Pesquisa de enterobactérias em chocolates
PDF

Palavras-chave

cacau
chocolate
Salmonella
Escherichia coli

Como Citar

1.
Reolon Érika M, Santos ARB, Moreira VE, Nascimento M da S do. Pesquisa de enterobactérias em chocolates. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2012 [citado 6º de maio de 2024];71(1):40-3. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32388

Resumo

O chocolate é um dos produtos responsáveis pelos maiores surtos de salmonelose em humanos, contudo pouco se sabe sobre a presença de agentes enteropatogênicos em chocolate produzido no Brasil. Neste contexto, este trabalho pesquisou a presença de enterobactérias totais, coliformes, Escherichia coli e Salmonella em 65 amostras de chocolate (22 ao leite, 22 branco, 17 meio amargo e 4 em pó) comercializadas em Campinas/SP. As amostras apresentaram valores médios de pH entre 5,8 e 7,5 e atividade de água entre 0,31 e 0,59. Não foram isolados coliformes termotolerantes, E. coli e Salmonella nas amostras analisadas. Porém, enterobactérias totais foram detectadas em 22,7% das amostras de chocolate ao leite e branco e em 11,7% das amostras de chocolate meio amargo. Os coliformes totais foram isolados, respectivamente, em 13,6% e 4,5% das amostras de chocolate ao leite e branco. Enterobactérias totais e coliformes não foram detectados nas amostras de chocolate em pó. A contaminação encontrada reforça a necessidade de implementação de rigoroso programa de boas práticas de fabricação pelas indústrias processadoras de chocolate para garantir a segurança microbiológica dos produtos manufaturados.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.71.32388
PDF

Referências

1. ICCO (International Cocoa Organization) Annual Report 2007/2008. [acesso 2012 jul 12]. Disponível em: [http://www.icco.org].

2. EC (European Commission). Salmonella in Foodstuffs. Opinion of the Scietific Committee on Veterinary Measures Relating to Public Health, 2003. [acesso 2006 nov 22]. Disponível em: [http://ec.europa.eu/food/fs/sc/scv/out66_en.pdf ].

3. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consolidação de surtos e emergências em saúde pública. COVEHMS. Sistema de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. [acesso 2009 jun 20]. Disponível em: [http://www.anvisa.gov.br].

4. Podolak R, Enache H, Stone W, Black DG, Elliot P. Sources and Risk Factors for Contamination, Survival, Persistence, and Heat Resistance of Salmonella in Low – Moisture Foods. J Food Prot. 2010;73(10):1919-36.

5. Izurieta WP, Komitopoulou E. Effect of moisture on Salmonellaspp. heat resistence in cocoa and hazelnut shells. Food Res Int. 2011; doi:10.1016/j.food.res.2011.09.024.

6. Werber D, Dreesman J, Feil F, Treeck UV, Fell G, Ethelber GS. International outbreak of Salmonella Oranienburg due to German chocolate.BMC Infect Diseases.2005;5:7-17.

7. Cordier JL. HACCP in the chocolate industry. Food Control.1994;5:171-5.

8. International Commission on Microbiological Specifications for Foods – ICMSF, Microrganisms in Foods 8 – Use of data for assessing process control and product acceptance. Nova York: Springer; 2011.

9. Food and Drug Administration. Bacteriological Analytical Manual Online, 2005. [acesso 2008 jan 15]. Disponível em: [http://www.cfsan.fda.gov/ebam/bam-5.html].

10. Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos: normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4. ed. Brasília: Anvisa; 2005. p. 104-5.

11. Hiramatsu R, Matsumoto M, Sakae K, Miyazaki Y. Ability of shiga toxin-producing Escherichia coli and Salmonella spp. to survive in a desiccation model system and in dry foods. Appl Environ Microbiol. 2005;71:6657-63.

12. Torres-Vitela R, Escartin EF, Castillo A. Risk of Salmonellosis Associated with Consuption of Chocolate in Mexico. J Food Prot. 1995;58(5):478-81.

13. Barrera MC, Blanco MJ, Agut M. Análisis microbiológico de tabletas de chocolate y cacao en polvo. Alimentaria. 2001;38(326):71-4.

14. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 12, de 2 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, 10 jan 2001. Seção 1, n. 7-E, p. 45-53.

15. HPA (Health Protection Agency). National increase in human Salmonella infections in England and Wales: March to June 2006. CDR Weekly. 2006;16(26):1-2.

16. Komitopoulou E, Peñaloza W. Fate of Salmonella in dry confectionery raw materials. J Appl Microbiol. 2009;106:1892-900.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Érika Marques Reolon, Aline Regina Barbosa Santos, Vanessa Eliane Moreira, Maristela da Silva do Nascimento

Downloads

Não há dados estatísticos.