Avaliação físico-química e aceitação sensorial de biscoitos tipo cookies elaborados com farinha de resíduos de acerola
PDF

Palavras-chave

resíduos de acerola (Malpighia emarginata D.C.)
biscoito
aceitação sensorial
caracterização

Como Citar

1.
Aquino ACM de S, Móes RS, Leão KMM, Figueiredo AVD, Castro AA. Avaliação físico-química e aceitação sensorial de biscoitos tipo cookies elaborados com farinha de resíduos de acerola. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2010 [citado 2º de maio de 2024];69(3):379-86. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32640

Resumo

A farinha obtida dos resíduos de processamento da polpa de acerola foi utilizada para preparar biscoitos tipo
cookies. O efeito da mistura dessa farinha foi avaliado na composição e aceitabilidade dos cookies. Foram
elaboradas formulações com 0% (padrão), 10% (Tipo I) e 20% (Tipo II) de farinha de resíduos de acerola em
substituição parcial da farinha de trigo. A farinha de resíduos, constituída de cascas e sementes, apresentou
8,60% de umidade, 8,88% de proteína, 0,52% de lipídios, 3,03% de cinzas, 24,33% de açúcares redutores
em glicose, 8,09 μg.g-1 de carotenoides totais, 47,5ºBrix e 9549,61 mg de ácido ascórbico.100g-1. Os cookies
preparados com farinha de resíduos obtiveram menores notas na impressão global (5,34-Tipo I e 4,14-Tipo
II) em comparação à formulação padrão (6,62). Há necessidade de se efetuar melhorias, como ajuste no teor
de umidade nas formulações, para maior aceitação do produto. No biscoito padrão não houve detecção de
carotenoides totais e ácido ascórbico, mas estes estiveram presentes no Tipo I, respectivamente, nos valores de
1,51 μg.g-1 e 2172,60 mg.100g-1. A farinha de resíduos de acerola, pelo elevado teor de ácido ascórbico, tornase
boa alternativa para substituição parcial da farinha de trigo em cookies para melhorar seu valor nutritivo.

https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32640
PDF

Referências

1. Gomes PMA, Figueiredo RMF, Queiroz AJM. Caracterização e isotermas de adsorção de umidade da polpa de acerola em pó. Rev Bras Prod Agroind. 2002;4(2):157-65.

2. Costa JMC, Felipe EMF, Maia GA, Brasil IM, Hernandez FFH. Comparação dos parâmetros físico-químicos de pós alimentícios obtidos de resíduos de abacaxi. RCA. 2007; 38(2): 228-32.

3. Salgado SM, Guerra NB, Filho ABM. Polpa de Fruta Congelada: Efeito do Processamento sobre o conteúdo de Fibra Alimentar. Rev Nutr. 1999; 12(3): 303-8.

4. Garmus TT, Bezerra JRMV, Rigo M, Córdova KRV. Elaboração de biscoitos com adição de farinha de casca de batata (Solanum tuberosum L.).RBTA. 2009; 3(2): 56-65.

5. Santos VS, Machado AR, Araújo PF, Rodrigues, RS. Avaliação sensorial de biscoitos elaborados com resíduo de polpa de amora-preta (Rubus spp.). In: Anais do XVII Congresso de Iniciação Científico da UFPEL. Pelotas, RS, 2008.

6. Tsen CC. Regular and protein fortified cookies from composite flours. CFW. 1976;21(12):634-37.

7. James C, Courtney DLD, Lorenz K. Rice bran-soy blends as protein supplements in cookies. Int J Food Sci Tecnol. 1989;24(5):495-502.

8. Carvalho RIN, Manica I. Influência de estádios de maturação e condições de armazenamento na conservação da acerola (Malpighia glabra L.). Pesq Agropec Bras. 1994;29(5):681-8.

9. American Association of Cereal Chemists (AACC). Approved Methods of American Association of Cereal Chemists. 9th ed. Saint Paul: 1995.

10. Peryam DR, Girardort N. Advanced taste - method. Food Eng. 1952;24:58-61.

11. Meilgaard M, Civille GV, Carr BT. Sensory evaluation techniques. 2th ed. Flórida: CRC Press, 1991. 354 p.

12. Stone H, Sidel JL.Sensory evaluation practices. Flórida: Academic Press, Inc. 1985. 311 p.

13. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo - Brasil). Métodos físico-químicos para análise de alimentos: normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª ed. Brasília (DF): ANVISA; 2005.

14. Lichtenthaler HK. Chlorophylls and carotenoids: pigments of photosynthetic biomembranes. Methods in enzimology. London: Academic Press, 1987:350-81.

