Astaxantina: seu uso como corante natural alimentício
PDF

Palavras-chave

salmão
carotenoide
alimento

Como Citar

1.
Ferreira M de M, Zamith HP da S, Abrantes S. Astaxantina: seu uso como corante natural alimentício. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de outubro de 2015 [citado 19º de abril de 2024];73(1):1-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33355

Resumo

A cor e a aparência dos alimentos são os primeiros atributos fundamentais, se não os mais importantes a serem avaliados pelos consumidores no momento da sua aquisição. Os alimentos podem ser mais nutritivos, seguros e econômicos, no entanto, se não forem atraentes, sua aquisição não ocorrera. O salmão e basicamente um peixe branco que se torna rosado pela ingestão do camarão. O pigmento vermelho armazenado presente no musculo ou na casca do camarão e que se acumula no tecido adiposo e adquirido pela ingestão das algas e dos organismos unicelulares pelos camarões do mar. Os carotenoides utilizados nas industrias alimentícia, farmacêutica, de cosméticos e de ração são corantes naturais responsáveis pelas cores amarela, laranja e vermelha. O salmão criado em aquicultura não tem acesso aos organismos citados acima, entretanto e adicionada a sua ração a astaxantina (ATX), substancia que confere a cor rosada a sua carne. A ATX (3,3'-dihidroxi-beta,beta-caroteno-4,4'-diona) e um pigmento carotenoide oxigenado, que confere a característica de coloração rosa-avermelhada a alguns peixes, crustáceos, aves e microrganismos. A ATX apresenta potente atividade na eliminação de radicais livres e na proteção quanto a peroxidação de lipídios e quanto aos danos causados pela oxidação das membranas celulares e de tecidos.
https://doi.org/10.18241/0073-98552014731584
PDF

Referências

1. Valduga E, Tastsch PO, Tiggemann L, Treichel H, Toniazzo G, Zeni J. Produção de carotenóides: microrganismos como fonte de pigmentos naturais. Quim Nova.2009;32(9):2429-36.

2. Higuera-Ciapara I, Félix-Valenzuela L, Goycoolea FM. Astaxanthin: a review of its chemistry and applications. Crit Rev Food Sci Nutr. 2006;46(2):185-96.

3. Fonseca RAS, Burkert JFM, Kalil SJ, Burkert CAV. Seleção de linhagem de Phaffia rhodozyma para produção de astaxantina. In: XXI Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica em Engenharia, VI Feira de Protótipos. CRICTE: Rio Grande do Sul; 2006.

4. Hu ZC, Zheng YG, Wang Z, Shen YC. pH control strategy in astaxanthin fermentation bioprocess by Xanthophyllomyces dendrorhous. Enz Microb Technol.2006;84:164-6.

5. Johnson EA, Schroeder WA. Singlet oxygen and peroxyl radicals regulate carotenoid biosynthesis in Phaffia rhodozyma. J Biol Chem.1995;270(31):18374-9.

6. Gross J. Pigments in vegetables: chlorophylls and carotenoids. New York: Van Nostrand Reinhold; 1991.

7. Rajasingh H, Oyehaug L, Vage DI, Omholt SW. Carotenoid dynamics in Atlantic salmon. BMC Biol.2006;4:1-15.

8. Kurashige M, Okimasu E, Inoue M, Utsumi K. Inhibition of oxidative injury of biological membranes by astaxanthin. Physiol Chem Phys Med NMR.1990; 22(1):27-38.

9. Chew BP, Park JS, Wong MW, Wong TS. A comparison of the anticancer actitives of dietary beta carotene, canthaxanthin and astaxanthin in mice vivo. Anticancer Res.1999;19(3A):1849-53.

10. Uchiyama K, Naito Y, Hasegawa G, Nakamura N, Takahashi J, Yoshikawa T. Astaxanthin protects beta-cells against glucose toxicity in diabetic db/db mice. Redox Rep.2002;7(5):290-3.

11. Naguib YMA. Antioxidant activities of astaxanthin and related carotenoids. J Agric Food Chem.2000;48(4):1150-4.

12. Goto S, Kogure K, Abe K, Kimata Y, Kitahama K, Yamashita E, et al. Efficient radical trapping at the surface and inside the phospholipid membrane is responsible for highly potent antiperoxidative activity of the carotenoid astaxanthin. Biochim Biophys Acta.2001;1512(2):251-8.

13. Wu TH, Liao JH, Hou WC, Huang FY, Maher TJ, Hu CC. Astaxanthin protects against oxidative stress and calcium-induced porcine lens protein degradation. J Agric Food Chem.2006;54(6):2418-23.

