Estrutura da comunidade fitoplanctônica com ênfase em Cyanobacteria no reservatório de Tapacurá-PE
PDF

Palavras-chave

reservatório
comunidade fitoplanctônica
Cyanobacteria

Como Citar

1.
Andrade CM de, Gomes CT da S, Aragão NKCV, Silva EM, Lira GA da ST de. Estrutura da comunidade fitoplanctônica com ênfase em Cyanobacteria no reservatório de Tapacurá-PE. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2009 [citado 4º de maio de 2024];68(1):109-17. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32750

Resumo

O reservatório de Tapacurá, localizado a 30 km da cidade do Recife, caracteriza-se como um importante manancial de abastecimento do município e de parte de sua região metropolitana. Com o objetivo de caracterizar qualitativamente e quantitativamente a comunidade fitoplanctônica deste ecossistema, foram realizadas 12amostragens, no período de junho/2006 a janeiro/2007, em uma única estação, próxima ao ponto de captação de água. A frequência de ocorrência, abundância, dominância, índice de diversidade específica e equitabilidade dos táxons foram determinados como parte complementar do estudo. Foram identificados 22 táxons com predominânciados grupos: Cyanobacteria (45,0%), Chlorophyta (36,0%) Chrysophyta (9,0%) Euglenophyta (5,0%) e Cryptophyta(5,0%). As Cyanobacteria apresentaram as maiores densidades, contribuindo em média com 95,0% dos organismosquantificados. Quanto à frequência de ocorrência, 32,0% dos táxons foram considerados muito frequentes, 32,0%frequentes, 27,0% pouco frequentes e 9,0% raros. Dos táxons identificados nove destacaram-se como abundantes em pelo menos uma das amostragens. Raphidiopsis mediterranea e Microcystis aeruginosa foram as únicas espécies que apresentaram dominância durante o período estudado. As maiores densidades observadas para espécies de Cyanobacteria configuram-se como potenciais riscos à saúde pública, uma vez que alguns destes táxons apresentam histórico de produção de toxinas.
https://doi.org/10.53393/rial.2009.68.32750
PDF

Referências

1. Margalef R. Limnologia. Barcelona, Ediciones Omega; 1983. 1010.

2. Mur LR, Skulberg OM, Utkilen H. Cyanobacteria in the environment. In: Chorus I, Bartram J. Toxic cyanobacteria in water. 1ed. Londres: E & FN Spon 1999; p.15-37.

3. Azevedo SMFO, Evans WR, Carmichael WW, Namikoshi M. First report of microcystins from a Brazilian isolated the cyanobacterium Microcystis aeruginosa. Jornal of Applied Phycology 1994, 6: 61-5.

4. Vieira JMS. Toxicidade de cianobactérias e concentração de microcistinas em uma represa de abastecimento público da região amazônica de Brasil [Tese de Doutorado]. São Paulo, SP, Universidade de São Paulo, 2002. 147pp.

5. Oliver RL, Granf GG. Freshwater blooms. In: Whitton BA, Potts M.(Ed). The ecology of cyanobacteria: their diversity in time and space. Dordrecht: Kluwer; 2000. p.149-94.

6. Brasil.Portaria nº 518 de 25 de março de 2004 do Ministério da Saúde. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 mar. 2004. Seção 1, p. 266-9.

7. Molica RJR, Onodera H, Gárcia C, Rivas M, Andrinolo D, Nascimento S, Meguro H, Oshima Y, Azevedo SMFO, Lagos N. Toxins in the freshwater cyanobacterium Cylindrospermopsis raciborskii (Cyanobhyceae) isolated from Tabocas reservoir in Caruaru, Brazil, including demonstration of a new saxitoxin analogue. Phycologia. 2002; 41(6). 606-11.

8. Teixeira MGLC, Costa MCN, Carvalho VLP, Pereira MS, Hage E. Gastroenteritis Epidemic in the Area of the Itaparica, BA, Brazil. Bulletin of PAHO1993, 27(3).244-53.

9. Molica RJR, Oliveira EJA, Carvalho PVVC, Costa ANSF, Cunha MCC, Melo GL, Azevedo SMFO. Occurrence of saxitoxins and na anatoxin-a(s)-like anticholinesterase in a Brazilian drinking water supply. Harmful Algae 2005, 4. 743-53.

10. Braga RAP. Universidade Federal de Pernambuco/ CTG / DECIVIL / GRH. Gestão ambiental da bacia do rio Tapacurá – Plano de ação; 2001.

11. The Weather Channel. Disponível em URL: http://br.weather.com/weather/ climatology /BRxx1479?dayofyear=182. Acesso em 18.11.2006.

12. Round FE. The biology of the algal. London: Edward Arnold (Publishers). Ltd.; 1965. 269.

13. Round FE. The taxonomy of the Chlorophyta, 2. Brit. phycol. J; 1971. 6(2).235-64.

14. Anagnostidis K, Komárek J. Modetn approach to the classification system of Cyanobacteria. 3-Oscillatoriales. Arch Hydrobiol suppl algol Stud 1988, 80(1-4).327-472.

