Resumen
O chocolate é um dos produtos responsáveis pelos maiores surtos de salmonelose em humanos, contudo pouco se sabe sobre a presença de agentes enteropatogênicos em chocolate produzido no Brasil. Neste contexto, este trabalho pesquisou a presença de enterobactérias totais, coliformes, Escherichia coli e Salmonella em 65 amostras de chocolate (22 ao leite, 22 branco, 17 meio amargo e 4 em pó) comercializadas em Campinas/SP. As amostras apresentaram valores médios de pH entre 5,8 e 7,5 e atividade de água entre 0,31 e 0,59. Não foram isolados coliformes termotolerantes, E. coli e Salmonella nas amostras analisadas. Porém, enterobactérias totais foram detectadas em 22,7% das amostras de chocolate ao leite e branco e em 11,7% das amostras de chocolate meio amargo. Os coliformes totais foram isolados, respectivamente, em 13,6% e 4,5% das amostras de chocolate ao leite e branco. Enterobactérias totais e coliformes não foram detectados nas amostras de chocolate em pó. A contaminação encontrada reforça a necessidade de implementação de rigoroso programa de boas práticas de fabricação pelas indústrias processadoras de chocolate para garantir a segurança microbiológica dos produtos manufaturados.Citas
1. ICCO (International Cocoa Organization) Annual Report 2007/2008. [acesso 2012 jul 12]. Disponível em: [http://www.icco.org].
2. EC (European Commission). Salmonella in Foodstuffs. Opinion of the Scietific Committee on Veterinary Measures Relating to Public Health, 2003. [acesso 2006 nov 22]. Disponível em: [http://ec.europa.eu/food/fs/sc/scv/out66_en.pdf ].
3. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consolidação de surtos e emergências em saúde pública. COVEHMS. Sistema de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. [acesso 2009 jun 20]. Disponível em: [http://www.anvisa.gov.br].
4. Podolak R, Enache H, Stone W, Black DG, Elliot P. Sources and Risk Factors for Contamination, Survival, Persistence, and Heat Resistance of Salmonella in Low – Moisture Foods. J Food Prot. 2010;73(10):1919-36.
5. Izurieta WP, Komitopoulou E. Effect of moisture on Salmonellaspp. heat resistence in cocoa and hazelnut shells. Food Res Int. 2011; doi:10.1016/j.food.res.2011.09.024.
6. Werber D, Dreesman J, Feil F, Treeck UV, Fell G, Ethelber GS. International outbreak of Salmonella Oranienburg due to German chocolate.BMC Infect Diseases.2005;5:7-17.
7. Cordier JL. HACCP in the chocolate industry. Food Control.1994;5:171-5.
8. International Commission on Microbiological Specifications for Foods – ICMSF, Microrganisms in Foods 8 – Use of data for assessing process control and product acceptance. Nova York: Springer; 2011.
9. Food and Drug Administration. Bacteriological Analytical Manual Online, 2005. [acesso 2008 jan 15]. Disponível em: [http://www.cfsan.fda.gov/ebam/bam-5.html].
10. Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos: normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4. ed. Brasília: Anvisa; 2005. p. 104-5.
11. Hiramatsu R, Matsumoto M, Sakae K, Miyazaki Y. Ability of shiga toxin-producing Escherichia coli and Salmonella spp. to survive in a desiccation model system and in dry foods. Appl Environ Microbiol. 2005;71:6657-63.
12. Torres-Vitela R, Escartin EF, Castillo A. Risk of Salmonellosis Associated with Consuption of Chocolate in Mexico. J Food Prot. 1995;58(5):478-81.
13. Barrera MC, Blanco MJ, Agut M. Análisis microbiológico de tabletas de chocolate y cacao en polvo. Alimentaria. 2001;38(326):71-4.
14. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 12, de 2 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, 10 jan 2001. Seção 1, n. 7-E, p. 45-53.
15. HPA (Health Protection Agency). National increase in human Salmonella infections in England and Wales: March to June 2006. CDR Weekly. 2006;16(26):1-2.
16. Komitopoulou E, Peñaloza W. Fate of Salmonella in dry confectionery raw materials. J Appl Microbiol. 2009;106:1892-900.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2012 Revista del Instituto Adolfo Lutz