Surto de intoxicação por histamina associado ao consumo de atum em conserva no Estado de São Paulo, Brasil
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Palavras-chave

Histamina
Intoxicação
Peixe

Como Citar

1.
Takemoto E, Evangelista P, S. Minazzi-Rodrigues R, Pinati Marsiglia DA, Fernandes de Oliveira CA, Abreu Glória MB. Surto de intoxicação por histamina associado ao consumo de atum em conserva no Estado de São Paulo, Brasil. Bepa [Internet]. 30º de junho de 2014 [citado 24º de novembro de 2024];11(126):25-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38225

Resumo

 Atuns e afins da família Scombridae são particularmente susceptíveis à formação de histamina por conterem grandes quantidades de histidina livre no tecido muscular. Esses peixes estão frequentemente associados a surtos de intoxicação histamínica em diversos países. Considerando que a presença de histamina representa um risco à saúde humana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), pela Instrução normativa nº 46/2011, estabeleceu um nível de tolerância para histamina em conservas de atuns e bonitos (100 mg/kg). Neste trabalho relata-se um surto de intoxicação histamínica causado por atum (em conserva) ocorrido em abril de 2013, em uma escola do município de São Paulo, SP (Brasil) que acometeu diversas crianças após a ingestão da refeição do dia (almoço). Foram analisadas quanto ao teor de histamina as seguintes amostras: atum ralado com óleo comestível e caldo vegetal em conserva refogado com temperos (preparado na escola), uma embalagem original fechada de atum ralado com óleo comestível e caldo vegetal em conserva, do mesmo lote utilizado no refogado, e uma embalagem original de atum ralado com óleo comestível e caldo vegetal em conserva violada contendo fragmentos de atum. Não foi detectada histamina no produto com embalagem original fechada. Já no atum preparado e nos fragmentos de atum da embalagem, os teores foram de 1076,5 e 1534,7 mg/kg, respectivamente. Esses resultados são coerentes com os sintomas relatados na investigação do surto (manchas vermelhas ao redor da boca e face, edema ao redor dos olhos). Os dados sugerem que pode ter ocorrido uma contaminação cruzada e/ou estocagem em temperatura abusiva após o preparo, uma vez que a amostra do mesmo lote que estava intacta não continha histamina. Com este trabalho, pôde-se confirmar a intoxicação histamínica das pessoas acometidas devido ao consumo de altos teores de histamina presente no alimento preparado à base de atum em conserva.    

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Referências

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Copyright (c) 2014 Emy Takemoto, Pinheiro Evangelista, Regina S. Minazzi-Rodrigues, Deise Aparecida Pinati Marsiglia, Carlos Augusto Fernandes de Oliveira, Maria Beatriz Abreu Glória

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