Primeiro relato de Salmonella enterica e Campylobacter spp. isolados de Garibaldi (Chrysomus ruficapillus) e Canário-da-terra (Sicalis flaveola) silvestres
PDF

Palavras-chave

aves silvestres
orizicultura
Salmonella
Campylobacter

Como Citar

1.
Dias PA, Wilsmann DE, Heinen JG, Corsini CD, Calabuig C, Timm CD. Primeiro relato de Salmonella enterica e Campylobacter spp. isolados de Garibaldi (Chrysomus ruficapillus) e Canário-da-terra (Sicalis flaveola) silvestres. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 2º de outubro de 2015 [citado 4º de outubro de 2024];73(4):368-71. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33378

Resumo

Algumas espécies de aves silvestres têm sido identificadas como reservatórios de Campylobacter e Salmonella, as quais atuam como propagadoras desses micro-organismos; entretanto, não há estudo sobre o papel das aves silvestres na transmissão desses agentes patogênicos no Brasil. O objetivo do presente trabalho foi de verificar a presença desses agentes patogênicos em aves silvestres que se alimentam em lavouras orizícolas. Vinte e três Garibaldis (Chrysomus ruficapillus), uma Rolinha-picuí (Columbina picui) e um Canário-da-terra (Sicalis flaveola) foram capturados com redes de neblina. As amostras de fezes das aves foram coletadas com o uso de zaragatoas e foram processadas para efetuar pesquisa de Campylobacter spp. e Salmonella enterica. Oito (32 %) amostras de fezes de C. ruficapillus foram positivas para Campylobacter e seis (24 %) foram positivas para Salmonella enterica. Cinco (20 %) amostras coletadas de C. ruficapillus e uma de S. flaveola foram positivas para Salmonella. C. ruficapillus e S. flaveola mostraram ser reservatórios de Campylobacter e Salmonella e, consequentemente, podem atuar como potenciais disseminadores destes patógenos. Este é o primeiro registro de isolamento de Campylobacter e Salmonella de amostras de fezes de C. ruficapillus e S. flaveola silvestres.
https://doi.org/10.18241/0073-98552014731629
PDF

Referências

1. Germano PML, Germano MIS. Agentes bacterianos de toxinfecções. In: Germano PML, Germano, MIS. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. 2ª Edição. São Paulo: Editora Varela; 2003, p. 215-75.

2. Centers for Disease Control and Prevention [CDC]. Vital Signs: Incidence and Trends of Infection with Pathogens Transmitted Commonly Through Food - Foodborne Diseases Active Surveillance Network, 10 U.S. Sites, 1996--2010.Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60(22):749-55.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis. Unidade de Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar, 2011. Vigilância Epidemiológica das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar –VEDTHA. Disponível em: [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/10_passos_para_investigacao_surtos.pdf].

4. Kapperud G, Rosef O. Avian wildlife reservoir of Campylobacter fetus subsp. jejuni, Yersinia spp. and Salmonella spp. in Norway. Appl Environ Microbiol. 1983:375-80.

5. Rosef O, Kapperud G, Lauwers S, Gondrosen B. Serotyping of Campylobacter jejuni, Campylobacter coli and Campylobacterlaridis from domestic and wild animals. Appl Environ Microbiol. 1985;49(6):1507-10.

6. Tsiodras S, Kelesidis T, Kelesidis I, Bauchinger U, Falagas ME. Human infection associated with wild birds. J Infect. 2008;56(2):83-98.

7. Dias RA, Burger MI. A assembléia de aves de áreas úmidas em dois sistemas de cultivo de arroz irrigado no extremo sul do Brasil. Ararajuba. 2005;13(1):63-80.

8. Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos [CBRO]. Listas das Aves do Brasil, 10ª ed., 2011. Disponível em: [http://www.cbro.org.br].

9. George HA, Hoffmann PS, Krieg NR, Smimbert RM. Improved media for growth and aerotolerance of Campylobacter fetus. J Clin Microbiol. 1978;8:36-41.

10. Filgueiras ALL, Hofer E. Ocorrência de Campylobacter termofilico em diferentes pontos de uma estação de tratamento de esgotos na cidade do Rio de Janeiro. Rev Microbiol. 1989;20:303-8.

11. Attebery HR, Finegold SM. A miniature anaerobic jar for tissue transport or for cultivation of anaerobes. Am J Clin Pathol.1970;53:383-8.

12. Andrews WH, Jacobson W, Hammack T. Salmonella. U.S. Food and Drug Administration, Bacteriological analytical manual, Chapter 5, 2011. Disponível em: [http://www.fda.gov/Food/FoodScienceResearch/LaboratoryMethods/ucm070149.htm].

13. Gonçalves GAM, Almeida SM, Camossi LG, Langoni H, Andreatti Filho RL. Avaliação sorológica de Parainfluenzavirus tipo 1, Salmonella spp., Mycoplasma spp. e Toxoplasma gondii em aves silvestres. Cienc Anim Bras. 2013:14(4):473-80.

14. Lopes ES, Cardoso WM, Albuquerque AH, Teixeira RSC, Salles RPR, Bezerra WGA, et al. Isolation of Salmonella spp. in captive Psittaciformes from zoos and a commercial establishment of Fortaleza, Brazil. Arq Bras Med Vet Zootec. 2014:66(3):965-8.

15. Santos HF, Flôres ML, Lara VM, Silva MS, Battisti L, Lovato LT.Microbiota cloacal aeróbia de cracídeos cativos no Rio Grande do Sul e sua susceptibilidade a antimicrobianos. Pesq Vet Bras. 2010:30(12):1077-82.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Priscila Alves Dias, Daiane Elisa Wilsmann, Júlia Grün Heinen, Carine Dahl Corsini, Cecília Calabuig, Cláudio Dias Timm

Downloads

Não há dados estatísticos.