Fatores de risco para doenças cardiovasculares e ingestão dietética em mulheres climatéricas não usuárias de Terapia de Reposição Hormonal (TRH)
PDF

Palavras-chave

menopausa
circunferência da cintura
dieta
excesso de peso

Como Citar

1.
Rel BAR, Oldra C de M, Frigo M, Koehnlein EA. Fatores de risco para doenças cardiovasculares e ingestão dietética em mulheres climatéricas não usuárias de Terapia de Reposição Hormonal (TRH). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de março de 2019 [citado 21º de novembro de 2024];78(1):1-12. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35862

Resumo

Neste trabalho foram avaliados os fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) e o
consumo alimentar de mulheres climatéricas não usuárias de terapia de reposição hormonal
(TRH), de acordo com os períodos climatéricos. Trata-se de um estudo transversal em 95
mulheres climatéricas residentes em três municípios do Sudoeste do Paraná. Foram coletados
dados sociodemográficos e clínicos por meio de entrevista, além de dados antropométricos e de
consumo alimentar. A média etária foi de 52,5 ± 5,85 anos, 77,9% estudaram 8 ou mais anos, 76,8%
possuíam renda familiar de até três salários mínimos, 70,5% possuíam cônjuge e 60% não tiveram
nenhum ou até dois partos. Foi observada frequência de excesso de peso e de risco para doenças
cardiovasculares em mais de 65% das mulheres. A presença de comorbidades (p = <0,001) foi
mais frequentes nas mulheres pós-menopáusicas. Quanto à ingestão de lipídios e ácidos graxos
saturados, observou-se maior consumo excessivo nas pré- e peri-menopáusicas (p = 0,042 e
p = 0,022, respectivamente). Os achados do estudo demonstram a importância da prevenção de
DCV independentemente do período climatérico e da utilização de TRH.

https://doi.org/10.53393/rial.2019.v78.35862
PDF

Referências

1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008. [acesso 2018 Jun 11]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf

2. Rocha MDHA, Rocha PA. Do climatério à menopausa. Rev. Cient ITPAC. 2010;3(1):24-7. [acesso 2018 Jun 11]. Disponível em: https://assets.itpac.br/arquivos/Revista/31/4.pdf

3. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Climatério: manual de orientação. São Paulo: 2010. [acesso 2018 Jun 12]. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/Manual_Climaterio.pdf

4. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Anticoncepção: manual de orientação. São Paulo: Ponto; 2004. [acesso 2018 Jun 12]. Disponível em: http://www.itarget.com.br/newclients/sggo.com.br/2008/extra/download/MANUAL-DE-ANTICONCEPCAO

5. Grings AC, Kuhne J, Gomes AP, Jacobsen T, Cascaes AC, Lara GM. Riscos e benefícios da terapia de reposição hormonal (TRH) em mulheres na menopausa. Ver Bras An Clin. 2009;41(3):229-33. [acesso 2018 Jun 12]. Disponível em: http://www.rbac.org.br/wp-content/uploads/2016/08/RBAC_Vol41_n3-Completa.pdf

6. Rossouw JE, Anderson GL, Prentice RL, LaCroix AZ, Kooperberg C, Stefanick ML et al. Risks and benefits of estrogen plus progestin in healthy postmenopausal women: principal results from the Women’s Health Initiative randomized controlled. trial. JAMA. 2002;288(3):321-33. https://dx.doi.org/10.1001/jama.288.3.321

7. Dennehy C, Tsourounis C. A review of select vitamins and minerals used by postmenopausal women. Maturitas. 2010;66(4):370-80. https://dx.doi.org/10.1016/j.maturitas.2010.06.003

8. Lanzillotti HS, Lanzillotti RS, Trotte APR, Dias AS, Bornand B, Costa EAMM. Osteoporose em mulheres na pós-menopausa, cálcio dietético e outros fatores de risco. Rev Nutr. 2003;16(2):181-93. https://doi.org/10.1590/S1415-52732003000200005

9. Silva WJM, Ferrari KB. Metabolismo mitocondrial, radicais livres e envelhecimento. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2011;14(3):441-51. [acesso 2018 Jun 14]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v14n3/v14n3a05.pdf

10. Muniz LC, Schneider BC, Silva ICM, Matijasevich A, Santos IS. Fatores de risco comportamentais acumulados para doenças cardiovasculares no sul do Brasil. Rev Saude Publica. 2012;46(3):534-42. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000021

11. Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS. Doenças cardiovasculares; 2017. [acesso 2019 Jun 25]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5253:doencas-cardiovasculares&Itemid=1096

