Prevalência e perfil de sensibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de hemoculturas realizadas em hospitais particulares
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Palavras-chave

bacteriemia
hospitais
epidemiologia
antimicrobianos
hemocultura

Como Citar

1.
Dallacorte TS, Indras DM, Teixeira JJV, Peder LD de, Silva CM da. Prevalência e perfil de sensibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de hemoculturas realizadas em hospitais particulares. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 25º de outubro de 2016 [citado 29º de março de 2024];75:01-1. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33515

Resumo

O presente estudo teve por objetivo determinar o perfil etiológico e a sensibilidade antimicrobiana dos principais micro-organismos isolados do sangue de pacientes internados em hospitais privados de Cascavel/PR, por meio de análise de laudos de hemoculturas, realizadas no período de janeiro de 2012 e dezembro de 2014. De 5059 exames realizados, 613 (12,12 %) apresentaram hemocultura positiva, com predominância em amostras de pacientes do sexo masculino (59,54 %) e em indivíduos acima de 50 anos (70,29 %). Foram isoladas 27 espécies bacterianas, sendo Staphylococcus aureus a mais prevalente (17,94 %), seguida por Staphylococcus epidermidis (16,26 %) e Klebsiella pneumoniae (14,52 %). Os cocos Gram positivos (CGP) apresentaram maior sensibilidade à vancomicina e minociclina, enquanto as Enterobacteriaceas e Pseudomonas aeruginosa foram sensíveis aos antibióticos imipenem e meropenen. Acinetobacter baumanii foi a espécie que apresentou maior resistência aos antimicrobianos, com sensibilidade intermediária apenas à polimixina B e tigeciclina. O presente estudo demonstrou que os CGP são as bactérias mais prevalentes em exames de hemoculturas realizados nos hospitais analisados, com destaque para S. aureus e S. epidermidis. O teste de sensibilidade aos antimicrobianos não é uma estratégia comumente aplicada apesar de sua importância na utilização adequada de antibioticoterapia, e para evitar o tratamento incorreto e a resistência bacteriana.

https://doi.org/10.53393/rial.2016.v75.33515
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