Análise das proteínas e estudo reológico dos isolados proteicos das amêndoas da faveleira (Cnidosculus phyllacanthus (Mart.) Pax. et K. Hoffm.) com e sem espinhos
PDF

Palavras-chave

faveleira
classificação proteica
isolado proteico
eletroforese
viscosidade

Como Citar

1.
Cavalcanti MT, Bora PS. Análise das proteínas e estudo reológico dos isolados proteicos das amêndoas da faveleira (Cnidosculus phyllacanthus (Mart.) Pax. et K. Hoffm.) com e sem espinhos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2010 [citado 2º de maio de 2024];69(2):243-51. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32663

Resumo

A faveleira possui amêndoas com potencial em óleos e proteínas alimentares e é encontrada no Nordeste brasileiro, principalmente nas regiões do sertão e caatinga. As proteínas contidas nas amêndoas das variedades da faveleira com (FCE) e sem (FSE) espinhos foram isoladas, classificadas e estudadas quanto à viscosidade para o seu possível uso como alternativo ingrediente alimentar. As sementes de ambas variedades apresentaram elevadas concentrações proteicas com, respectivamente, 26,20% e 30,70%. Quando desengorduradas, estas passaram a 57,55 e 63,00%. A fração de globulina apresentou-se mais expressiva (63,37 e 63,91%). O isolado proteico apresentou teores de proteínas solúveis de 81,08% e 90,02%. Quando analisadas por eletroforese, apareceram quatro subunidades na faixa de PM de 40,8 a 20,2 kDa para a amêndoa da FCE e sete subunidades na faixa de 60,5 a 21,1 kDa para a da FSE. Quanto à viscosidade, foram analisadas as concentrações de 1, 3, 5 e 7% de isolado proteico e observou-se uma relação de dependência positiva da viscosidade com a concentração de proteína. O isolado proteico da FSE mostrou maior viscosidade que a de FCE. Como a faveleira possui alto teor de proteína, independentemente da sua variedade, sugere-se a sua possível utilização como ingrediente em formulações alimentícias.

https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32663
PDF

Referências

1. El Nasri NA, El Tinay AH. Functional properties of fenugreek (Trigonella foenum graecum) protein concentrate. Food Chemistry. 2007;103:582–9.

2. Osborne TB. The vegetable proteins, 2nd ed. London: Longsman-Green; 1924.

3. Bartolomé B, Mendez JD, Armentia A, Vallverd A, Palacios R. Allergens from Brazil nut: immunochemical characterization. Allergol Immunopathol. 1997;25:135-44.

4. Higgins TSV. Synthesis and regulation of major protein in seeds. Ann Review Plant Physiology. 1994;35:191-21.

5. Shewry PR, Tatham AS. The prolamin storage proteins of cereal seeds: structure and evolution. J Bioch. 1990;267:1-12.

6. Duque JG. O Nordeste e as lavouras xerófilas. 3a ed., Mossoró- RN: ESAM – Fundação Guimarães Duque, Vol. CXLIII; 1980.

7. Braga R. Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2ª Ed. Imprensa Oficial do Ceará. v. VIII; 1960.

8. Moreira JAN, Silva FP, Costa JTA, Kokay L. Ocorrência de faveleira sem espinho no Estado do Ceará, Brasil. Ciência Agronômica, Fortaleza-CE. 1974;4:51-5.

9. Arriel EF, Bakke AO, Silva APB. Estimativa da herdabilidade em jurema-preta (Mimosa hostilis) para a característica acúleos. In:41º Congresso Nacional de Genética; Caxambu/MG. Rev Bras de Genética. 1995;18:129.

10. Lorenzi H. Arvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Editora Plantarum; 1998.

11. Morais EA. Proteínas da Semente de Favela (Cnidosculus phyllacanthus, Pax & K. Hoffm) [dissertação de mestrado]. Fortaleza (CE): Universidade Federal do Ceará; 1978.

12. FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. FAO Estatistical Data base2006. Disponível em: www.fao.org/. Acesso em 12/02/2007.

13. AOAC. Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analysis. Washington; 2000.

14. Gornall AG, Bordawill CS, David MM. The determination of protein by the biuret reaction. J Biology Chem. 1949;177:751-80.

15. McWatters KH, Holmes MR. Influence of moist heat on solubility and emulsification properties of soy and peanut flours. J Food Sci. 1979;44:774-6.

16. Laemmli UK. Cleavage of structural proteins during the assembly of the head of the bacteriophage t4. Nature. 1970;227:689-95.

17. Dua S, Mahajan A, Mahajan A. Improvement of functional properties of rapeseed (Brassica campestris Var. Toria) preparations by chemical modification. J Agric Food Chem. 1996;44:706-10.

18. SPSS. Inc. 11.0 for Windows [Computer program]; LEAD Technologies SPSS Inc.; Chicago, EUA, 2001.

19. Moura Fé JA, Holanda LFF, Martins CB, Maia GA. Estudos tecnológicos da faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus (Mart) Pax et Hoffm). Ciência Agronômica, Fortaleza–CE. 1977;7:33-7.

20. Lourenço KDS. Estudo comparativo parcial das características lipídica, e protéicas, determinação de fatores antinutricionais em sementes de duas cultivares de canola (Brassica napus, L). 2004. [dissertação de mestrado]. João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba; 2004.

21. Ramos CMP, Bora PS. Functional characterization of acetylated brazil nut (bertholletia excelsa hbk) kernel globulin. Ciênc Tecnol Alim. 2004;24:134-8.

22. Sze-Tao KWC, Sathe SK. Functional properties and in vitro digestibility of almond (Prunus dulcis L.) protein isolate. Food Chem. 2000;69:153.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Mônica Tejo Cavalcanti, Pushkar Singh Bora

Downloads

Não há dados estatísticos.