Provável surto de toxinfecção alimentar em funcionários de uma empresa no litoral da região sudeste do Brasil
PDF

Palavras-chave

toxinfecção alimentar
vigilância sanitária e epidemiológica
boas práticas de fabricação
coliformes

Como Citar

1.
Passos E de C, Mello ARP de, Sousa CV de, Silva CR da, Alonso ACB, Gonzalez E, Tavares M. Provável surto de toxinfecção alimentar em funcionários de uma empresa no litoral da região sudeste do Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2010 [citado 29º de março de 2024];69(1):136-40. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32687

Resumo

Foi descrito um provável surto de toxinfecção alimentar em 10 funcionários de uma empresa do município do Guarujá, Estado de São Paulo, em setembro de 2009. A empresa produtora das refeições encaminhou ao Setor de Microbiologia Alimentar do Instituto Adolfo Lutz (IAL) - Laboratório Regional de Santos as amostras dos alimentos, suco e água servidas no almoço dos empregados de uma empresa cliente. As amostras foram analisadas seguindo-se a metodologia descrita no Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001) e Standard Methods (2005); os resultados foram comparados de acordo com os padrões microbiológicos estabelecidos pela Resolução RDC nº 12/2001 da ANVISA e pela Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde. Os coliformes totais foram detectados na amostra de água e os coliformes termotolerantes foram identificados na amostra de salada de alface com queijo servida no restaurante (N.M.P. 1,1x103/g). Não foram isolados Staphylococcus coagulase positiva, Bacillus cereus, Salmonella spp. e tampouco clostrídios sulfito-redutores. Os resultados das análises microbiológicas associados aos sintomas de gastroenterites em funcionários sugerem a ocorrência de surto de toxinfecção alimentar. O presente relato mostra a importância do trabalho do Laboratório de Saúde Pública na elucidação de doenças transmitidas por alimentos.
https://doi.org/10.53393/rial.2010.69.32687
PDF

Referências

1. Zandonadi RP, Botelho RBA, Sávio KEO, Akutsu RC, Araújo WMC. Atitudes de risco do consumidor em restaurantes de auto-serviço. Rev Nutr. 2007;20(1):19-26.

2. Germano PML, Germano MIS. Agentes bacterianos de toxinfecções. In: Germano PML, Germano MIS, editores. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela; 2001. p.199-258.

3. Soares CM, Valadares GF, Azeredo RMC, Kuaye AY. Contaminação ambiental e perfil toxigênico de Bacillus cereus isolados em serviços de alimentação. Ciên Rural. 2008;38(2):504-10.

4. Paula P, Rodrigues PSS, Tórtora JCO, Uchoa CMA, Farage S. Contaminação microbiológica e parasitológica em alfaces (Lactuca sativa) de restaurantes self-service, de Niterói, RJ. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(4):535-7.

5. Rodrigues KL, Moreira AN, Almeida ATS, Chiochetta D, Rodrigues MJ, Brod CS et al. Intoxicação estafilocócica em restaurante institucional. Ciên Rural. 2004;34(1):297-299.

6. Rooney RM, Cramer EH, Mantha S, Nichols G, Bartram JK, Farber JM et al. A Review of Outbreaks of Foodborne Disease Associated with Passenger Ships: Evidence for Risk Management. Public Health Rep. 2004;119:427-34.

7. Brasil. Mistério da Saúde/ANVISA. Resolução RDC nº 12 de 2 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, p. 45-53, 10 de jan. 2001, Seção 1.

8. Downes FP, Ito K, editors. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. Washington: Edwards Brothers; 2002.

9. Eaton AE, Clesceri LS, Rice EU, Greenberg AE. Standard Methods for the examination of water and wastewater. Baltimore: United Book Press; 2005.

10. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 518 de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade e dão outras providencias. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, p. 266-9, 26 de mar. 2004, Seção 1.

11. Silva MP, Cavalli DR, Oliveira TCRM. Avaliação do padrão coliformes a 45ºC e comparação da eficiência das técnicas dos tubos múltiplos e petrifilm EC na detecção de coliformes totais e Escherichia coli em alimentos. Ciênc Tecnol Aliment. 2006;26(2):352-9.

12. Santos CAA, Coelho AFS, Carreiro SC. Avaliação microbiológica de polpas de frutas congeladas. Ciênc Tecnol Aliment. 2008;28(4):913-5.

13. Passos EC, Almeida CS, Rosa JP, Rozman LM, Mello ARP, Souza CV et al. Surto de toxinfecção alimentar em funcionários de uma empreiteira da construção civil no município de Cubatão, São Paulo/Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz. 2008;67(3):237-40.

14. Takayanagui OM, Oliveira CD, Bergamini AMM, DM, Okino MHT, Febrônio LHP, Castro e Silva AAMC et al. Fiscalização de verduras comercializadas no município de Ribeirão Preto, SP. Rev Soc Bras Med Trop. 2001;34(1):37-41.

15. Passos EC, Mello ARP, Souza CV, Silva CR, Paschoal RC, Tavares M. Avaliação microbiológica da alimentação servida aos tripulantes de um navio de cruzeiro ancorado no porto de Santos, São Paulo, em dezembro de 2007. Bol Inst Adolfo Lutz. 2008;18:47-8.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Estevão de Camargo Passos, Ana Ruth Pereira de Mello, Cícero Vagner de Sousa, Carlos Roberto da Silva, Ana Carolina Buchalla Alonso, Eduardo Gonzalez, Mário Tavares

Downloads

Não há dados estatísticos.