Condições higiênico-sanitárias, qualidade microbiológica e teste de susceptibilidade antimicrobiana de cepas isoladas de sanduíches comercializados por ambulantes
PDF

Palavras-chave

higiene dos alimentos
análise microbiológica
vigilância sanitária
saúde pública

Como Citar

1.
Furlaneto-Maia L, Oliveira MT de, Oliveira AF de. Condições higiênico-sanitárias, qualidade microbiológica e teste de susceptibilidade antimicrobiana de cepas isoladas de sanduíches comercializados por ambulantes. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2010 [citado 26º de abril de 2024];69(4):489-96. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32606

Resumo

As condições higiênico-sanitárias e a qualidade microbiológica de locais de venda ambulantes que comercializam sanduíches em Londrina-PR foram investigadas neste estudo; as bactérias isoladas foram testados por meio de ensaios de sensibilidade a antimicrobianos. As condições higiênico-sanitárias foram analisadas em 47 pontos de venda de sanduíches tipo cachorro-quente e “cheese”, na cidade de Londrina, PR. Foram coletados aleatoriamente 20 sanduíches para análises microbiológicas, em que foi determinada a presença de bactérias mesófilas aeróbias estritas e facultativas, Staphylococcus aureus, coliformes a 35ºC e coliformes termotolerantes, Escherichia coli e Salmonella spp. Os micro-organismos isolados foram avaliados quanto à sensibilidade a antibióticos. As condições higiênico-sanitárias foram inadequadas em 79,2% dos itens avaliados. Todos os sanduíches estavam contaminados por bactérias mesófilas, coliformes a 35ºC e termotolerantes, e 45% por E. coli. S. aureus foi isolado de 55% das amostras, e em 25% os valores estavam acima do permitido pela legislação. Salmonella spp não foi detectada. A maioria dos isolados de E. coli e S. aureus foi resistente a pelo menos um tipo de antimicrobianos testados. A presença desses micro-organismos pode estar associada com as condições higiênico-sanitárias inadequadas.
https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32606
PDF

Referências

1. Rossi CF. Condições higiênico-sanitárias de utensílios, equipamentos, superfícies e mãos de manipuladores de restaurantes comerciais do tipo “self-service” de Belo Horizonte [Dissertação de mestrado]. Belo Horizonte, Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.

2. Catanozi MPLM, Morelhäo GG, Lurcic KM. Avaliação microbiológica de lanches vendidos em carrinhos de ambulantes na cidade de Araraquara, SP. Hig Aliment. 1999; 13(66/67): 116-20.

3. Dallari SG, Bravo ES, Ribeiro IA, Oliveira JC, Ferreira JA. Vigilância sanitária de alimentos de consumo imediato no município de São Paulo: a importância da informação para o planejamento. Hig Aliment. 2000; 14 (76): 24-6.

4. Nascimento GGF, Romero CEM, Campos MSP, Souza RL, Calçada ML. Avaliação microbiológica de alimentos comercializados em lanchonetes de campi universitários. Hig Aliment. 2003; 17 (100): 85-9.

5. Rodrigues KL, Gomes JP, Conceição RCS, Brod CS, Carvalhal JB, Aleixo JAG. Condições higiênico-sanitárias no comércio ambulante de alimentos em Pelotas-RS.Ciênc Tecnol Aliment. 2003; 23 (3): 447-52.

6. Meyer T, Moreira AS, Piazzetta LS. Importância da higiene pessoal no manipulador de alimentos. [acesso 10 mar 2008]. Disponível em: http://www.unibem.br.

7. Germano MIS, Germano PML. Comida de rua: prós e contras. Hig Alimentar. 2000; 11 (77): 27-32.

8. Franco BDGM, Landgraf M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo (SP): Atheneu; 1996.

9. Hazelwood D, Mclean AC. Manual de higiene para manipuladores de alimentos. São Paulo (SP): Livraria Varela; 1998.

10. Lucca A, Torres EAFS. Condições de higiene de “cachorro-quente” comercializado em vias públicas. Rev Saúde Pública. 2002; 36 (3): 350-2.

