Estudo retrospectivo dos exames de líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes com suspeita clínica de neurotoxoplasmose, portadores do HIV
PDF

Palavras-chave

neurotoxoplasmose
LCR
HIV
Toxoplasma gondii
anticorpos
pacientes

Como Citar

1.
Costa CH, Rosa R de M, Gomes AH de S, Araújo MCA, Rafael CM. Estudo retrospectivo dos exames de líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes com suspeita clínica de neurotoxoplasmose, portadores do HIV. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 10º de fevereiro de 2005 [citado 29º de abril de 2024];64(2):269-72. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32995

Resumo

A toxoplasmose é uma infecção comum, observada tanto em indivíduos sadios como em pacientes imunocomprometidos. Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo retrospectivo dos resultados obtidos de exames realizados no Instituto Adolfo Lutz, laboratório Regional de Sorocaba, no período de 01/01/2003 a 29/11/2004 em amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes HIV positivos com sintomatologia clínica e suspeita de neurotoxoplasmose, atendidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Selecionamos 109 pacientes HIV positivos, onde foi realizada a técnica de Imunofluorescência Indireta (IFI) para pesquisa de anticorpos IgG contra Toxoplasma gondii no LCR. Dos 109 pacientes HIV positivos selecionados, 46 foram do sexo feminino e 63 do sexo masculino, cuja faixa etária de maior freqüência foi de 21 a 40 anos. Nenhuma paciente era gestante. Dos 46 pacientes femininos, 48% apresentaram anticorpos anti-Toxoplasma gondii e dos 63 pacientes masculinos, 36,5% apresentaram positividade. O número de exames realizados que apresentaram resultados positivos no ano de 2003 foi de 61,5%, e em 2004 até o período estudado, foi de 38,5%. Os resultados mostram que é importante o acompanhamento de todos os pacientes portadores de HIV, mesmo os que apresentam ausência de anticorpos no LCR, pois podem ter a atividade baixa do toxoplasma no SNC, sem manifestação clínica aparente. Assim, seria oportuno realizar o segmento destes pacientes a fim de determinar sinais de reativação da doença no futuro.
https://doi.org/10.53393/rial.2005.64.32995
PDF

Referências

1. Sotolongo PC, Carrillo PC, Carrillo CC. Toxoplasmosis cerebral durantela infección por el vírus de inmunodeficiencia humana. Rev Cub Med2002; 41: 297-302.

2. Borges AS, Figueiredo JFC. Detecção de imunoglobulinas IgG, IgM eIgA anti-Toxoplasma gondii no soro, líquor e saliva de pacientes comsíndrome da imunodeficiência adquirida e neurotoxoplasmose. ArqNeuro-Psiquiatr 2004; 62: 1033-7.

3. Camara VD, Tavares W, Ribeiro M, Dumas M. Manifestações Neurológicas de toxoplasmose em Aids. DST – J Bras Doenças SexTransm 2003; 15: 46-50.

4. Alvarado F. Toxoplasmosis em el inmunosuprimido. Rev salud pública 2002; 4: 31-4.

5. Uchôa CMA, Duarte R, Silva VL, Alexandre GMC, Ferreira HG, Amendoeira MRR. Padronização de ensaio imunoenzimático para pesquisa de anticorpos das classes IgM e IgG anti-Toxoplasma gondiie comparação com a técnica de imunofluorescência indireta. Rev SocBras Med Trop 1999; 32: 661-9.

6. Chimelli L, Rosemberg S, Hahn MD, Lopes MB, Netto MB. Pathologyof the central nervous system in patients infected with the humanimmunodeficiency virus (HIV): a report of 252 autopsy cases fromBrazil. Neuropath appl Neurobiol 1992; 18: 478-88.

7. Dannemann NB, Mccutchan JA, Israelski D et al. Treatment oftoxoplasmic encephalitis in patients with AIDS. A randomized trialcomparing pyrimethamine plus clindamycin to pyrimethamine plussulfadiazine. The Califórnia Collaborative Treatment Group. AnnIntern Med1992; 116: 33-43.

8. Borges AS, Figueiredo JFC. Avaliação da síntese intratecal de anticorposIgG anti-Toxoplasma gondii para o diagnóstico da neurotoxoplasmoseem pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. Rev SocBras Med Trop 2004; 37: 480-4.

9. Veloso VG, Grinsztejn B. Primeira Consulta do Paciente Infectadopelo HIV, Fórum Cientifico HIV e AIDS. [cited 2005 Feb 19]. Available from: URL: http://www.hiv.org.br/internas_materia.asp?cod_secao=atualiza&cod_materia=325].

10. Porter SB, Sande MA. Toxoplasmosis of the central nervous systemin the acquired immunodeficiency syndrome. N Engl J Med 1992;327: 1643-8.

11. Ruskin J, Remington JS. Toxoplasmosis in the compromised host. Ann Intern Med 1976; 84: 193-9.

12. Wanke C, Tuazon CV, Kovacs A, Dona T, Davis D, Barton N, Katz D,Lunde M, Levy C, Conleu FK, Lane HC, Fauci AS, Masur H.Toxoplasma encephalitis in patients with acquired immune deficiencysyndrome: diagnosis and response to therapy. Am J Trop Med Hyg1987; 36: 509-16.

13. Zangerle R, Allergerger F, Pohl P, Fritsch P, Dierich MP. High riskof developing toxoplasmic encephalitis in AIDS patientsseropositive to Toxoplasma gondii. Med Immunol Microbiol 1991;180: 59-66.

14. Neto JO, Meira DA. Soroprevalência de vírus linfotrópico de célulasT humanas, vírus da imunodeficiência humana, sífilis e toxoplasmoseem gestantes de Botucatu, São Paulo, Brasil. Fatores de risco paravírus linfotrópico de células T humanas. Rev Soc Bras Med Trop2004; 37: 28-32.

15. Luft BJ, Brooks RG, Conley FK, McCabe RE, Remington JS. Toxoplasmicencephalitis in patients with acquired immunodeficiencysyndrome. J Am Med Assoc 1984; 252: 913-7.

16. Potasman I, Resnick L, Luft BJ, Remington J. Intrathecal productionof antibodies against Toxoplasma gondii in patients with toxoplasmicencephalitis and the acquired immunodeficiency syndrome (AIDS).Ann Intern Med 1988; 108: 49-51.

17. Wainstein MV, Wolffenbuttel L, Lopes DK, González LG, Ferreira L,Sprinz D, Kronfeld M, Edelweiss MI. Sensibilidade e especificidade do diagnóstico clínico, sorológico e tomográfico da encefalite por Toxoplasma gondii na síndrome da imunodeficiência adquirida. Rev Soc Bras Med Trop 1993; 26: 71-5.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2005 Cristiane H. Costa, Raquel de M. Rosa, Aparecida Helena de S. Gomes, Marilyn Castelani A. Araújo, Cássia M. Rafael

Downloads

Não há dados estatísticos.