Avaliação de resíduos de ditiocarbamatos e etilenotiouréia (ETU) em mamão e sua implicação na saúde pública
PDF

Palavras-chave

etilenotiouréia
etilenobisditiocarbamatos
mancozebe
ditiocarbamatos
agrotóxicos
alimentos
mamão
Saúde Pública
meio ambiente

Como Citar

1.
Lemes VR, Barretto HHC, Kussumi TA, Colacioppo S. Avaliação de resíduos de ditiocarbamatos e etilenotiouréia (ETU) em mamão e sua implicação na saúde pública. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de janeiro de 2005 [citado 2º de maio de 2024];64(1):50-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33033

Resumo

Etilenotiouréia é uma substância tóxica, formada pela degradação e/ou biotransformação dos fungicidas etilenobisditiocarbamatos (EBDCs), utilizados em alimentos, e pode representar um risco à população consumidora. Os objetivos deste estudo foram: validar métodos analíticos de resíduos de ditiocarbamatos e de ETU em mamão; determinar os resíduos de mancozebe e de ETU em mamão Carica papaya L, avaliar os teores encontrados e o risco à saúde da população. A determinação de ditiocarbamatos foi feita por espectrofotometria e a de ETU, por cromatografia líquida de alta eficiência. Foram analisadas amostras tratadas com mancozebe e testemunhas, procedentes de três localidades representativas da cultura de mamão. Os resultados das recuperações foram de 70 a 110 % para mancozebe e de 80 a 110 % para ETU, com coeficientes de variação de 4,8 a 13,2 % para mancozebe e de 3,7 a 13,3 % para ETU, todos satisfatórios. O limite de quantificação do método foi de 0,5mg/kg para mancozebe, e 0,01mg/kg para ETU. As amostras tratadas apresentaram resíduos de ETU de 0,01mg/kg a 0,32 mg/kg e de mancozebe de 0,5 mg/kg a 2,1 mg/kg. A presença de ETU em mamão alerta para a necessidade do conhecimento dos níveis presentes nos alimentos consumidos pela população.
https://doi.org/10.53393/rial.2005.64.33033
PDF

Referências

1. Mestres R, Mestres G. Ethylenebisdithiocarbamate and ethylenethiourea residues in food. Rev Bras Toxicol 1991; 4(1/2): 11-8.

2. [WHO] World Health Organization. Environmental Health Criteria 78.Dithiocarbamate pesticides, ethylenethiourea, and propylenethiourea: a general introduction. Geneva; 1988.

3. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 03, de 16 de janeiro de 1992. Ratifica os termos das “Diretrizes eorientações referentes à autorização de registros, renovação de registroe extensão de uso de produtos agrotóxicos e afins n° de 09 de dezembro de 1991”. Diário Oficial da União, Brasília, 04 fev. 1992 p.1356.

4. Elia MC, Arce G, Hurt SS, Neill PJ, Scribner HE. The genetic toxicology of ethylenethiourea: a case study concerning the evaluation of achemical’s genotoxic potential. Mut Res 1995; 341:141-9.

5. Triverdi N, Kakkar R, Srivastava MK, Mithal A, Rauzadam RB. Effect of oral administration of fungicide-mancozeb on thyroid gland of rat.Indian J Exp Biol 1993; 31: 564-6.

6. Yoshida A, Harada T, Maita K. Tumor induction by concurrent oral administration of ethylenethiourea and sodium nitrite im mice. ToxicolPathol 1993; 21:303-1.

7. Yoshida A, Harada T, Hayashi S, Mori I, Miyajima H, Maita K. Endometrial carcinogenesis induced by concurrent oral administration of ethylenethiourea and sodium nitrite in mice. Carcinogenesis 1994;15:2311-8.

8. Nebbia C, Ferrero E, Valenza F, Castagnaro M, Re G, Soffietti MG. Pathologic changes, tissue distribution and extent of conversion toethylenethiourea after subacute administration of zinc ethylene-bis-dithiocarbamate (zineb) to calves with immature rumen function. AmJ Vet Res 1991; 52:1717-22.

9. [IARC] International Agency for Research on Cancer. Genetic andrelated effects. IARC Monogr Eval Carcinog Risk Hum Suppl 1987;6:304-7.

10. [JMPR] Joint Meeting of the FAO Panel of Experts on Pesticide Residues in Food and the Environment and the WHO Expert Groupon Pesticide Residues; 1993 Sept 20-29; Geneve. Report. Geneva:FAO; 1994. (FAO Plant Production and Protection.

