Diagnóstico Clínico-epidemiológico da Raiva Humana: Dados do Instituto Pasteur de São Paulo do Período de 1970-2002
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Palavras-chave

raiva humana
epidemiologia
aspectos clínicos

Como Citar

1.
Carrieri ML, Yumie Takaoka N, Kotait I, Leal Germano PM. Diagnóstico Clínico-epidemiológico da Raiva Humana: Dados do Instituto Pasteur de São Paulo do Período de 1970-2002 . Bepa [Internet]. 31º de maio de 2006 [citado 28º de novembro de 2024];3(29):2-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38816

Resumo

A partir dos registros de óbitos por raiva humana, com confirmação laboratorial, no período de 1970 a 2002, existentes no Instituto Pasteur, foi realizado um estudo clínico-epidemiológico retrospectivo. Em relação ao Estado de procedência dos pacientes, verificou-se que 85,5% eram de São Paulo. A distribuição por sexo foi 74,9% para homens e 25,1% para mulheres, sendo que 38,4% dos óbitos foram em indivíduos de até 10 anos de idade. Verificou-se que o cão foi o responsável por 91,3% dos casos, e a maioria dos animais agressores desapareceu ou era “ignorada”, sendo a mordedura a forma de transmissão mais freqüentemente relatada. O período de incubação mínimo foi de dez dias e o mais longo registrado neste estudo foi de 715 dias. O período médio de incubação foi de 73 dias, com a mediana estabelecida em 54 dias. Em 54,2% dos casos a agressão atingiu a cabeça ou membros superiores, e em 35% a lesão foi única e superficial. O período médio de evolução da doença foi de seis dias e os sintomas mais citados na descrição clínica dos casos foram: a hidrofobia, a aerofobia, a febre e a alteração de comportamento.

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Copyright (c) 2006 Maria Luiza Carrieri, Neide Yumie Takaoka, Ivanete Kotait, Pedro Manuel Leal Germano

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