Avaliação da contaminação microbiana em fitoterápicos
PDF

Palavras-chave

fitoterápicos
controle de qualidade
avaliação microbiológica

Como Citar

1.
Faria S de M, Nóbrega H do N, Ferreira JAB, Marin VA. Avaliação da contaminação microbiana em fitoterápicos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2012 [citado 28º de março de 2024];71(3):549-56. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32463

Resumo

No presente estudo, foi investigada a qualidade microbiológica de 30 amostras de fitoterápicos derivados de 10 espécies vegetais vendidos em farmácias do Rio de Janeiro. Foram efetuadas as contagens totais de bactérias aeróbias, de bolores e leveduras, de outras enterobactérias e a identificação dos micro-organismos. Foram identificadas 17 espécies de bactérias e duas de fungos. A maioria dos micro-organismos era de agentes oportunistas, indicando que 80% das amostras avaliadas estavam insatisfatórias de acordo com os limites estabelecidos pela Farmacopeia Brasileira. Comparando-se os resultados deste trabalho com os relatados nos estudos anteriores, conclui-se que a contaminação em fitoterápicos é um problema que tem persistido ao longo do tempo, e o seu monitoramento microbiológico fornece base para ações de Vigilância Sanitária. Nesse contexto, o monitoramento desses medicamentos é relevante ferramenta para garantir a qualidade, a segurança e a eficácia desses produtos.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32463
PDF

Referências

1. Tomazzoni MI, Negrelle RRB, Centa ML. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapêutica. Textocontexto–enfermagem. 2006;15(1):115-21.

2. Kingston DGI. Modern natural products drug discovery and its relevance to biodiversity conservation. J Nat Prod. 2011;74:496-511.

3. Carvalho ACB, Nunes DSG, Baratelli TG, ShuqairNsmsaq, Netto EM. Aspectos da legislação no controle dos medicamentos fitoterápicos. T & C Amazônia. 2007;11:26-32.

4. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 14, de 31 de março de 2010. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 5 abr 2010. Seção 1, nº 63, p. 85.

5. Calixto JB, Siqueira JM. Desenvolvimento de Medicamentos no Brasil: Desafios. Gaz Med Bahia. 2008;78 (Suplemento 1):98-106.

6. Pinto AC, Silva DHS, Bolzani VS, Lopes NP. Produtos naturais: atualidade, desafios e perspectivas. Quím Nova. 2002;2(1):45-61.

7. Calixto, JB. Efficacy, safety, quality control, marketing and regulatory guidelines for herbal medicines (phytotherapeutic agents). Braz J Med Biol. 2000;33(2):179-89.

8. DeSmet PAGM. Health risks of herbal remedies: an update. Clin Pharmacol Ther. 2004;76:1-17.

9. Ernst E, Pittler MH. Risks associated with herbal medicinal products. Wiener Med Wochenschrift. 2002;152:183-9.

10. Varanda EA. Atividade mutagênica de plantas. Rev Ciênc Farmac Basic Aplic. 2006;27(1):1-7.

11. Brasil. Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 jun 2006. Seção 1, nº 119.

12. Ministério da Saúde. RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS. [acesso 2012 dez 3]. Disponível em: [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/RENISUS.pdf].

13. Zaroni M, Pontarolo R, Abrahão WSM, Fávero MLD, Correa Júnior C, Streme LDP. Qualidade microbiológica das plantas medicinais produzidas no Estado do Paraná. Rev Bras Farmacognos. 2004;14(1):29-39.

14. Fischer DCH. Contaminação microbiana em medicamentos fitoterápicos sob a forma sólida [dissertação de mestrado]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 1992.

15. Bugno A, Buzzo AA, Nakamura CT, Pereira TC, Matos D, Pinto TJA. Avaliação da contaminação microbiana em drogas vegetais. Braz J Pharm Sci. 2005;41(4):491-7.

16. Melo JG, Nascimento VT, Amorim ELC, Andrade Lima CS, Albuquerque UP. Avaliação da qualidade de amostras comerciais de boldo (Peumus boldus Molina), pata-de-vaca (Bauhinia spp.) e ginco (Ginkgo biloba L.) Rev Bras Farmacognos. 2004;14(2):111-20.

17. Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 20 set 1990; Seção 1:018055.

18. Pinto TJA, Kaneko TM, Ohara MT. Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos correlatos e cosméticos. 3. ed. São Paulo (SP): Ateneu; 2010.

19. Freitas A. Estrutura de mercado do seguimento de fitoterápicos no contexto atual da indústria farmacêutica brasileira. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2007.

20. Farmacopeia Brasileira. 5ª ed. Brasília (DF): Anvisa; 2010.

21. Farmacopeia Brasileira. 4ª ed. Brasília (DF): Anvisa; 2002.

22. Paixão FG, Oliveira DP, Silva PB. Controle microbiológico de produtos fitoterápicos. Hig Aliment. 2004;18:55-7.

23. European Pharmacopeia. 6ª ed. Estrasburgo: Council of Europe, 2008.

24. British Pharmacopoeia 2011. Londres: The Stationery Office;2011.

25. The United States Pharmacopeia Convention. United States Pharmacopeia and National Formulary. Rockville, MD; 2010.

26. Okunlola A, Adewoyin BA, Odeku OA. Evaluation of the pharmaceutical and microbial qualities of some Herbal Medicinal Products in South Western Nigeria. Trop J Pharma Res. 2007;6(1):661-70.

27. Alwaeel SS. Microbial and heavy metals contamination of herbal medicines. Res J Microbiol. 2008;3(12):683-91.

28. Enayatifard R, Asgaritad H, Kezemi-Sanib. Microbial quality of some herbal solid dosage forms. African J Biotechnol. 2008;9:1701-5.

29. Ali N, Hashim NH, Saad B, Safan K, Nakajima M, Yoshizawa T. Evaluation of a method to determine the natural occurrence of aflatoxins in commercial traditional herbal medicines from Malaysia and Indonesia. Food Chem Toxicol. 2005;43:1763-72.

30. Tassaneeyakul W, Razzazi-Fazeli E, SupatraPJ. Contamination of aflatoxins in herbal medicinal products in Thailand. Mycopathol. 2004;158:239-44.

31. Sahoo N, Manchikanti P, Dey S. Herbal drugs: Standards and regulation. Fitoterapia. 2010;81:462-71.

32. Kosolec I, Cvek J, Tomic S. Contamination of medicinal herbs and herbal products. Arch Ind Hyg Toxicol. 2009;60:485-501. 1502.indd 55608/05/13 15:54.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Sarah de Miranda Faria, Hilda do Nascimento Nóbrega, Joana Angélica Barbosa Ferreira, Victor Augustus Marin

Downloads

Não há dados estatísticos.