Avaliação química e bacteriológica na água e mexilhões da baía de Santos, São Paulo, Brasil
PDF (English)

Palavras-chave

Perna perna
banco de mexilhões
contaminação bacteriológica
metais pesados
cultivo mexilhões
águas tropicais

Como Citar

1.
Casarini LM, Henriques MB, Graça-Lopes R, Souza MR de. Avaliação química e bacteriológica na água e mexilhões da baía de Santos, São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2010 [citado 6º de maio de 2024];69(3):297-303. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32629

Resumo

Amostras de água do mar e de mexilhão Perna perna, coletadas bimestralmente da baía de Santos, no período
de dezembro de 2006 a abril de 2008, foram analisadas quanto à presença de metais pesados, compostos
orgânicos e bactérias. A qualidade da água e da carne de mexilhão foi avaliada seguindo-se a legislação
brasileira. As análises dos metais pesados mercúrio, chumbo, zinco e cádmio foram realizadas pela técnica
de espectrometria de absorção atômica. As amostras de carne de mexilhão foram analisadas de acordo com
as recomendações internacionais. Entre as amostras de água do mar, pelo menos uma apresentou teor de
o cloro, fósforo, sulfeto, fluoreto total, nitrogênio amoniacal, alumínio, chumbo e ferro fora dos limites
estabelecidos. Apenas uma amostra de carne do mexilhão apresentou pico elevado de concentração de
zinco. Os agentes bacteriológicos analisados nas amostras de água e de carne estavam esporadicamente
acima dos valores recomendados.

https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32629
PDF (English)

Referências

1. Fagundes L, Henriques MB, Ostini S, Gelli VC. Custos e Benefícios da mitilicultura em espinhel no sistema empresarial e familiar. Informações Econômicas. 1997; 27(2): 33-54.

2. Silva NJR, Reno SF, Henriques MB. Atividade extrativa do mexilhão Perna perna em bancos naturais da baía de Santos, estado de São Paulo: uma abordagem sócio-econômica. Informações Econômicas. 2009; 39(9): 62-73.

3. Potasman I, Paz A, Odeh M. Infectious outbreaks associated with bivalve shellfish consumption: a worldwide perspective. Clin Infect Dis. 2002; 35: 921-8.

4. Kraak MHS, Ainscough C. Fernández A, Vlaardingen P, Voogt P, Admiraal WA. Short-term and chronic exposure of the zebra mussel (Dreissenia polymorpha) to acridine: effects and metabolism. AquatToxicol. 1997; 37: 9-20.

5. Pessatti ML, Resgalla JRC, Reis Filho RW, Kuehn J, Salomão LC, Fontana JD. Variability of filtration and food assimilation rates, respiratory activity and multixenobiotic resistance (MXR) mechanism in the mussel Perna perna under lead influence. Braz J Biol. 2002; 62(4): 651-6.

6. Brasil. Resolução CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) nº. 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 18 mar. 2005. Seção 1, nº 53. p. 58-63.

7. Ramsey MH, Ellison SLR, editors. Eurachem/EUROLAB/CITAC/Nordtest/AMC Guide. Measurement uncertainty arising from sampling: a guide to methods and approaches. Eurachem; 2007.

8. Vanderzant C, Splittstocsser DF. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3a. ed. Washington (U.S.A.): American Public Health Association; 1992.

9. United States Food and Drug Administration. Bacteriological Analytical Manual. 7a. ed. Arlington (U.S.A.): A.O.A.C. International; 1992.

10. AOAC. Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis. 15a. ed. Washington (D.C.); 1995.

11. Santiago-Rivas S, Moreda-Piñeiro A, Barciela-Alonso MC, Bermejo-Barrera P. Characterization of raft mussels according to total trace elements and trace elements bound to metallothionein-like proteins. J Environ Monit. 2009; 11: 1389-96.

12. Sonier R, Mayrand E, Ouellette M, Boghen AD, Mallet V. Spatial and temporal faecal coliform variations in surface water, sediments and cultivated oyster’s meat, Crassostrea virginica, from Richibucto estuary, New Brunswick. Can Tech Fish Aquat Sci. 2006; 2658: 28.

