e carcinoma do colo do útero entre 2016 e 2023 no Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40720. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41061

Resumo

A incidência estimada de câncer do colo de útero no Brasil em 2023 foi de 17.010 casos, e os tipos histológicos mais frequentes são o carcinoma epidermoide e o adenocarcinoma. No Brasil, o rastreamento da doença é baseado em citologia, que tem maior sensibilidade para detecção de lesões precursoras de carcinomas epidermoides em comparação com adenocarcinomas. Desta forma, espera-se que a incidência de carcinoma epidermoide diminua ao longo dos anos. No entanto, o impacto deste tipo de rastreamento é menos significativo para a detecção precoce de adenocarcinomas. O objetivo deste estudo foi observar as frequências de adenocarcinoma em comparação com carcinoma epidermoide do colo do útero diagnosticados em exames histopatológicos realizados entre 2016 e 2023 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil. Os dados de frequência anual foram extraídos do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), disponíveis no site DATASUS, do Ministério da Saúde. Foram excluídas da casuística as lesões precursoras de câncer, diagnósticos inespecíficos como “outras neoplasias malignas”, lesões com diagnóstico de invasão duvidoso. Os percentuais foram calculados apenas em relação a carcinoma epidermoide e adenocarcinoma invasor. Foi observado respectivamente para 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023 as frequências de 922 (85,8%), 1.173 (86,6%), 1.210 (83,4%), 1.457 (82,9%), 1.231 (83,8%), 1.326 (81,6%), 1.096 (79,2%) e 1.180 (80,5%) de carcinoma epidermoide; e as frequências de 152 (14,2%), 181 (13,4%), 240 (16,6%), 300 (17,1%), 238 (16,2%), 299 (18,4%), 287 (20,8%), 285 (19,5%) adenocarcinoma. Nos últimos anos, observou-se um discreto aumento no percentual de adenocarcinoma e uma leve redução no percentual de carcinoma epidermoide. Medidas para a melhoria da cobertura de vacinação contra o HPV, rastreamento primário por teste molecular e tratamento eficaz das lesões precursoras na maioria das mulheres, deverão reduzir a incidência do câncer do colo do útero de uma forma mais abrangente.

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Copyright (c) 2024 Elisama Bispo Garcia Lourenço, Daniela Etlinger-Colonelli, Ademir Pedroso, Sandra Lorente

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