Estudo da toxicidade in vivo e in vitro em produtos de papel para fins sanitários e sua avaliação microbiológica
PDF

Palavras-chave

papel sanitário
análise microbiológica
toxicidade in vitro/in vivo

Como Citar

1.
Miyamaru LL, Bárbara MCS, Bugno A, Almódovar AAB, Pereira TC, Cruz Áurea S, Ikeda TI, Santos RP dos. Estudo da toxicidade in vivo e in vitro em produtos de papel para fins sanitários e sua avaliação microbiológica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2010 [citado 4º de dezembro de 2024];69(3):419-22. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32646

Resumo

Os papéis para fins sanitários são produtos absorventes compostos de fibras naturais, destinados à fabricação de papel higiênico, lenços, toalhas, guardanapos e lençóis hospitalares. Foram analisados 65 produtos de diferentes marcas de papéis comercializadas em São Paulo para avaliar a toxicidade dérmica utilizando-se
ensaios in vivo e in vitro e a qualidade microbiológica. Foram utilizados ensaios recomendados pelas Norma ABNT NBR 15134-30/09/2004, Portaria 1480-31/12/1990 e Farmacopeia Americana. O ensaio in vivo foi realizado utilizando-se técnicas de Draize, Magnusson e Kligman; para o teste in vitro pela difusão em ágar foram empregadas as linhagens celulares NCTC clone 929 (ATCC-CCL1). Os produtos apresentaram
resultados satisfatórios nos ensaios in vivo e in vitro. A qualidade microbiológica foi satisfatória em 49 (75,4%) amostras, porém em 16 (24,6%) amostras os resultados foram insatisfatórios pela presença de bactérias mesófilas aeróbias e de Clostridium spp. A técnica de citotoxicidade in vitro poderá ser utilizada como teste de triagem e como ensaio alternativo em substituição aos ensaios in vivo. Apesar da análise
microbiológica não constar nas normas vigentes, o seu uso torna-se relevante para avaliar as condições higiênico-sanitárias e atender às normas de Boas Práticas de Fabricação e Controle.

https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32646
PDF

Referências

1. Santos CP, Reis IM, Moreira JEB, Brasileiro LB. Papel como se fabrica? Rev Quim Nova Esc. 2001;14. Disponível em: [http:// www.dqo.iqm.unicamp.br/disciplinas/pos-graduação/qp-322/ artigo.pdf].

2. Associação Brasileira de Normas Técnicas [ABNT] NBR-15134. Papel e produto de papel para fins sanitários. Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2004.

3. Mattos RLG, Valença ACV. A reestruturação do setor de papel e celulose. BNDES Setorial. 1999;10:253-68. Disponível em: [http:// www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/sete 1006.pdf].

4. Mokfienski A, Gomide JL, Colodette JL, Oliveira C. Importância da densidade e do teor de carboidratos totais da madeira de eucalipto no desempenho da linha de fibra. Disponível em: [http:// www. celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/ dc099.pdf].

5. Rodrigues-Acar M, Carmona MN, Montaño AJ, Alarcón HH. Patologías más frecuentes del área perianal. Rev Cent Dermatol Pascua. 2000; 9 (2):86-95.

6. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1480, de 31 de dezembro de 1990. Aprova o Regulamento Técnico para o controle de produtos absorventes higiênicos descartáveis, de uso externo e intra-vaginal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 07 jan.1991. Seção 1, p.295-301.

7. International Organization For Standardization [BSEN ISO] 10993-05. Biological evaluation of medical devices tests for in vitro cytotoxicity. Geneva, 1992.

8. United States Pharmacopeia. 28 ed. Rockville. United States Pharmacopeial Convetion, 2005. p.2268-9.

9. American Society for Testing and Materials [ASTM], F719. Standard pratice for testing biomaterials in rabbits for primary skin irritation. Philadelphia: ASTM, 1996.

10. International Organization for Standardization [BS EM ISO] 10993-10. Biological evaluation of medical devices tests for irritation and sensitization. Geneva, 1996.

11. Organisation for Economic Co-operation and Development of Chemicals revised guideline 404. Acute Dermal Irritation/ Corrosion, 2002.

12. Magnusson B, Kligman. A. Allergenic contact dermatitis in the guinea pig. Thomas CC, Springfield IL, 1970.

13. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. [ANVISA]. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos, 2003.

14. Bacteriological Analytical Manual Online, 2001. Disponível em: [http://www.cfsan.fda.gov/~ebam/bam-4.html].

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Lígia Luriko Miyamaru, Maria Cristina Santa Bárbara, Adriana Bugno, Adriana Aparecida Buzzo Almódovar, Tatiana Caldas Pereira, Áurea Silveira Cruz, Tamiko Ichikawa Ikeda, Rezolina Pereira dos Santos

Downloads

Não há dados estatísticos.