Matérias estranhas e identificação histológica em manjerona (Origanum majorana L.), orégano (Origanum vulgare L.) e salsa (Petroselinum sativum Hoffim.), em flocos, comercializados no estado de São Paulo
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Palavras-chave

manjerona (Origanum majorana L.)
orégano (Origanum vulgare L.)
salsa (Petroselinum sativum Hoffm.)
matérias estranhas
identificação histológica
metodologia

Como Citar

1.
Rodrigues RMMS, Martini MH, Chiarini PF, Prado S de PT. Matérias estranhas e identificação histológica em manjerona (Origanum majorana L.), orégano (Origanum vulgare L.) e salsa (Petroselinum sativum Hoffim.), em flocos, comercializados no estado de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de janeiro de 2005 [citado 26º de abril de 2024];64(1):25-30. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33029

Resumo

Os condimentos ou especiarias são constituídos de diferentes partes de vegetais dessecados, apresentam aroma característico e são utilizados para realçar o sabor dos alimentos. Este trabalho teve como objetivos a pesquisa de fraudes pela identificação dos elementos histológicos característicos, a adequação e implantação de métodos para pesquisa de matérias estranhas, por peneiração e flutuação em manjerona, orégano e salsa em flocos e a avaliação das condições higiênicas desses condimentos. As 41 amostras de manjerona, 84 de orégano e 57 amostras de salsa em flocos foram adquiridas no período de agosto a novembro de 1998, em seis cidades do estado de São Paulo. Para identificação dos elementos histológicos utilizou-se a técnica descrita por Rodrigues et al. e para identificação das matérias estranhas foram utilizados os métodos descritos pela AOAC-2000. Não foi caracterizado qualquer tipo de fraude nos três condimentos analisados. Das 182 amostras analisadas, 98,90% estavam em desacordo com a legislação utilizada até 07/07/2003. As ordens de insetos identificadas foram Hemiptera (afídeos), Coleoptera (carunchos) e Psocoptera (psócides) e os fragmentos de insetos foram a matéria estranha mais freqüente. O método de flutuação foi mais eficiente para a recuperação de matérias estranhas do que a peneiração, inclusive para detectar a presença de ácaros.
https://doi.org/10.53393/rial.2005.64.33029
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Copyright (c) 2005 Regina M. Morelli S. Rodrigues, Maria Helena Martini, Paulo F.T. Chiarini, Sônia de Paula T. Prado

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