11. [FAO/WHO] Food and Agriculture Organization of the United Nations/World Health Organization. Food Standards Programme CodexAlimentarius Commission. Pesticide residues in food. Rome; 1994. v.2.

12. [FAO/WHO] Food and Agriculture Organization of the United Nations/World Health Organization. Food Standards Programme CodexAlimentarius Commission. Pesticide residues in food: maximum residuelimits. Rome; 1998 v. 2B.

13. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RE nº 165, de 29 de agosto de 2003. Diário Oficial da União, Brasília,02 de set. 2003. p.48-50.

14. [SEAGRI] Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia. Cultura mamão. Disponível em http://www.seagri.ba.gov.br> [2003 abr 6]

15. Silva EMF da, coordenador. Estudo sobre o mercado de frutas. Brasília:FIPE, 1999.

16. [IBGE] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 1995-1996. Rio de Janeiro: Ministério doPlanejamento e Orçamento; 1998. v.2.

17. [IBGE] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br> [2003 maio 7]

18. Toledo HHB, Steling CM, Gojtan Jr E, Baptitsta GC, Aleluia I, LangeJr L et al. Manual: critérios mínimos para a condução de estudos de resíduos. São Paulo: GARP; 2002. 2 Pt.

19. Diserens H. Determination of ethylenethiourea in various foods. LabNews 1991; 62:69-80.

20. Thier H, Zeumer H, editors. Multiresidue method S15 - dithiocarbamateand thiuram disulfide fungicides photometric determination. In: Manualof pesticide residues analysis. Deutsche. Forschungsgemeinschaft, Pesticides Comm. Weinhein: Verlag; 1987. v. I. p. 353-60.

21. European Commision. Directorate General health and Consumer Protection. Guidance document on residual analytical methods: SANCO/825/00 rev. 6. 2000.

22. [FAO/WHO] Food and Agriculture Organization of the UnitedNations/World Health Organization. Food Standards Programme Codex Alimentarius Commission. Good laboratory practice onpesticide residue in food. Rome; 1993. Suppl 1. v. 2. Section 4.2,164.

23. [EPA] Environmental Protection Agency. Office of Prevention, Pesticide and Toxic Substances. Residue chemistry test guidelines. Washington; 1996.

24. [MAFF] Ministry of Agriculture, Fisheries & Food. Advisory Committee on Pesticides. Position document on consumer risk arisingfrom the use of ethylene bisdithiocarbamates. London: 1990.

25. De Kok A. Control of pesticide residues in food European model. In:Procedings of Workshop Control of Pesticide Residues in Food European Model; 1999 out 4-6; Araraquara, (BR). São Paulo: GARP; 1999.

26. Soares IAA, Goulart MCP, Queiroz RL, Mello SMM, Ávila JT, Azevedo SF. Resíduos de fungicidas orgânicos do grupo dos ditiocarbamatos em frutas e hortaliças. Minas Gerais: Secretaria de Estado da Agricultura ePecuária; 1987. p. 99-100.

27. Pereira EC. Resíduos de fungicidas orgânicos do grupo dosditiocarbamatos em frutas e outros produtos de origem vegetal. RevSoc Bras Toxicol 1988; 1(1/2):41-3.

28. Reis MRCS, Caldas LQA. Dithicarbamate residues found on vegetablesand fruit marketed in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Ciênc Cult1991; 43 (3):212-8.

29. Conceição MH. Resíduos de pesticidas em tomates: metodologia analítica e avaliação da exposição humana. Brasília; 2002. [Tese de Doutorado – Instituto de Química da Universidade de Brasília].

30. [ANVISA] Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA. Resultados analíticos de 2002. Brasília; 2003. Disponível em URL:http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/residuos/resl_anual_2002_ an2.pdf [2003 nov 15]

31. [ANVISA] Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Toxicologia. Disponível em http://www.anvisa.gov.br> [2003 jun 13]

32. Araújo ACP. Importância da análise de resíduos de praguicidas paraações de saúde pública: estudo da cultura do tomate no Estado de Pernambuco. São Paulo; 1998. [Tese de Doutorado - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo].

33. Richardson M. Pesticides - friend or foe? Wat Sci Technol 1998;37(8):19-25.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2005 Vera R.R. Lemes, Heloisa H. C. Barretto, Tereza A. Kussumi, Sérgio Colacioppo

Downloads

Não há dados estatísticos.