Resumo
No presente trabalho o Autor, levando em conta a não existência, em nosso vernáculo, de um compêndio de Microscopia Alimentar, dá início a uma série de publicações, a fim de facilitar o estudo e identificação das principais substâncias alimentícias, aos que desejam se dedicar a este ramo da bromatologia. Procura, por meio do desenho, reunir em um só campo microscópico os elementos histológicos característicos a cada substância estudada e faz, com os necessários detalhes, a descrição de sua estrutura. Aponta algumas das dificuldades surgidas na identificação microscópica das substâncias alimentícias e o meio de as vencer, aplicando-se tratamentos especiais como lavagem do material, descoramento, uso de solventes, reativos e corantes, bem como a necessidade da obtenção de cortes histológicos e da utilização da lupa na separação e colheita de substâncias estranhas. Refere-se à semelhança da estrutura dos blocos de células pétreas
e amilíferas da pera (Pyrus communis) e do marmelo (Pyrus cyclonia), das células cozidas da banana da terra (Musa paradisiaca) e da batata doce (Ipomoea batatas), e das células do tomate (Solanum lucopersicum.; e da abóbora (Cucurbita pepo), indicando os detalhes anatômicos diferenciais que elucidam sua identificação. Em seguida passa a fazer a descrição da estrutura microscópica das 47 substâncias estudadas seguintes: cereais, farinhas e féculas, frutos mais usados na confecção de doces, alguns condimentos e vegetais utilizados no preparo de bebidas estimulantes.
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