Um estudo trienal: análise de tendências temporais no diagnóstico da leishmaniose visceral canina, no município de Santa Fé do Sul, SP, Brasil
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Palavras-chave

Leishmaniose Visceral
Análise Espaço-Temporal
Cães

Como Citar

1.
Bertollo DMB, Andrade AVP de, Santos NR de O, Alves HG da C, Zini RM, Perini MC, Bianco MJ, Tolezano JE. Um estudo trienal: análise de tendências temporais no diagnóstico da leishmaniose visceral canina, no município de Santa Fé do Sul, SP, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83: e40598. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41333

Resumo

A análise de tendências temporais é essencial para compreender a dinâmica da leishmaniose visceral (LV), identificar padrões emergentes e avaliar a eficácia das intervenções implementadas ao longo do tempo. O objetivo deste estudo foi analisar as tendências e padrões temporais da LV, avaliando os parâmetros de diagnóstico, localização, positividade, concordância entre testes diagnósticos e respostas dos tutores, em três anos consecutivos. Os dados foram obtidos de planilha contendo informações sobre LV canina, coletadas em Santa Fé do Sul nos anos de 2021, 2022 e 2023. Durante o período analisado, foram coletados 1.943 cães, sendo 476 em 2021, 706 em 2022 e 761 em 2023, dos quais 863 (44,4%) foram reagentes no teste rápido (TR). Em 2021, dos 239 (50,2%) reagentes no TR, o EIE confirmou 156 (65,3%). Em 2022, dos 273 (38,7%) o EIE confirmou 160 (58,6%). Enquanto em 2023, dos 351 (24,2%) a taxa de concordância foi de 52,4%. Os setores que apresentaram as maiores taxas de positividade diferiram a cada ano, mas consistentemente mostraram áreas com alta prevalência da doença. Em 2021, os setores A1S5, A1S6 e A1S7 foram os mais afetados; enquanto em 2022, os setores A8S639, A1S6 e A5S55 apresentaram as maiores taxas. Em 2023, os setores A1S13 e A6S200 tiveram 100% de positividade. A resposta dos tutores em relação à eutanásia dos cães positivos também apresentou variações. Em 2021, 65 cães foram eutanasiados ou morreram naturalmente, com recusa inicial de 24,4% dos tutores. Em 2022, número de cães eutanasiados aumentou para 98, com recusa de 23,7%. Já em 2023, 127 cães foram eutanasiados, com recusa de 26,6%. A análise trienal revelou uma tendência de diminuição nos resultados positivos ao longo dos anos, apesar das variações nas taxas de positividade e concordância, é possível identificar tendências e áreas críticas que requerem maior atenção que pode ser útil para as estratégias de controle.

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Copyright (c) 2024 Denise Maria Bussoni Bertollo, Ana Victoria Perini de Andrade, Natielly Rita de Oliveira Santos, Hingrid Gabrielli da Costa Alves, Rosa Maria Zini, Maria Cristina Perini, Mauricio José Bianco, José Eduardo Tolezano

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