Comparação de métodos analíticos para determinação de lipídios e ácidos graxos polinsaturados por cromatografia gasosa em fórmula infantil
PDF

Palavras-chave

ácidos graxos polinsaturados
fórmula infantil
método analítico
cromatografia gasosa
lipídeos

Como Citar

1.
Kus MMM, Aued-Pimentel S. Comparação de métodos analíticos para determinação de lipídios e ácidos graxos polinsaturados por cromatografia gasosa em fórmula infantil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2009 [citado 25º de abril de 2024];68(1):12-20. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32737

Resumo

Os ácidos graxos polinsaturados de cadeia de longa participam em diversos processos fisiológicos e metabólicos no organismo humano, além de serem importantes na nutrição infantil. Os ácidos graxos são suplementados em fórmulas infantis utilizadas como substituto de leite materno. A quantificação dos ácidos graxos polinsaturados, em virtude da presença de vários sítios reativos na molécula, requer processos de extração da gordura em condições brandas. No presente trabalho foram comparadas as metodologias analíticas para determinação de lipídios totais e ácidos graxos polinsaturados em fórmula infantil. Nessa análise foi utilizada uma amostra de fórmula infantil (NIST) e foram empregadas as metodologias descritas nas Normas do Instituto Adolfo Lutz e pela AOAC (Association of Official Analytical Chemistry). A quantificação dos ácidos graxos foi realizada utilizando-se diferentes padrões interno e fatores de correção do detector de ionização em chama. Foram observadas diferenças significativas (p<0,05) entre os resultados de lipídios totais e ácidos graxos polinsaturados obtidos por meio de diferentes métodos de extração de gordura. As menores taxas de dispersão (%CV) de ácidos graxos polinsaturados foram obtidas pela metodologia oficial AOAC, que indica a preservação desses componentes, porém com menor recuperação dos lipídios. O uso de padrão interno do éster metílico de ácido graxo 23:0 e de fator de correção teórico do detector de ionização em chama em relação ao próprio padrão interno mostrou-se como o mais adequado para efetuar o cálculo dos ácidos graxos polinsaturados.
https://doi.org/10.53393/rial.2009.v68.32737
PDF

Referências

1. Koo WWS, M BBS, F ACN. Effi cacy and safety of docosahexaenoic acid and arachidonic acid addition to infant formulas: can one buy better vision and intelligence?. J Am Coll Nutr 2003; 22 (2): 101-7.

2. Carver JD. Advances in nutritional modifications of infant formulas. Am J Clin Nutr 2003; 77: 1550S-4S.

3. Currtis JM, Berrigan N, Dauphinee P. The determination of n-3 fatty acid levels in food products containing microencapsulated fi sh oil using the one-step extraction method. Part 1: measurement in the raw ingredient and dry powdered foods. J Am Oli Chem Soc 2008; 85: 297-305.

4. Hirayama KB, Speridião PGL, Fagundes-Neto U. Ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa. The electronic J Ped Gastroent Nutr and Liver Disease 2006, v. 10, n. 3, p. 1-10.

5. Schaafma G. The Western diet with a special focus on dairy products. Institut Danome, 1997; 4:29-43.

6. Auestad N, Scott DT, Janowsky JS, Jacobsen C, Carroll, RE, Montalto MB et al. Visual, cognitive and language assessments at 39 months: a follow-up study of children fed formulas containing long-chain polyunsaturated fatty acids to 1 year of age. Pediatrics 2003; 112(3): 177-83.

7. McCann JC, Ames BN. Is docosahexaenoic acid, a n-3 long-chain polyunsatured fatty acid, required for development of normal brain function? An overview of evidence from cognitive and behavioral tests in humans and animals. Am J Clin Nutr 2005; 82:281-95.

8. Straarup EM, Lauritzen L, Faerk J, Hoy CE, Michaelsen KF. The stereospecifi c triacyglycerol structures and fatty acid profi les of human milk and infant formulas. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2006; 42: 293-9.