12. Sociedade Brasileira de Climatério – SOBRAC. Consenso Brasileiro Multidisciplinar de Assistência à Saúde da Mulher Climatérica. [acesso 2018 Jun 10]. Disponível em: http://sobrac.org.br/consenso_brasileiro_de_th_da_menopausa_2018.html

13. Fonseca EJNC, Rocha TPO, Nogueira IAL, Melo JB, Silva BL, Lopes EJ et al. Metabolic syndrome and insulin resistance by HOMA-IR in menopause. Int J Cardiovas Sci. [online]. 2018;31(3):201-8. http://dx.doi.org/ 10.5935/2359-4802.20180009

14. Gravena AAF, Rocha SC, Romeiro TC, Agnolo CMD, Gil LM, Carvalho MDB et al. Sintomas climatéricos e estado nutricional de mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de terapia hormonal. Rev Bras Ginecol Obstet. 2013;35(4):178-84. https://doi.org/10.1590/S0100-72032013000400008

15. Orsatti FL, Nahas EAP, Nahas-Neto J, Maestá N, Padoani N P, Orsatti C L. Indicadores antropométricos e as doenças crônicas não transmissíveis em mulheres na pós-menopausa da região Sudeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(4):182-9. https://doi.org/10.1590/S0100-72032008000400005

16. Hoffmann M, Mendez KG, Canuto R, Garcez AS, Theodoro H, Rodrigues AD et al. Padrões alimentares de mulheres no climatério em atendimento ambulatorial no sul do Brasil. CiênSaúde Colet. 2015;20(5):1565-74. https://doi.org/10.1590/1413-81232015205.07942014

17. Molz A, Poll F. Avaliação nutricional, estilo de vida e consumo alimentar relacionados com risco cardiovascular em mulheres na menopausa. Cinergis. 2013;14(4):186-92. [acesso 2018 Jun 20]. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/4147/3511

18. Montilla RNG, Marucci MFN, Aldrighi JM. Avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar de mulheres no climatério. Rev Assoc Med Bras. 2003;49(1):91-5. https://doi.org/10.1590/S0104-42302003000100040

19. Nosse TM, Moreira SLN, Andrade KC. Avaliação dietética de mulheres climatéricas atendidas em uma clínica-escola de nutrição no município de São Paulo. Rev Bras Ciênc Saúde. 2009;7(21):26-31. [acesso 2018 Jun 20]. Disponível em: http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/297/129

20. World Health Organization – WHO. Physical activity; 2018. [acesso 2018 Jun 10]. Disponível em: http://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/physical-activity
21. Nacif M, Viebig RF. Avaliação antropométrica no ciclo da vida: uma visão prática. 2.ed. São Paulo (SP): Metha; 2011.

22. World Health Organization – WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of the WHO consultation.(WHO technical report series: 894). Geneva: World Health Organization; 2000. [acesso 2018 Jun 11]. Disponível em: http://www.who.int/nutrition/publications/obesity/WHO_TRS_894/en/

23. Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care. 1994;21(1):55-67. [acesso 2018 Jun 11]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8197257

24. Rossi L, Caruso L, Galante A. Avaliação nutricional: novas perspectivas. São Paulo (SP): Roca; 2008.

25. Pinheiro A, Lacerda E, Benzecry E, Gomes M, Costa V. Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras. 5.ed. São Paulo (SP): Atheneu; 2005.

26. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF. Tabela de medidas referidas para os alimentos consumidos no
Brasil. Rio de Janeiro (RJ): IBGE; 2011. [acesso 2018 Jun 12]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50000.pdf

27. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF. Tabela de composição nutricional dos alimentos consumidos no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): IBGE; 2011. [acesso 2018 Jun 10]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50002.pdf

28. Institute of Medicine – IOM. Dietary Reference Intakes (DRIs) for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids. Washington (DC): National Academy Press; 2002/2005. [acesso 2018 Jun 17]. Disponível em: https://www.nal.usda.gov/sites/default/files/fnic_uploads/energy_full_report.pdf

29. Institute of Medicine – IOM. Dietary Reference Intakes (DRIs) for Calcium and Vitamin D. Washington (DC): National Academies Press; 2011. [acesso 2018 Jun 17]. Disponível em: https://www.nap.edu/catalog/13050/dietary-reference-intakes-for-calcium-and-vitamin-d