15. AOAC. Official Methods of Analysis of AOAC International. 14th ed. Arlington; 1984.

16. Benassi MT, Antunes AJ. A comparison of metaphosphoric and oxalic acids as extractants solutions for the determination of vitamin C in selected vegetables. Arq Biol Tecnol. 1988;31(4):507–13.

17. Jerônimo CEM, Cezar GM, Júnior AFS, Oliveira VG, Melo HNS. Caracterização dos resíduos das indústrias potiguares de beneficiamento de polpas de frutas. In Anais do VI Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Vitória, ES, 2002.

18. Soares EC, Oliveira GSF, Maia GAM, Monteiro JCS, Silva Junior A, Filho MSS. Desidratação da polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) pelo processo “foam-mat”. Ciênc Tecnol Aliment. 2001;21(2):164-70.

19. Matsuura FCAU, Cardoso RL, Folegatti MIS, Oliveira JRP, Oliveira JAB, Santos DB. Avaliações físico-químicas em frutos de diferentes genótipos de acerola (Malpighia punicifolia L.). Rev Bras Frutic. 2001;23(3):602-6.

20. Brunini MA, Macedo NB, Coelho CV, Siqueira GF. Caracterização física e química de acerolas provenientes de diferentes regiões de cultivo. Rev Bras Frutic. 2004;26(3):486-9.

21. Lousada Junior JE, Costa JMC, Neiva JNM, Rodriguez NM. Caracterização físico-química de subprodutos obtidos do processamento de frutas tropicais visando seu aproveitamento na alimentação animal. RCA. 2006;37(1):70-6.

22. Fasolin LH, Almeida GC, Castanho PS, Netto-Oliveira ER. Biscoitos produzidos com farinha de banana: avaliações química, física e sensorial. Ciênc Tecnol Aliment. 2007;27(3):524-9.

23. Santana MFS, Silva, EFL. Elaboração de biscoitos com farinha de albedo de maracujá. Comunicado Técnico. 2007; Embrapa.

24. De Rosso VV, Mercadante AZ. Carotenoid composition of two Brazilian genotypes of acerola (Malpighia punicifolia L.) from two harvests. Food Res Int. 2005;38:1073-7.

25. De Rosso VV, Mercadante AZ. The high ascorbic acid content is the main cause of the low stability of anthocyanin extracts from acerola. Food Chem. 2007;103:935-43.

26. Batista MS, Figueirêdo, RMF, Queiroz AM. Parâmetros físicos e químicos da acerola (Malpighia punicifolia L.) em diferentes fases de maturação. Rev Bras Prod Agroind. 2000;2(2):19-24.

27. Yamashita F, Benassi MT, Tonzar AC, Moriya S, Fernandes JG. Produtos de acerola: estudo da estabilidade de vitamina C. Ciênc Tecnol Aliment. 2003;23(1):92-4.

28. Vannuchi H, Jordão Jr. AA. Vitaminas hidrossolúveis. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998. p.191-208.

29. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS n° 33, de 13 de janeiro de 1998. Tabelas de Ingestão Diária Recomendada IDR. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 16 jan. 1998. Seção 1, nº11-E, p.5.

30. Aranha FQ, Moura LSA, Simões MOS, Barros ZF, Quirino IVL, Metri JC et al. Normalização dos níveis séricos de ácido ascórbico por suplementação com suco de acerola (Malpighia glabra L.) ou farmacológica em idosos institucionalizados. Rev Nutr. 2004;17(3):309-17.

31. Costa MJC, Terto ALQ, Santos LMP, Rivera MAA, Moura LSA. Efeito da Suplementação com acerola nos níveis sanguíneos de vitamina C e de hemoglobina em crianças pré-escolares. Rev Nutr. 2001;14(1):13-20.

32. Santucci MCC, Alvim ID, Faria EV, Sgarbieri VC. Efeito do enriquecimento de biscoitos tipo água e sal com extrato de levedura (Saccharomyces sp.). Ciênc Tecnol Aliment. 2003;23(3):441-6.

33. Vitti P, Garcia EEC, Oliveira LM. Tecnologia de biscoito - Manual Técnico. Campinas (SP); ITAL: 1988.

34. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução CNNPA nº12, de março de 1978. Aprova o regulamento técnico para biscoitos e bolachas. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 24 jul. 1978. Seção 1, p.11499.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Ana Carolina Moura de Sena Aquino, Raisa Soares Móes, Karina Magna Macena Leão, Ana Virginia Dantas Figueiredo, Alessandra Almeida Castro

Downloads

Não há dados estatísticos.