Avaliação de contaminantes inorgânicos (As, Cd, Cr, Hg e Pb) em espécies de peixes
PDF

Palavras-chave

mercúrio
arsênio
chumbo
cádmio
pescados
estimativa de ingestão

Como Citar

1.
Morgano MA, Oliveira APF de, Rabonato LC, Milani RF, Vasconcellos JP, Martins CN, Citti AL, Telles EO, Balian S de C. Avaliação de contaminantes inorgânicos (As, Cd, Cr, Hg e Pb) em espécies de peixes. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2011 [citado 25º de abril de 2024];70(4):497-506. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32506

Resumo

O teor dos contaminantes arsênio total, cádmio, crômio, chumbo e mercúrio total, foi avaliado em 240 amostras das espécies de peixes pescada (Macrodon ancylodon), tainha (Mugil liza), corvina (Micropogonias furnieri) e sardinha (Sardinella brasiliensis), adquiridas no comércio atacadista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), no inverno de 2009 e no verão de 2010. As determinações dos contaminantes inorgânicos foram realizadas por espectrometria de emissão óptica em plasma com acoplamento indutivo (ICP OES). Os intervalos de concentração obtidos, em mg.kg-1 (peso úmido), foram de As total (<0,1-8,63); Cd (<0,01-0,287); Cr (<0,02-0,44); Pb (<0,02-2,92) e Hg total (<0,002-0,285). As espécies mais contaminadas foram a sardinha e a corvina, sendo encontrados As e Cr em níveis acima dos limites máximos permitidos pela legislação brasileira (1 e 0,1 mg kg-1), em 67% e 7% das amostras analisadas, respectivamente. Este estudo demonstra a ocorrência de contaminação por arsênio, crômio e chumbo nas espécies de pescada, tainha, corvina e sardinha. O maior índice de arsênio foi detectado na espécie sardinha. Na corvina, os contaminantes As, Cr e Pb foram encontrados em teores mais elevados no período de inverno do que na época de verão.

https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32506
PDF

Referências

1. Ikem A, Egiebor NO. Assesment of trace elements in canned fishes (mackerel, tuna, salmon, sardines and herrings) marketed in Georgia and Alabama (United States of America). J Food Comp Anal. 2005;18:771-87.

2. Kevan PG. Pollinators as bioindicators of the state of the environment: species, activity and diversity. Agr Ecosyst Environ. 1999;74: 373-93.

3. Huss HH. Garantia da qualidade dos produtos da pesca: FAO - Documento Técnico Sobre as Pescas n. 334. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, Roma, p.176.

4. Tarley CRT, Coltro WKT, Matsushita M, Souza NE. Characteristic levels of some heavy metals form Brazilian canned sardines (Sardinella brasiliensis). J Food Comp Anal. 2001;14: 611-7.

5. Pereira Filho WR, Ribeiro EF, Lizarte Neto FS. Elementos metálicos em pescados comercializados na cidade de São Paulo. ConScientiae Saúde. 2003;2:61-5.

6. Morgano MA, Perez ACA, Milani RF, Mantovani DMB, Neiva CRP, Furlan EF et al. Mercúrio total em pescado da cadeia produtiva da Baixada Santista, Estado de São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz. 2007;66(2):165-72.

7. Veado MARV, Heeren AO, Severo MI, Grenier-Loustalot MF, Arantes IA, Cabaleiro HL et al. INAA and ICP-MSHS: Metal pollutants in fish tissues Nile tilapia (Oreochromic niloticus) in Pampulha Lake, Belo Horizonte city, Minas Gerais State, Brazil. J Radioanal Nuc Chem. 2007;272(3): 511-4.

8. Terra BF, Araújo FG, Calza CF, Lopes RT, Teixeira TP. Heavy metal in tissue of three fish species from diferents trophics levels in a Tropical Brazilian River. Water Air Soil Pollut. 2008;187: 275-84.

9. Curcho MRSM. Avaliação de Micro e Macroelementos, Elementos Tóxicos (Cd, Hg e Pb) e Ácidos Graxos, em Peixes Disponíveis Comercialmente para consumo em Cananéia e Cubatão, Estado de São Paulo [dissertação de mestrado]. São Paulo (SP): Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, autarquia associada à Universidade de São Paulo; 2009.

10. Marcovecchio JE. The use of Micropogonias furnieri and Mugil liza as bioindicators of heavy metals pollution in La Plata river estuary, Argentina. Sci Total Environ. 2004;323:219-26.

