Caracterização fenotípica e genotípica dos mecanismos de resistência e perfil patogênico de cepas de Salmonella Typhi identificadas no estado de São Paulo no período de 2013 a 2023
PDF

Palavras-chave

Febre Tifoide
Resistência a Antibióticos
Fatores de Virulência

Como Citar

1.
Costa GL, Vieira T, Bertani AM de J, Yamada AY, Camargo CH, Casas MRT. Caracterização fenotípica e genotípica dos mecanismos de resistência e perfil patogênico de cepas de Salmonella Typhi identificadas no estado de São Paulo no período de 2013 a 2023. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40605. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41384

Resumo

Salmonella Typhi é o agente etiológico da febre tifoide, um patógeno restrito a humanos, comum em regiões com baixo desenvolvimento econômico e condições precárias de saneamento e higiene. Sua patogênese é complexa e a presença de fatores genéticos de virulência é indicativa do potencial patogênico dos isolados, o que torna importante a investigação molecular destes fatores. Além disso, a análise deste microrganismo quanto à sua susceptibilidade aos agentes antimicrobianos também é necessária, visto que dados globais mostram uma recente expansão de cepas multirresistentes aos antimicrobianos de primeira linha como a ampicilina, cloranfenicol e trimetoprim sulfametoxazol, enquanto no Brasil temos poucos dados acerca do assunto. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil de resistência antimicrobiana e identificar genes de virulência em cepas de S. Typhi de São Paulo. A técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) foi utilizada para a análise de oito genes de virulência (sopB, sifA, pilS, hilA, agfA, tcf, sopE, Antígeno Vi), já o teste de sensibilidade aos antimicrobianos foi realizado pelo método de difusão de disco em ágar Mueller-Hinton em 56 isolados provenientes de coproculturas e hemoculturas. A maioria dos isolados apresentou sensibilidade às drogas testadas, sendo que dezesseis isolados apresentaram resistência antimicrobiana a estreptomicina ou sulfonamida, enquanto apenas um isolado apresentou resistência a ambas as drogas. Todos os isolados apresentaram múltiplos genes de virulência. Estes resultados sublinham a importância da vigilância contínua da resistência aos antimicrobianos para uma avaliação precisa da situação local. Além disso, a identificação dos genes de virulência pode informar estratégias eficazes para a prevenção e controle de doenças.

PDF
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Gisele Lozano Costa, Thais Vieira, Amanda Maria de Jesus Bertani, Amanda Yaeko Yamada, Carlos Henrique Camargo, Monique Ribeiro Tiba Casas

Downloads

Não há dados estatísticos.