Fluoretação da água para consumo humano: avaliação da evolução após dez anos de monitoramento pelo Proágua (2013 e 2023)
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Palavras-chave

Fluoretação
Água para Consumo Humano
Fluorose Dentária

Como Citar

1.
Santos CCM dos, Silva RA, Assis JC, Rodrigues ALA, Santana M de O. Fluoretação da água para consumo humano: avaliação da evolução após dez anos de monitoramento pelo Proágua (2013 e 2023). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40594. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41217

Resumo

A fluoretação da água para consumo humano (FACH) é crucial para prevenir cáries dentárias e, assim, é fundamental manter o nível ideal (0,7 mg L-1) do teor de concentração de íons fluoreto (TcIF). A Resolução SS-SP 250/95, define como satisfatórios TcIF entre 0,6 e 0,8 mg L-1. O objetivo deste estudo foi traçar o perfil da FACH da região de abrangência do DRS-XV, comparando os resultados dos ensaios laboratoriais de 2013 com os de 2023, visando avaliar a evolução da qualidade da FACH. A presente pesquisa adotou abordagem descritiva e retrospectiva, utilizando os dados dos ensaios potenciométricos (íon seletivo) dos TcIF e respectivos laudos emitidos em 2013 e 2023. O critério de avaliação seguiu a legislação vigente. Em 2013, das 2.048 amostras analisadas, 1.443 (70,5%) apresentaram TcIF satisfatórios e 605 (29,5%) insatisfatórios. Dos insatisfatórios, 411 (67,9%) apresentaram TcIF sem efeito preventivo da cárie dentária (< 0,6 mg L-1) e os outros 194 (32,1%) expuseram a população ao risco de fluorose dentária (> 0,8 mg L-1). Em 2023, dos 2.525 ensaios, 1.745 (69,1%) apresentaram TcIF satisfatórios, enquanto 780 (30,9%) insatisfatórios. Dos insatisfatórios 669 (85,8%) apresentaram TcIF < 0,6 mg L-1 e, 111 (14,2%) > 0,8 mg L-1. Depois de dez anos de expertise (2013/2023) os resultados indicaram pouco progresso na qualidade da FACH. A não conformidade dos TcIF foi detectada em cerca de 30% das amostras analisadas, ora baixos, ora elevados TcIF. Observou-se, também, relativa melhora alusiva aos TcIF elevados, de 32% (2013) para 14% em 2023, embora a dificuldade em manter 0,7 mg L-1 na água fornecida permaneceu. A identificação constante de índices não conformes ressalta a necessidade de medidas rigorosas para assegurar a eficácia desta prática preventiva. Recomenda-se vigilância permanente, ação proativa para garantir que a população seja beneficiada segura e eficazmente, minimizando a incidência de cáries dentárias e o risco de fluorose.

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