11. Burger J, Gochfeld M. Heavy metals in commercial fish in New Jersey. Environ Res. 2005;99:403-12.

12. Kojadinovic J, Potier M, Le Corre M, Cosson RP, Bustamante P. Bioaccumulation of trace elements in pelagic fish from the Western Indian Ocean. Environ Pollut. 2007;146:548-66.

13. Fernandes C, Fontaínhas-Fernandes A, Cabral D, Salgado MA. Heavy metals in water, sediment and tissues of Liza saliens from Esmoriz-Paramos lagoon, Portugal. Environ Monit Assess. 2008;136: 267-75.

14. Lowel-McConnell RH. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. Tradução Anna Emília A. de M. Vazzoler; Angelo A. Agostinho & Patrícia T.M. Cunnigham. São Paulo: EDUSP; 2006. 534p.

15. Yamaguti N. Diferenciação geográfica de Macrodon ancylodon(Bloch & Schneider, 1789) na costa Brasileira, entre as latitudes 18°36’S e 32°10’S, etapa I, Boletim do Instituto Oceanográfico. 1979;16(1):101-6.

16. Menezes NA, Figueiredo JL. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil: Teleostei (3). São Paulo: Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. 1980. p.96.

17. Burger J, Gochfeld M. Heavy metals in commercial fish in New Jersey. Environ Res. 2005;99:403-12.

18. Bordajandi LR, Gómez G, Abad E, Rivera J, Fernández-Bastón MM, Blasco J, et al MJ. Survey of Persistent Organochlorine Contaminants (PCBs, PCDD/Fs, and PAHs), Heavy Metals (Cu, Cd, Zn, Pb, and Hg), and Arsenic in Food Samples From Huelva (Spain): Levels and Health Implications. J Agric Food Chem. 2004;52: 992-1001.

19. Morgano MA, Rabonato LC, Milani RF, Miyagusku L, Balian SC. Assesment of trace elements in fishes of Japanese foods marketed in São Paulo (Brazil). Food Control. 2011;22:778-85.

20. Morgano MA, Gomes PC, Mantovani DMB. Perrone AAM, Santos TF. Níveis de mercúrio total em peixes de água doce de pisciculturas paulistas. Ciênc Tecnol Aliment. 2005;25(2):250-3.

21. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO. Orientação Sobre Validação de Métodos Analíticos. DOQ-CGCRE-008. Revisão 03 - fev./2010. p.1-20.

22. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Instrução Normativa nº 24, de 14 de julho de 2009. Define os requisitos e critérios específicos para funcionamento dos laboratórios de análises de resíduos e contaminantes em alimentos integrantes da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 22 jul 2009. Seção I, nº 138. p.7.

23. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Portaria nº 685, de 27 de agosto de 1998. Aprova o Regulamento Técnico e princípios gerais para o estabelecimento de níveis máximos de contaminantes químicos em alimentos. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 24 set. 1998. Seção 1.

24. Occupational Safety and Health Administration. Toxic Metals, Occupational Safety and Health Administration.Washington, DC: US Depart of Labor; 2004. [acesso 2010 Mar 18]. Disponível em: [http://www.osha.gov].

25. Institute of Medicine of the National Academies. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium and Zinc. Washington, DC: The National Academy Press, 2001. p. 773.

26. Yusa V, Suelves T, Ruiz-Atienza L, Cervera ML, Benedito V, Pastor A. Monitoring programme on cadmiun, lead, and mercury in fish and seafood from Valencia, Spain: levels and estimated weekly intake. Food Addit Contam: Part B. 2008;1(1): 22-31.

27. World Health Organization - WHO. Joint FAO/WHO Food Standards Programe CODEX Committee on Contaminants in Foods. Fifth Session. [acesso 2011 Out 27]. Disponível em: [http://www.cclac.org/documentos/CCCF/2011/3%20Documentos/Documentos%20Ingles/cf05_INF.pdf].

28. United States Environmental Protection Agency - US EPA. What you need to know about mercury in fish and shellfish. EPA-823-F-04-009, 2pp; 2004. [acesso 2010 Mar 18]. Disponível em: [http://www.epa.gov/waterscience/fish/MethylmercuryBrochure.pdf ].

29. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. IBGE, Coordenação de Trabalho e rendimento. Rio de Janeiro: IBGE; 2011. p.150.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2011 Marcelo Antonio Morgano, Ana Paula Ferreira de Oliveira, Luana Cristina Rabonato, Raquel Fernanda Milani, Juliana Parreira Vasconcellos, Cassia Neves Martins, André Lee Citti, Evelise Oliveira Telles, Simone de Carvalho Balian

Downloads

Não há dados estatísticos.