30. Institute of Medicine – IOM. Dietary Reference Intakes (DRIs) for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and Carotenoids. Washington (DC): National Academies Press; 2000. [acesso 2018 Jun 17]. Disponível em: https://www.nap.edu/catalog/9810/dietary-reference-intakesfor-vitamin-c-vitamin-e-selenium-and-carotenoids

31. Institute of Medicine – IOM. Dietary Reference Intakes (DRIs) for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington (DC): National Academies Press; 2001[acesso 2018 Jun 17]. Disponível em: https://www.nap.edu/catalog/10026/dietaryreference-intakes-for-vitamin-a-vitamin-k-arsenicboron-chromium-copper-iodine-iron-manganesemolybdenum-nickel-silicon-vanadium-and-zinc

32. Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT, Afiune Neto A et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Arq Bras Cardiol. 2017;109(2 Supl):1-76. http://dx.doi.org/10.5935/abc.20170121

33. Martinazzo J, Zemolin GP, Spinelli RB, Zanardo VPS, Ceni GC. Avaliação nutricional de mulheres no climatério atendidas em ambulatório de nutrição no norte do Rio Grande do Sul, Brasil. Ciên Saúde Colet. 2013;18(11):3349-56. [acesso 2018 Jun 22]. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/630/63028795024.pdf

34. Rossi M, Janjetic M, Ferreyra M, Garaicoechea A, Matioli M, Vásquez F et al. Relación entre estado nutricional, consumo de alimentos no nutritivos y percepción de estrés em mujeres perimenopáusicas. Santiago. Rev. Chil. Nutr. 2018;45(2):105-11. http://dx.doi.org/10.4067/s0717-75182018000300105

35. Figueiredo Neto JA, Figuerêdo ED, Barbosa JB, Barbosa FF, Costa GRC, Nina VJS et al. Síndrome metabólica e menopausa: estudo transversal em ambulatório de ginecologia. Arq Bras Cardiol. 2010;95(3):339-45. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010005000094

36. França AP, Aldrighi JM, Marucci MFN. Fatores associados à obesidade global e à obesidade abdominal em mulheres na pós-menopausa. Ver Bras de Saúde Matern Infant, Recife. 2008;8(1):65-73. https://doi.org/10.1590/S1519-38292008000100008

37. Ignacio DL, Frankenfeld TGP, Fortunato RS, Vaisman M, Werneck-de-Castro JPS, Carvalho DP. Regulação da massa corpórea pelo estrogênio e pela atividade física. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53(3):310-7. https://doi.org/10.1590/S0004-27302009000300003

38. Rique ABR, Soares EA, Meirelles CM. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev Bras Med Esporte. 2002;8(6):244-54. https://doi.org/10.1590/S1517-86922002000600006

39. Kovacs EM, Westerterp-Plantenga MS, Saris WH, Goossens I, Geurten P, Brouns F. The effect of addition of modified guar gum to a low-energy semisolid meal on appetite and body weight loss. Int J Obes Relat Metab Disord. 2001;25(3):307-15. https://doi.org/10.1038/sj.ijo.0801546

40. Pereira GAP, Genaro PS, Pinheiro MM, Szejnfekd VL, Martini LA. Cálcio dietético – estratégias para otimizar o consumo. Rev Bras Reumat. 2009;49(2):164-80. https://doi.org/10.1590/S0482-50042009000200008

41. Koury JC, Donangelo CM. Zinco, estresse oxidativo e atividade física. Rev Nutr. 2003:16(4):433-41. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732003000400007

42. Silva JVFP, Moreira SLN, Oliveira DC, Santos TR, Padilha HG, Stulbach T et al. Avaliação do consumo de nutrientes antioxidantes por mulheres fisicamente ativas. Braz J Sports Nutr. 2012;1(1):30-6. [acesso 2018 Jun 23]. Disponível em: http://www.janainaportoalegre.com.br/wp-content/uploads/2014/08/1-Avaliacao-do-consumode-nutrientes-antioxidantes-por-mulheresfisicamente-ativas.pdf

43. Jayedi A, Rashidy-Pour A, Parohan M, Zargar MS, Shab-Bidar S. Dietary antioxidants, circulating antioxidant concentrations, total antioxidant capacity, and risk of all-curse mortality: a systematic review and dose-response meta-analysis of prospective observational studies. Adv Nutr. 2018;9(6):701-16. http://dx.doi.org/10.1093/advances/nmy040
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Bruna Aparecida Ribeiro Rel, Caroline de Maman Oldra, Maiara Frigo, Eloá Angélica Koehnlein

Downloads

Não há dados estatísticos.