Bebidas mistas de extratos de arroz com maracujá e mamão
PDF

Palavras-chave

Oryza sativa L.
desenvolvimento de produtos
bebidas
intolerância à lactose

Como Citar

1.
Silva EP, Becker FS, Silva FA da, Soares Júnior MS, Caliari M, Damiani C. Bebidas mistas de extratos de arroz com maracujá e mamão. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 5º de outubro de 2015 [citado 18º de abril de 2024];74(1):49-56. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33385

Resumo

O objetivo deste trabalho foi desenvolver bebidas elaboradas com extratos de arroz (quirera, integral parboilizado e integral) com sabores de mamão e maracujá, e estudar as características físico-químicas, sensoriais e microbiológicas. Foram avaliados custo das formulações, aceitabilidade, contagem de bolores e leveduras, contagem de coliformes a 35 °C e a 45 °C, a presença de Salmonella sp e as demais características: composição centesimal, açúcares redutores, fibra alimentar, acidez titulável total, sólidos solúveis e potencial antioxidante. Todas as bebidas podem ser consideradas alimentos funcionais, em função de seus teores de fibra alimentar total. No entanto, na bebida elaborada com o extrato de arroz integral parboilizado foram detectados os maiores teores de fibra alimentar total (2,37 g.100 g-1) e solúvel (1,20 g.100 g-1). A adição de extratos de arroz integral e integral parboilizado tornou a bebida de maracujá e mamão nutricionalmente mais rico em proteínas e lipídios. Todas as bebidas foram aceitas pela população entrevistada com atributo intenção de compra de acima de 90 %, e apresentaram conformidade nos padrões microbiológicos exigidos pela legislação brasileira. A quirera, o arroz integral e o integral parboilizado podem ser utilizados como ingredientes na formulação de bebidas à base de polpa de mamão e maracujá.
https://doi.org/10.53393/rial.2015.v74.33385
PDF

Referências

1. Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Acompanhamento da safra brasileira: grãos, sétimo levantamento, abril 2012. [acesso 15 Jun 14]. Disponível em [http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/12_04_11_15_04_18_boletim_abril_2012.pdf].

2. Castro EM, Vieira NRA, Rabelo RR, Silva AS. Qualidade de grãos em arroz. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão; 1999.

3. Vieira NRA. Qualidade de grãos e padrões de classificação de arroz. Inform Agropec. 2004; 25(222): 94-100.

4. Carvalho JLV, Bassinello PZ. Aproveitamento Industrial. In: Santos AB, Stone LF, Vieira NRA (Eds.). A cultura do arroz no Brasil. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão; 2006. p.1007-41.

5. Santos D, Matarazzo PHM, Silva DFP, Siqueira DL, Santos DCM, Lucena CC. Caracterização de frutos cítricos apirênicos produzidos em Viçosa-Minas Gerais. Rev Ceres. 2010; 57(3): 393-400. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-737X2010000300016

6. Junior RF, Torres LBV, Campos VB, Limas AR, Oliveira AD, Mendonça JK. Caracterização físico-química de frutos de mamoeiro comercializados na EMPASA de Campina Grande – PB. Rev Bras Prod Agroind. 2007; 9(1): 53-8.

7. AOAC International. Official Methods of Analysis of AOAC International. 16th ed. Gaitherburg: AOAC International; 2002.

8. Wilson ED, Santos AC, Vieira EC. Energia. In: Oliveira JED, Santos AC, Wilson ED (Eds.). Nutrição Básica. São Paulo: Savier; 1982. p. 80-90.

9. Borguini RG, Torres EFS. Tomatoes ant tomato products as dietary sources of antioxidants. Food Rev Int. 2009; 25(4): 313-25. doi: 10.1080/87559120903155859

10. Della Modesta RC. Manual de análise sensorial de alimentos e bebidas. Rio de Janeiro: Embrapa/CTAA; 1994.

11. International Commission on Microbiological Specifications for Foods – ICMSF. Microrganisms in Food. 2th ed. Toronto: University of Toronto Press; 1983.