13. Araujo HMP, Nascimento-Vieira DAB, Neumann-Leitão SB, Schwamborn RC, Lucas APOA, Alves JPHD. Zooplankton community dynamics in relation to the seasonal cycle and nutrient inputs in an urban tropical estuary in Brazil. Braz J Biol. 2008; 68(4): 751-62.

14. Rainbow PS. Biomonitoring of Heavy Metal Availability in the Marine Environment. Mar Poll Bull. 1995; 31(4-12): 183-92.

15. Bat L, Gündogdu A, Öztürk M. Copper, Zinc, Lead and Cadmium Concentrations in the Mediterranean Mussel Mytilus galloprovincialis Lamarck, 1819 from the Sinop Coast of the Black Sea. Tr J of Zoology. 1999; 23: 321-6.

16. Sokolowski A, Bawazir AS, Wolowicz M. Trace metals in the brown mussel Perna perna from the coastal waters off Yemen (Gulf of Aden): How concentrations are affected by weight, sex, and seasonal cycle.Arch Environ Contam Toxicol. 2004; 46(1): 67-80.

17. Galvão MSN, Henriques MB, Pereira OM, Marques HLA. Ciclo reprodutivo e infestação parasitária de mexilhões Perna perna(Linnaeus, 1758). B Inst Pesca. 2006; 32(1): 59-71.

18. Nolan C, Dahlgaard H. Accumulation of metal radiotracers by Mytilus edulis. Mar Ecol Prog Ser. 1991; 70: 165-74.

19. Jorge R, Lemos D, Moreira GS. Effect of zinc and benzene on respiration and excretion of mussel larvae (Perna perna) (Linnaeus, 1758) (Mollusca; Bivalvia). Braz J Biol. 2007; 67(1): 111-5.

20. Amado-Filho GM, Salgado LT, Rebelo MF, Rezende CE, Karez CS, Pfeiffer WC. Metais pesados em organismos bentônicos da Baía de Todos os Santos, Brasil.Braz J Biol. 2008; 68(1): 95-100.

21. Avelar WE, Mantelatto FL, Tomazelli AC, Silva DM, Shuhama T, Lopes JL. The marine mussel Perna perna (mollusca, bivalvia, mytilidae) as an indicator of contamination by heavy metals in the Ubatuba Bay, São Paulo, Brazil.Water, Air, & Soil Pollution. 2000; 118(1-2): 65-72.

22. Baraj B, Niencheski LF, Corradi C. Trace metal content trend of mussel Perna perna (Linnaeus, 1758) from the Atlantic Coast of Southern Brazil.Water, Air, & Soil Pollution. 2003; 145(1-4): 205-14.

23. Sidoumou Z, Gnassia-Barelli M, Siau Y, Morton V, Romeo M. Heavy metal concentrations in molluscs from the Senegal coast. Environ. International. 2006; 32: 384-7.

24. Pereira OM, Henriques MB, Zenebon O, Sakuma A, Kira CS. Determinação dos teores de Hg, Pb, Cd, Cu e Zn em moluscos (Crassostrea brasiliana, Perna perna e Mytella falcata). Rev Inst Adolfo Lutz. 2002;61(1): 19-25.

25. Henriques MB, Marques HLA, Lombardi JV, Pereira OM, Brossi-Garcia A. Influência da contaminação bacteriológica sobre a resistência do mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758) à exposição ao ar. Arq Cienc Mar. 2003; 36: 95-9.

26. Henriques MB, Zamarioli LA, Pereira OM, Faustino JS. Contaminação bacteriológica no tecido mole do mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758) nos bancos naturais do litoral da Baixada Santista, Estado de São Paulo. Arq Cienc Mar. 2003; 33: 69-76.

27. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC no. 33, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: [http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_01rdc.htm].

28. Alzieu C. Water. The medium of culture. In: Munday B, Eleftheriou A, Kentouri M, Divanach P. The Interactions of Aquaculture and the Environment: a Bibliographical Review. Belgium: Commission of the European Communities, DG Fisheries; 1989.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Luiz Miguel Casarini, Marcelo Barbosa Henriques, Roberto Graça-Lopes, Marcelo Ricardo de Souza

Downloads

Não há dados estatísticos.