14. Schroeder WA, Johnson EA. Antioxidant role of carotenoids in Phaffia rodhozyma. J Gen Microbiol.1993;139:907-12.

15. Schroeder WA, Johnson EA. Singlet oxygen and peroxyl radicals regulate carotenoid biosynthesis in Phaffia rhodozyma. J Biol Chem.1995;270(31):18374-9.

16. Liu YS, Wu JY. Hydrogen peroxide-induced astaxanthin biosynthesis and catalase activity in Xanthophyllomyces dendrorhous. Appl Microbiol Biotechnol.2006;73(3):663-8.

17. Lim G-B, Lee S, Lee E, Haam S, Kim W. Separation of astaxanthin from red yeast Phaffia rhodozyma by supercritical carbon dioxide extraction. Biochem Eng J.2002;11:181–7.

18. Latscha T. Carotenoids: their nature and significance in animal feeds. Basel: Hoffman-La Roch; 1990. 110 p.

19. Torrissen OJ, Christiansen R. Requirements for carotenoids in fish diets. J Appl Ichthyol.1995;11(3-4):225-30.

20. Mccoy M. Astaxanthin market a hard one to crack. Chem Eng News.1999;77(14):15-7.

21. Gouveia L, Gomes E, Empis J. Potential use of microalgae (Chlorella vulgaris) in the pigmentation of rainbow trout (Oncorhynchusmykiss) muscle. Z Lebensm Unters Forsch.1996;202:75-9.

22. Moriel DG, Chociai MB, Machado IMP, Fontana JD, Bonfim TMB. Effect of feeding methods on the astaxanthin production by Phaffia rhodozyma in fed-batch process. Braz Arch Biol Technol.2005;48(3):397-401.

23. Muller-Feuga A. Microalgae for aquaculture. In: Richmond A, editor. Handbook of microalgal culture: biotechnology and applied phycology. Oxford: Blackwell Science; 2004. p.352–64.

24. Akiba Y, Sato K, Takahashi K, Matsushita K, Komiyama H, Tsunekawa H, et al. Meat color modification in broiler chickens by feeding yeast Phaffia rhodozyma containing high concentrations of astaxanthin. J Appl Poult Res.2001;10:154–61.

25. El Boushy AR, Raterink R. Egg yolk pigmentation. World Rev Anim Prod.1992;27(1):49-62.

26. Ogawa M, Maia EL, Fernandes AC, Nunes ML, Oliveira MEB, Freitas ST. Waste from the processing of farmed shrimp: a source of carotenoid pigments. Ciênc Tecnol Aliment.2007;27(2):333-7.

27. Ponsano EHG, Pinto MF, Garcia Neto M, Lacava PM. Evaluation of Rhodocyclus gelatinosus biomass for broiler pigmentation. J Appl Poult Res.2002;11(1):77-82.

28. Tolasa S, Cakli S, Ostermeyer, U. Determination of astaxanthin and canthaxanthin in salmonid. Eur Food Res Technol.2005;221:787–91.

29. Ffrench-Davis R. Debty-Equity swaps in Chile. In: Economic reforms in Chile: from dictatorship to democracy. Michigan, EUA: Michigan Press; 2002. 263 p.

30. Agosin M. Comercio y crecimiento en Chile. Rev CEPAL.1999;68:79-100.

31. CEPAL. América Latina y el Caribe: políticas para mejorar la inserción en la economia mundial. Santiago de Chile: Fondo de Cultura Económica; 1998.

32. Brasil. Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim estatístico da pesca e aquicultura: Brasil 2008-2009. Brasília: MPA; 2010. 99 p.

33. Brasil. Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim estatístico da pesca e aquicultura: Brasil 2010. Brasília: MPA; 2012.

34. Bauernfeind JC. Carotenoid vitamin A precursors and analogs in food and feeds. J Agric Food Chem.1972;20(3):456-73.

35. Marusich WL, Bauernfeind JC. Oxycarotenoids in poultry feeds. In: Bauernfeind JC, editor. Carotenoids as colorants and vitamin A precursors. New York: Academic Press; 1981. p. 319-462.

36. Williams WD. Origin and impact of color on consumer preference for food. Poultry Sci.1992;71(4):744-6.

37. Hudon J. Biotechnological applications of research on animal pigmentation. Biotechnol Adv. 1994;12(1):49-69.

38. Lorenz RT, Cysewski GR. Commercial potential for Haematococcus microalgae as a natural source of astaxanthin. Trends Biotechnol.2000;18(4):160-7.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Micheli de Moraes Ferreira, Helena Pereira da Silva Zamith, Shirley Abrantes

Downloads

Não há dados estatísticos.