Condições higiênico-sanitárias da pimenta do reino em pó (Piper nigrum L.) com o emprego de duas diferentes técnicas para detecção de sujidades leves
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Palavras-chave

pimenta do reino
ELISA
flutuação
sujidades leves

Como Citar

1.
Atui MB, Castejón MJ, Yamashiro R, De Lucca T, Flinn PW. Condições higiênico-sanitárias da pimenta do reino em pó (Piper nigrum L.) com o emprego de duas diferentes técnicas para detecção de sujidades leves. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2009 [citado 27º de abril de 2024];68(1):96-101. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32748

Resumo

A pimenta do reino deve ser colhida, processada, embalada em condições ideais para evitar a presença de matérias estranhas. Com o objetivo de avaliar as condições higiênicas da pimenta do reino em pó, comercializada em São Paulo, foram analisadas 22 amostras por meio de duas diferentes técnicas no período de maio a setembro de 2006. Para a análise de sujidades leves foi utilizada a técnica de flutuação segundo AOAC e ensaio imunoenzimático – ELISA. Observou-se que 100% das amostras continham fragmentos de insetos e em várias amostras foram demonstrados mais de um tipo de matéria estranha; e 23% das amostras mostraram ser impróprias ao consumo em virtude da presença de pelos de roedor. Para realizar o ELISA, foram adicionados os padrões constituídos de 1, 2, 4, 8 e 10 insetos para estimar o número de insetos nas amostras em análise, por meio de valores de densidade óptica (DO). Verificou-se que 36,4% das amostras apresentaram valores de DO próximos aos correspondentes ao do padrão 8 insetos, 40,9% ao do padrão 4 insetos, 18,2%ao do padrão 10 e 4,5% ao do padrão 2 insetos. A técnica descrita na AOAC mostra ser mais apropriada, em função de sua eficiência de detecção de insetos, bem como de outras matérias estranhas, enquanto que o ELISA detecta especificamente a miosina presente no músculo dos insetos, cuja degradação ocorre com o passar do tempo.
https://doi.org/10.53393/rial.2009.v68.32748
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Referências

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