Esporotricose em cão Yorkshire Terrier na cidade de São Paulo, SP – Brasil: relato de caso

Autores

  • Fernanda Fidelis Gonsales Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Laboratório de Bacteriologia e Micologia, São Paulo, SP
  • Juliana Mariotti Guerra Instituto Adolfo Lutz, Centro de Patologia, Núcleo de Anatomia Patológica, São Paulo, SP
  • Danilo Gouveia Wasques Histopet, Patologia Veterinária, São Paulo, SP
  • Rodrigo Albegaria Réssio Instituto Adolfo Lutz, Centro de Patologia, Núcleo de Patologia Quantitativa, São Paulo, SP
  • Paulo Eduardo Brandão Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Laboratório de Biologia Molecular Aplicada e Sorologia, São Paulo, SP
  • Laura Yaneth Villarreal Buitrago MSD Brasil
  • Natália Coelho Couto de Azevedo Fernandes Instituto Adolfo Lutz, Centro de Patologia, Núcleo de Patologia Quantitativa, São Paulo, SP

Palavras-chave:

Sporothrix, cão, imuno-histoquímica, dermatite ocupacional, zoonose

Resumo

A esporotricose é uma micose subcutânea de implantação causada pelo fungo dimórfico Sporothrix spp. que acomete seres humanos e animais, sendo rara em cães e com baixo potencial zoonótico. O presente relato refere-se a um cão da raça Yorkshire Terrier, fêmea, com um ano de idade, sem histórico de contato com felinos, que apresentou lesão cutânea em membro torácico direito, resistente ao tratamento com antibiótico. A amostra obtida da biópsia excisional da lesão foi enviada para realização de exame histopatológico (H&E, PAS e Grocott) e análise imuno-histoquímica para a investigação de dermatozoonoses. Os resultados confirmaram o diagnóstico de Sporothrix spp. O animal foi tratado com itraconazol (10 mg/kg/dia via oral durante 120 dias). Não foram observadas lesões após 11 meses do início do tratamento. Atualmente, a esporotricose não é considerada como doença de notificação compulsória. Entretanto, é importante conscientizar os profissionais veterinários quanto ao potencial zoonótico da doença, e quanto às características clínicas, que podem ser sutis e semelhantes à outras dermatopatias comuns.

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Referências

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Publicado

2016-08-26

Como Citar

Gonsales, F. F., Guerra, J. M., Wasques, D. G., Réssio, R. A., Brandão, P. E., Buitrago, L. Y. V., & Fernandes, N. C. C. de A. (2016). Esporotricose em cão Yorkshire Terrier na cidade de São Paulo, SP – Brasil: relato de caso. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 74(4), 453–457. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33500

Edição

Seção

RELATO DE CASO

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