Eficiência do Agar R2A na contagem de bactérias heterotróficas em água tratada para diálise
PDF

Palavras-chave

água para diálise
bactérias heterotróficas
ágar R2A
ágar PCA

Como Citar

1.
Almódovar AAB, Pereira TC, Bugno A. Eficiência do Agar R2A na contagem de bactérias heterotróficas em água tratada para diálise. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2009 [citado 2º de maio de 2024];68(2):232-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32722

Resumo

Com o reconhecimento da má qualidade da água em causar potencial risco aos pacientes em tratamentos dialíticos, foram definidos os parâmetros de avaliação, entre os quais a contagem de bactérias heterotróficas. Considerando que a escolha dos meios de cultura e as condições de incubação utilizadas podem influenciar nos resultados da avaliação microbiológica da água tratada para diálise, este estudo realizou a análise da eficiência do ágar R2A para efetuar a contagem de bactérias heterotróficas. Foram analisadas 193amostras de água tratada provenientes de clínicas de diálise do município de São Paulo e de Grande São Paulo, em que foram avaliadas diferentes temperaturas de incubação, bem como o desempenho analítico de ágar R2A em comparação ao teste realizado com ágar PCA. Não houve diferença significativa entre as contagens obtidas após a incubação por 96 horas a temperaturas de 23oC e 34oC. Entretanto, contagens signifi cativamente maiores foram observadas em ágar R2A (p < 0,02), sendo este, portanto, mais adequado para a avaliação da qualidade de água tratada para diálise. Com a finalidade de minimizar os riscos ao paciente sob tratamento dialítico, recomenda-se o uso do teste em ágar R2A combinado com maior tempo de incubação, em função de sua maior sensibilidade, para a efetuar a contagem de bactérias heterotróficas em água tratada para diálise.

https://doi.org/10.53393/rial.2009.v68.32722
PDF

Referências

1. Arvanitidou M, Spaia S, Katsinas C, Pangidis P, Constantinidis T, Katsouyannopoulos V et al. Microbiological quality of water and dialysate in all haemodialysis centres of Greece. Nephrol Dial Transplant. 1988; 13: 949-54.

2. P ontoriero G, Pozzoni P, Andrulli S, Locatelli F. The quality of dialysis water. Nephrol Dial Transplant. 2003; 18 (suppl 7): vii21-5.

3. Silva AMM, Martins CTB, Ferraboli R, Jorgetti V, Romão-Junior JE. Revisão/Atualização em Diálise: Água para hemodiálise. J Bras Nefrol. 1996; 18 (2): 180-8.

4. Varo SD, Martins CHG, Cardoso MJO, Sartori FG, Montanari LB, Pires-Gonçalves RH. Isolamentos e fungos fi lamentosos em água utilizada em uma unidade de hemodiálise. Rev Soc Bras Med Tropical. 2007; 40: 326-31.

5. Vorbeck-Meister I, Sommer R, Vorbeck F, Hörl WH. Quality of water used for haemodialysis: bacteriological and chemical parameters. Nephrol Dial Transplant. 1999; 14: 666-75.

6. Brunet P, Berland Y. Water quality and complications of haemodialysis. Nephrol Dial Transplant. 2000; 15: 578-80.

7. Gomila M, Gascó J, Busquets A, Gil J, Bernabeu R, Buades JM, et al. Identifi cation of culturable bacteria present in haemodialysis water anf fl uid. FEMS Microbiol Ecology. 2005; 52: 101-14.

8. Hoenick NA, Levin R. The implications of water quality in hemodialysis. Semin Dial. 2003; 16 (6): 492-7.

9. Hoenick NA, Ronco C, Levin R. The importance of water quality and haemodialysis fluid composition. Blood Purif. 2006; 24: 11-8.

10. Oie S, Kamiya A, Yoneda I, Uchiyama K, Tsuchida M, Takai K, et al. Microbial contamination of dialysate and its prevention in haemodialysis units. J Hosp Infect. 2003; 54: 115-9.

11. Pérez-Garcia R, Rodríguez-Benitez POC. Why and how to monitor bacterial contamination of dialysate? Nephrol Dial Transplant. 2000; 15: 760-4.

12. Bugno A, Almodóvar, AAB, Pereira TC, Auricchio MT. Detecção de bactérias Gram-negativas não fermentadoras em água tratada para diálise. Rev Inst Adolfo Lutz. 2007; 66 (2): 172-5.

13. Lonnemann G. Assessment of the quality of dialysate. Nephrol Dial Transplant. 1998; 13 (suppl 5): 17-20.

14. van der Linde K, Lim BT, Rondeel JMM, Antonissen LPMT, de Jong GMT. Improved bacteriological surveillance of haemodilysis fl uids: a comparison between Tryptic soy agar and Reasoner’s 2A media. Nephrol Dial Transplant. 1999; 14, 2433-7.

15. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº154, de 15 de jun. 2004 (versão republicada em 31 de mai. 2006). Estabelece o Regulamento Técnico para funcionamento dos Serviços de Diálise. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 31 mai. 2006. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=22875&word.

16. Archibald LK, Khoi NN, Jarvis WR, Reller LB, Cam PD, Thu TA, et al. Pyrogenic reactions in hemodialysis patients, Hanoi, Vietnam. Infect Control Hosp Epidemiol. 2006; 27 (4): 424-6.

17. Reasoner DJ. Heterotrophic plate count methodology in the United States. Int J Food Microbiol. 2004; 92: 307-15.

18. Allen MJ, Edberg SC, Reasoner DJ. Heterotrophic plate count bacteria – what is their signifi cance in drinking water? Int J Food Microbiol. 2004; 92: 265-74.

19. United States Pharmacopeia (US). The United States Pharmacopeia. 31 ed. Rockville: United States Pharmacopeial Convention; 2008.

20. American Public Health Association (US). Standard Methods for the examination of Water and Wasterwater. Baltimore: United Book Press, Inc; 1998.

21. Carter JT, Rice EW, Buchberger SG, Lee Y. Relationships between levels of heterotrophic bacteria and water quality parameters in a drinking water distribution system. Water Research. 2000; 34 (5): 1495-502.

22. Uhl W, Schaule G. Establishment of HPC(R2A) for regrowth control in non-chlorinated distribution systems. Int J Food Microbiol. 2004; 92: 317-25.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2009 Adriana Aparecida Buzzo Almódovar, Tatiana Caldas Pereira, Adriana Bugno

Downloads

Não há dados estatísticos.