9. Koletzko B, Baker S, Cleghorn G, Fagundes-Neto U, Gopalan S, Hernell O et al. Global standard for the compositon of infant formula: Recommendations of an ESPGHAN coodinated internacional expert group. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2005; 41(5): 584-99.

10. Brasil. Portaria nº 977, de 5 de dezembro de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Sáude . Regulamento técnico referente às fórmulas infantis para lactentes e às fórmulas infantis de seguimento. Diário Ofi cial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 29 dez. 1998. Seção 1, p 20-1.

11. Codex Alimentarius Commission. JOINT FAO/WHO. Food standards programme. Codex standard for infant formula – Codex Stan 72 1981, revisado em 2007.

12. Carpenter DM, Ngeh-Ngwainbi J, Lee S. Lipid Analysis. In: Carpenter DE, Sullivan DM, editores. Methods of analysis for nutritional labeling. Arlington: AOAC International; 1993. p. 85-104.

13. Iverson SJ, Lang SLC, Cooper MH. Comparison of the Bligh and Dyer and Folch methods for total lipid determination in a broad range of marine tissue. Lipids 2001; 36:1283-7.

14. Bligh EG, Dyer WJ. A rapid method of total lipid. Extraction and purifi cation. Can J Biochem Physiol 1959; 37:911-7.

15. Métodos Analíticos Físicos-Químicos do Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos, 4.ed., Brasília: ANVISA, 2005.

16. Offi cial Methods of Analysis of AOAC. 18. ed., Gaithersburg: AOAC International, 2005.

17. Hartman L, Lago RCA. Rapid preparation of fatty acid methyl esters from lipids. Lab Prac 1973; 22: 475-6.

18. Maia EL, Rodrigues-Amaya DBR. Avaliação de um método simples e econômico para a metilação de ácidos graxos com lipídios de diversas espécies de peixes. Rev Inst Adolfo Lutz 1993; 53(1/2): 27-35.

19. International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC). Standard Methods for Analyses of Oils, Fats and Derivatives.Report of IUPAC Working Group WG 2/87, Method 2.301. 7.ed. Blackwell Scientifi c Publications, 1987.

20. Golay PA, Dionisi F, Hug B, Giuffrida F, Destaillats, F. Direct quantifi cation of fatty acids in dairy powders with special emphasis on trans fatty acid content. Food Chemistry 2006, 101: 1115-21.

21. Aued-Pimentel S. Avaliação de procedimentos analíticos para a determinação de lipídios e ácidos graxos em produtos alimentícios [Tese de doutorado]. São Paulo: Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Sáude de São Paulo, 2007. 230 pp.

22. Ackman RG, Sipos JC. Application of specifi c response factors in the gas chromatographic analysis of methyl esters of fatty acids with fl ame ionization detector. J AOCS 1964; 41: 377-8.

23. Bannon CD, Graske JD, Hillker AE Analysis of fatty acid methyl esters with high accuracy and reliability: Validation of theoretical relative response factors of unsaturated esters in the flame ionization detector. J AOCS 1986; 63: 105-10.

24. Christie WW. Preparation of esters derivatives of fatty acids for chromatographic analysis. In: Advances in lipid methodology – two. 1993; p.69-111. [Acesso em: 05 out.2004]. Disponível em: http://www.lipid.co.uk/infores/topics/methests/index.htm.

25. Aued-Pimentel S, Caruso MSF, Kumagai EE, Ruvieri V, Zenebon O. Ácidos graxos saturados em produtos alimentícios: comparação de procedimentos na análise por cromatografi a gasosa. Rev Inst Adolfo Lutz 2005; 64(2):167-72.

26. Schreiner M. Quantifi cation of long chain polynsaturated fatty acids by gas chromatography. Evaluation of factors affecting accuracy. J Chrom A 2005; 1095: 126-30.

27. Mazalli MR, Bragagnolo N. Validation of two methods for fatty acids analysis in eggs. Lipids 2007; 42: 483-90.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2009 Mahyara Markievicz Mancio Kus, Sabria Aued-Pimentel

Downloads

Não há dados estatísticos.