Campylobacter spp em carne de ave crua: avaliação da etapa de resfriamento
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Palavras-chave

campilobacteriose
boas práticas de fabricação e preparo
segurança dos alimentos

Como Citar

1.
Azeredo LI, Luchese RH, Lauria-Filgueiras AL. Campylobacter spp em carne de ave crua: avaliação da etapa de resfriamento. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2010 [citado 4º de dezembro de 2024];69(4):518-24. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32610

Resumo

Na obtenção de carcaças, cortes ou carnes desossadas de aves com qualidade assegurada, várias etapas indispensáveis devem ser seguidas de maneira eficiente, desde a granja avícola até a fase do consumo. As carnes de aves são consideradas alimentos que apresentam elevado risco de transmissão de doenças, como a campilobacteriose. Neste estudo, foi analisado o papel da etapa de resfriamento das carcaças na contaminação com Campylobacter spp. Para tanto, foram coletadas amostras das carcaças com swabs, após o resfriamento do produto, bem como a amostra da água usada nos tanques para tal finalidade. Das amostras de carcaças analisadas, 27% apresentaram resultados positivos para Campylobacter spp. Houve predominância de Campylobacter jejuni biotipo I nos isolados identificados e biotipificados, entretanto, essa bactéria não foi detectada na água de resfriamento. Considera-se que o controle da contaminação com essas bactérias deve ser feito ainda no plantel, na ave viva. Visto que a bactéria é sensível ao cozimento, recomenda-se consumir esse alimento bem cozido, tomando-se os devidos cuidados durante o preparo, para que não ocorra contaminação cruzada com alimentos que são ingeridos crus.
https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32610
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