Refino de óleos de corvina (Micropogonias furnieri) provenientes dos processos de ensilagem ácida e termomecânico de farinha
PDF

Palavras-chave

óleo de pescado
ácidos graxos
cor Lovibond
índice de iodo
índice de saponificação
winterização

Como Citar

1.
Crexi VT, Grunennvaldt FL, Soares LAS, Pinto LAA. Refino de óleos de corvina (Micropogonias furnieri) provenientes dos processos de ensilagem ácida e termomecânico de farinha. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2007 [citado 2º de maio de 2024];66(1):50-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32849

Resumo

O óleo de pescado constitui importante fonte de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (PUFA) benéficos à saúde humana. No entanto, há presença de impurezas que afetam suas características. Esse óleo pode ser obtido a partir do processo de ensilagem ácida e pelo processo termomecânico tradicional de produção de farinha. Para o consumo humano, o óleo deve passar pelo processo de refino. No presente trabalho realizou-se o refino dos óleos de resíduos de corvina (Micropogonias furnieri), provenientes dos processos de ensilagem ácida e de tratamento termomecânico, e comparou-se a qualidade final dos óleos refinados. O óleo refinado por meio de ambos processos apresentou características semelhantes. A etapa de “winterização”, em ambos os processos, resultou no ganho de ácidos eicosapentaenóico mais docosahexaenóico (EPA+DHA) em torno de 8,5% e redução de ácidos graxos saturados na faixa de 12,5%. Outrossim, os óleos refinados apresentaram teores de ácidos graxos insaturados na faixa de 62%, o que os tornam favoráveis como fonte de ácidos graxos poliinsaturados.

https://doi.org/10.53393/rial.2007.66.32849
PDF

Referências

1. Navarro-García G, Pachego-Aguillar R, Alvarado-Bringas L, García-Ortega J. Characterization of the lipid composition and natural antioxidants in the liver oil of Dasyatis brevis and Gymnura marmorata rays. Food Chem 2004; 87: 89-96.

2. Cozzolino D, Murray I, Chree A, Scaife Jr. Multivariate determination of free fatty acids andmoisture in fish oils by partial least-square regressionand near-infrared spectroscopy. Food Sc Technol2005; 38 (8): 821-58.

3. Hartmmam L, Esteves W. Tecnologia de Óleos e Gorduras. São Paulo, Secretária da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia (Série Tecnologia Agro industrial,13); 1981.

4. Dapkevicius MLNE, Nout R, Rombouts FM, Houben JH, Wymenga W. Lipid and protein chances during the ensilage of blue whiting (Micromesistius poutassou Risso) by acidand biological methods. Food Chem 1998; 63 (1): 97-102.

5. Goddard JS, Perret JSM. Co-drying fish silage for usein aqua feeds. Anim Feed Sci Technol, 2005; 118 (3-4):337-42.

6. Seibel NF, Souza SAAL. Produção de silagem química com resíduos de pescado marinho. Braz J Food Technol 2003; 6 (2): 333-7.

7. Windsor M, Barlow S. Introdución a los Subprodutos de Pesqueria. Zaragosa: Ed. Acribia; 1984.

8. Morais MM, Pinto LAA, Ortiz SCA, Crexi VT, Silva RL, Silva JD. Estudo do processo de refino do óleo de pescado. Rev Inst Adolfo Lutz 2001; 60(1):23-33.

9. Salas A, Chavez J, Cueto M, Ayala ME. Estabilizacion de aceite de pescado destinado la alimentacion humana. BolInv Tec Pes Peru 2003; 5:73-80.

10. BERnardini, E. Tecnologia de aceites y grasas. Madrid: Ed. Alhambra S.A.; 1986.

11. Cunha DC, Souza-Soares LA, Pinto LAA. Estudo do fracionamento físico do óleo de pescado via “winterização”. Braz J Food Technol 2002; 97(5):183-8. Ácido Graxo% (EPA+DHA)% ácidos graxos saturadosÓleo Refinado Termomecânico11,6 ± 0,2 a33,1 ± 0,9 aTabela 4. Percentuais de EPA + DHA e dos ácidos graxos saturados nos óleos refinados. Óleo Refinado Ensilagem11,4 ± 0,2 a32,4 ± 1,1 aaletras iguais não apresentam diferença significativa a 95% (Teste de Tukey HSD).

12. Azbar N, Yonar T. Comparative evaluation of laboratory and full-scale treatment alternatives for the vegetable oilrefining industry wastewater (VORW). Process Biochem2004; 39: 869-75.

13. Benites A I. Farinha de silagem de resíduos de pescado: elaboração, complementação com farelo de arroz eavaliação biológica em diferentes espécies. [Dissertaçãode mestrado]. Rio Grande, RS: Fundação Universidade Federal do Rio Grande; 2003.

14. Simões IS, Gioelli LA. Crystal morphology of binary andtemary mixtures of hidrogenated fats and soybeans oil.Braz Arch Biol Technol 2000; 43(2): 241-8.

15. American Oil Chemists Society. Official and Tentative Methods of American Oil Chemist’s Society, 3 rd ed., 1980.

16. American Oil Chemists Society. Official Methods and Recommended Pratices of the American Oil Chemist’sSociety.5 ed. Washington: AOCS; 2002.

17. Box GEP, Hunter WG, Hunter JS. Statistics for Experiments:An Introduction to Design, Data Analysis and ModelBuilding. 1thed. New York: Ed. John Wiley & Sons; 1978.

18. Ganga A, Nieto S, Sanhuez J, Romo C, Speisky H,Valenzuela A. Concentration and stabilization of n-3polyunsaturadet fatty acids sardine oil. J Am Oil ChemSoc 1998; 75 (6): 733-6.

19. Duarte G R M. Estudo da composição de ácidos graxos ecolesterol em óleos de peixes do rio Araguaia. [Dissertaçãode mestrado]. Goiânia, Goiás: Universidade de Goiás,2001. 120p.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2007 Valéria T. Crexi, Fernanda L. Grunennvaldt, Leonor A. S. Soares, Luiz A. A. Pinto

Downloads

Não há dados estatísticos.