11.Brasil. Resolução nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos e a lista de verificação das boas-práticas de fabricação em alimentos produtores e industrializadores de alimentos. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 23 out. 2002, Seção 1, p. 126.

12. APHA. American Public Health Association. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4th ed. Washington (DC); 1992.

13. NCCL. National Committee for Clinical Laboratory Standarts. Performance standards for antimicrobial disk susceptibility tests - approved standards M2-A7. Seventh edition. Wayne, Pa: NCCLS; 2000.

14. Oliveira MC, Silva CV, Costa-Cruz JM. Intestinal parasites and commensals among individuals from a landless camping in the rural area of Uberlândia, Minas Gerais, Brazil. Rev Inst Med Trop. 2003; 45 (3): 173-6.

15. Mallon C, Bortolozo EAFQ. Alimentos comercializados por ambulantes: uma questão de segurança alimentar. Publ. UEPG Ci Biol Saúde. 2004; 10 (3/4): 65-76.

16.Leite CQF, Valentini SR, Falcão DP. Pesquisa de enteropatógenos em alimentos cárneos crús. Ciênc Tecnol Aliment. 1988; 8:155-68.

17. Forsythe SJ. Microbiologia da segurança alimentar. Porto Alegre (RS): Artmed; 2002.

18. Riedel G. Controle sanitário dos alimentos. 2 ed. São Paulo (SP): Atheneu; 1992.

19. Roitman I, Travassos LR, Azevedo JL. Tratado de microbiologia. São Paulo (SP): Manole; 1988.

20. Frasier WC. Microbiologia de los alimentos. 4 ed. Acribia: Zaragosa; 1993.

21. Brasil. Portaria 326 de 1997 - Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos produtore/industrializadores de alimentos. [acesso 15 mar 2008]. Disponível em www.anvisa.gov.br/legis/portarias.

22. Geornaras I, Holy AV. Antimicrobial susceptibilities of isolates of Staphylococcus aureus, Listeria species and Salmonella serotypes associated with poultry processing. Int J Food Microbiol. 2001; 70: 29-35.

23. Lee JH. Methicillin (Oxacillin)-resistant Staphylococcus aureus strains isolated from major food animals and their potential transmission to humans. Appl Environ Microbiol. 2003; 69: 6489-94.

24. Stephan R, Schumacher S. Resistance patterns of non-O157 Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) strains isolated from animals, food and asymptomatic human carriers in Switzerland. Lett Appl Microbiol. 2001; 32: 114-7.

25. Schroeder CM, White DG, Meng J. Retail meat and poultry as a reservoir of antimicrobial resistant Escherichia coli. Food Microbiol. 2004;21: 249-55.

26. Khan A, Das SC, Sikdar RA, Khanam J, Yamasaki S, Takeda Y et al. Antibiotic resistance, virulence gene, and molecular profiles of Shiga Toxin-Producing Escherichia coli isolates from diverse sources in Calcutta, India. J Clin Microbiol. 2002; 40: 2009-15.

27. Klein G, Bulte M. Antibiotic susceptibility pattern of Escherichia coli strains with verocytotoxic E. coli-associated virulence factors from food and animal faces. Food Microbiol. 2003; 20: 27-33.

28. Arámbulo P, Almeida CR, Cuéllar SJ, Belotto AJ. Street food vending in Latin America. Bull Pan Am Health Organ. 1994; 28 (4): 344-54.

29.Borges LJ, Amorim LJM, André MCDPB, Campos MRH, Serafini AB. Qualidade microbiológica de empadão goiano comercializado em uma feira de lazer de Goiânia-GO e teste de susceptibilidade antimicrobiana de cepas isoladas. Rev Patol Trop. 2008; 37 (2): 131-42.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Luciana Furlaneto-Maia, Marcelo Tempesta de Oliveira, Ana Flávia de Oliveira

Downloads

Não há dados estatísticos.