15. Anagnostidis K, Komárek J. Modern approach to the classifi cation system of Cyanobacteria. 5- Stigonematales. Arch Hydrobiol suppl algol Stud 1990, 59. 1-73.

16. Komárek J, Anagnostidis K. Modern appoach to the classification system of Cyanophytes, 2: Choococcales. Archiv fur Hydrobiologie, Suppl. 73, Algological Studies1986, 43. 157-226.

17. Komárek J, Anagnostidis K. Cyanoprokaryota, 2. Teil: Oscillatoriales. Subwasserflora von Mitteleuropa. Bridel B, Gaster G, Krienitz L, Schargerl M. (Hrs.) (19/2). Elsevier. 2005. p.759.

18. Komárek J, Anagnostidis K. Cyanoprokaryota, 1. Teil: Chroococcales. In: Ettl HG, Gartner H, Heynig & D. Mollenhauer Ettl (eds): Susswasserflora von Mitteleuropa; Gustav Fischer, Stuttgart 1999, 19. 1-545.

19. Komárek J, Kling H. Variation in six planktonic cyanophyte genera in lake Victoria (East Africa). Archiv fur Hydrobiologie,Stuttgart 1991, 88. 21-46.

20. Sant`Anna CL, Azevedo MTP, Agujaro L. Manual ilustrado para identifi cação e contagem de cianobactérias planctônicas de águas continentais brasileiras. 1ªed. Interciência , São Paulo , SP; 2006, 58pp.

21. Utermöhl H. Zur vervollkommung der quantitativen phytoplankton – Methodik. Mitt Int Limnol 1958, 9. 1-38.

22. Chorus I, Bartram J. Editors. Toxic Cyanobacteria in water. A Guide to their public health consequences, monitoring and management. London: E&FN Spon; 1999. 416pp.

23. Box JD. Enumeration of cell concentrations in suspensions of colonial freshwater microalgae, with particular reference to Microcystis aeruginosa. In: Chorus I & Bartram J. Toxic cyanobacteria in water. 1ed. Londres: E & FN Spon; 1999. p.347- 67.

24. American Public Health Association (APHA). Standard methods for the examination of water and wastewater. 16ª Ed. Washington; 1985. p.1088-101.

25. Mateucci SD, Colma A. La metologia para el estudo da vegetación. Collecion de Monografías Científicas. Série Biologia; 1982. 22. 168.

26. Lobo E, Leighton G. Estructuras comunitárias de lãs fitocenosis planctônicas de los sistemas de desembocaduras de rios e y esteros de la zona central de Chile. Revista Biologia Marinha 1986, 22. 1-29.

27. Pielou EC. Mathematical ecology. Wiley-Interscience, New York; 1977. 385.

28. Ferreira ACS. Dinâmica do fitoplâncton de um reservatório hipereutrófi co (Reservatório Tapacurá, Recife, PE), com ênfase em Cylindrospermopsis raciborskii e seus morfotipos [Dissertação de mestrado]. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002.

29. Bouvy M, Barros-França L, Carmouze JP. Compartimento microbiano no meio pelágico de sete açudes do Estado de Pernambuco (Brasil). São Paulo, Acta Limnológica Brasileira, 1998, 10. 93-101p.

30. Falcão DPM, Bouvy M, Marinho M, Moura AN. Microfi toplâncton e condições limnológicas em reservatórios de cinco bacias hidrográficas do Estado de Pernambuco: ênfase ao gênero Cylindrospermopsis. In: Reunião Brasileira de Ficologia, 8. Porto de Galinhas, PE 1999. Resumos... 120p.

31. Gomes CTS. Análise da Variação qualiquantitativa do fitoplâncton no reservatório do Carpina – PE [Dissertação de mestrado]. Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), 2003.

32. Aragão NKCV, Gomes CTG, Lira GAST, Andrade CM. Estudo da comunidade fitoplanctônica no reservatório da Carpina-PE, com ênfase em cyanobacteria. Rev Inst Adolfo Lutz 2007; 66(3). 240-8.

33. Bouvy MA, Falcão D, Marinho M, Pagano M, Moura A. Occurrence of Cylindrospermopsis (Cyanobacteria) in 39 Brazilian tropical reservoirs during the 1998 drought. Aquatic Microbiol Ecology 2000; 23.13-27.

34. Chellappa NT, Costa MAM. Dominant and co-existing epecies of cyanobacteria from a eutrophicated reservoir of Rio Grande do Norte State, Brazil. Acta Oecologica 2003, 24. 3-10.

35. Reynolds CS. The ecology of freshwater phytoplankton. Cambridge, Cambridge University Press, 1984. p 384.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2009 Carolina Mendes de Andrade, Cícero Tiago da Silva Gomes, Nísia Karine Cavalcanti Vasconcelos Aragão, Edvani Maria Silva, Giulliari Alan da Silva Tavares de Lira

Downloads

Não há dados estatísticos.