12. Ferreira DF. Análises estatísticas por meio do SISVAR para Windows versão 4.0. In: Reunião Anual da Região Brasileira da Sociedade Internacional de Biometria, 45., 2000, São Carlos, SP. Resumos... São Carlos: UFSCar. p.235.

13. Universidade de São Paulo - USP. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos: qualidade em informações sobre alimentos brasileiros. 2008. [acesso 23 Nov 14]. Disponível em: [http://www.fcf.usp.br/tabela].

14. Maeda RN, Pantoja L, Yuyama LKO, Chaar JM. Determinação da formulação e caracterização do néctar de camu-camu (Myrciaria dubia McVaugh). Ciênc Tecnol Aliment. 2006; 26(1): 70-4. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-20612006000100012

15. Castro MV, Oliveira JP, Magalhães Júnior MJ, Assunção EAO, Brasil AP, Rabelo FLA et al. Análise química, físico-química e microbiológica de sucos de frutas industrializados. Diálog Ciênc. 2007; 5(12): 1-9.

16. Vieira NRA, Carvalho JLV. Qualidade tecnológica. In: Vieira NRA, Santos AB, Sant’Ana EP (Eds.). A cultura do arroz no Brasil. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão; 1999. p.582-604.

17. Bassinello PZ, Castro EM. Arroz como alimento. Inform Agropec. 2004; 25(222): 101-8.

18. Deviri SCN, Mendez MHM. Uma visão restrospectiva dafibra e doenças cardiovasculares. In: Lajolo FM, Saura-Calixto F, Penna EW, Menezes EW (Eds.). Fibra dietética en Iberoamérica: tecnología y salud. São Paulo: Varela; 2001. p.411-30.

19. Matsuura FU. Estudo do albedo de maracujá e de seu aproveitamento em barra de cereais [tese de doutorado]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas; 2005.

20. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº27, de 13 de janeiro de 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar [acesso 15 Jun 14]. Disponível em: [http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/27_98.htm].

21. Marlett JA, Michael IM, Joanne LS. Positionof the American Dietetic Association: health implications of dietary fiber. J Am Diet Assoc. 2002; 102(7): 993-1000.

22. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. Campinas: Universidade de Campinas (UNICAMP); 2006.

23. Iha MH, Castro SC, Ribeiro EGA, Andrade RO, Sabino M. Avaliação físico-química e microbiológica de suco e néctares de maçã comercializados em cidades do Estado de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz. 2006; 65(1): 27-31.

24. Silva RA, Oliveira AB, Felipe EMF, Neres FPTJ, Maia GA, Costa JMC. Avaliação físico-química e sensorial de néctares de manga de diferentes marcas comercializadas em Fortaleza/CE. Publ UEPG Ci Exatas Terra, Ci Agr Eng. 2005; 11(3): 21-6.

25. Matsuura FCAU, Folegatti MIS, Cardoso RL, Ferreira DC. Sensory acceptance of mixed nectar of papaya, passion fruit and acerola. Sci Agric. 2004; 61(6): 604-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-90162004000600007

26. Chitarra MIF, Chitarra AB. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2ª ed. Lavras: Editora UFLA; 2005.

27. Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1, nº7-E. p.45-53. [acesso 15 out 14]. Disponível em: [http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_01rdc.htm].

28. Nam SH, Choi SP, Kang MY, Kozukue N, Friedman M. Antioxidative, antimutagenic, and anticarcinogenic activities of rice bran extracts in chemical and cell assays. J Agric Food Chem. 2005; 53(3):.816-22. doi: 10.1021/jf0490293

29. Silva EP, Siqueira HH, Lago RC, Rosell CM, Vilas Boas EV. Developing fruit-based nutritious snack bars. J Sci Food Agric. 2014; 94(1): 52-6. doi: 10.1002/jsfa.6282

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Edson Pablo Silva, Fernanda Salamoni Becker, Flávio Alves da Silva, Manoel Soares Soares Júnior, Márcio Caliari, Clarissa Damiani

Downloads

Não há dados estatísticos.