Nitritos e nitratos em hortícolas produzidas pelos sistemas de cultivo convencional, orgânico e hidropônico na Região Metropolitana de Curitiba**
pdf

Palavras-chave

nitritos
nitratos
nitrosaminas
alimentos orgânicos
alimentos hidropônicos
HPIC

Como Citar

1.
Stertz SC, Penteado PTPS, Freitas RJS de. Nitritos e nitratos em hortícolas produzidas pelos sistemas de cultivo convencional, orgânico e hidropônico na Região Metropolitana de Curitiba**. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 2004 [citado 29º de março de 2024];63(2):200-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34851

Resumo

Os nitritos e nitratos acumulam-se naturalmente nos vegetais pelo efeito de diversos fatores, como temperatura, pluviometria, irrigação, regime de  fertilização nitrogenada e insolação, podendo ocasionar riscos à saúde  humana, relacionados à possibilidade de ocorrência da metahemoglobinemia e da formação de N-nitrosaminas com efeitos carcinogênicos, teratogênicos e mutagênicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de nitritos e nitratos presentes em hortícolas convencionais (C), orgânicas (O) e hidropônicas (H), produzidas e/ou comercializadas na Região Metropolitana de Curitiba. Foram coletadas 141 amostras de hortícolas incluindo C, O e H e determinados os teores de nitritos e nitratos por cromatografia iônica de alta eficiência . As culturas que apresentaram as maiores concentrações (em mg/kg) de nitritos e nitratos foram: agrião C, O e H (498,37; 3259,59 e 2623,6); alface C, O e H (798,86; 459,98 e 1778,64); e espinafre C e O (1376,53 e 877,73).  Consequentemente, foram as que apresentaram as maiores restrições ao consumo, variando de cerca de 81 e 100 g para o agrião orgânico e  hidropônico, 330 e 148 g para a alface convencional e hidropônica e 192 a 301 g para o espinafre convencional e hidropônico, considerando a IDA para nitritos
e nitratos fixada pela Comunidade Européia...

https://doi.org/10.53393/rial.2004.63.34851
pdf

Referências

1. AFSSA. Agence Française de Securite Sanitaire des Aliments. Evaluation nutritionnelle et sanitaire dês aliments issus de lágriculture biologique. [http://www.afssa.fr/dossiers/index.asp?id_dossier=4267.htm]. 30 out 2003.

2. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde. Procedimentos de Retirada de Amostras, Anexo V da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. [http://www.anvisa.gov.br/alimentos/tox/manual/anexo_05.htm]. 16 dez 2001.

3. AOAC. Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analysis of AOAC International. 17TH. ed., Volume I e II, Gaithersburg, 2000.

4. Bourn, D.; Prescott, J. A Comparison of the Nutritional Value, Sensory Qualities, and Food Safety of Organically anda Conventionally Produced Foods. Crit Rev Food Sci, 42: 1-34, 2002.

5. Brasil. Normas disciplinadoras para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade de produtos orgânicos, sejam de origem animal ou vegetal. IN nº 007 de 17 de maio de 1999, DOU de 19 de maio de 1999a.

6. Atribuição de Aditivos, Categoria 8 – Carnes e Produtos Cárneos. Portaria nº 1004 de 11.12.1998 da SVS/MS. Diário Oficial , 54- E, 22 de março de 1999b.

7. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – Relatório Anual 2001-2002. [www.anvisa.gov.br/alimentos.htm].

dez. 2003a. 18 p.

8. Presidência da República. Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre termos credenciamento, inspeção e certificação de Produção Orgânica. Diário Oficial da União da

República Federativa do Brasil, 24 de dezembro de 2003, seção 1, página 8. 2003b.

9. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa nº 6, de 10 de Janeiro de 2002. Dispõe sobre termos credenciamento, inspeção e certificação de Produção Orgânica. Diário Oficial da

União da República Federativa do Brasil, 16 de janeiro de 2002. [http://acd.ufrj.br/consumo/legislacao/n_ma_in06_02.htm]. 2 fev. 2004.

10. Ministério da Saúde. Procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Portaria nº 518/GM em 25 de março de 2004.

11. Bosch, N.B.; Mata, M.G.; Peñuela, M.J.; Galán, T.R.; Ruiz, B.L. Determination of nitrite levels in refrigerated and frozen spinach by ion chromatography, J. Chromatogr, A 706: 221-8, 1995.

12. Carmo Jr., R. R. O que é a hidroponia?, [http://www.hidroponica.cjb.net]. 1 nov 2003.

13. CCE. Regulamento (CEE) nº 2092/91, de 24 de junho de 1991. Modo de produção biológico de produtos agrícolas e à sua indicação nos produtos agrícolas e nos gêneros alimentícios. Jornal oficial no. L 198 de 22/07/1991 p. 0001 – 0015. Última alteração: 300R0331 (JOL 048 19.02.00 p.1). [http://www.ibd.com.br/legislacao/CE2092.htm]. 20 mar 2004.

14. CCE. Comissão das Comunidades Européias. Recomendação da Comissão, de 3 de Março de 1999. Jornal Oficial nº L 128 de 21/05/1999 p. 0025 – 0055, [http://europa.eu.int/eur-lex/pt/lif/dat/1999/pt_399HO333.html]. 10 fev 2003.

15. Cheng, C.F.; Tsang, C.W. Simultaneus determination of nitrite, nitrate and ascorbic acid in canned vegetable juices by reverse-phase ioninteraction HPLC. Food Addit. Contam. 15: 753-8, 1998.

16. Clark, M.S. et al. Nitrogen, weeds and water as yield-limiting factors in conventional, lowinput, and organic tomato systems. Agric. Ecosyst. Environ. 73: 257-70, 1999.

17. Darolt, M. R. As Dimensões da Sustentabilidade: Um Estudo da Agricultura Orgânica na Região Metropolitana de Curitiba. Curitiba, 2000. [Tese Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento – Universidade Federal do Paraná].

18. Dionex, Technical Note 112: Determination of Nitrate and Nitrite in Meat Using High-Performance Anion-Exchange Chromatography, Sunnyvale, CA. p. 1-4, 1998. (Disponível na biblioteca da ACATEC).

19. Dionex Corporation. AS14A Manual. Doc. Nº 031678-01, 34 p. Sunnyvale, CA, 1999.

20. EMATER. Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural. Relatório Técnico: Processo de Agricultura Orgânica, Curitiba, 26p. 2003.

21. EUA. Política Norteamericana em Orgânicos. Proposta de normatização para rotulagem, produção e comercialização de produtos ditos orgânicos [http://acd.ufrj.br/consumo/legislacao/

leituras/lo_politica_eeuu.htm]. 2 fev. 2004.

22. EC. European Commission, Scientific Committee for Food, Report of the Scientific Committee for Food on Nitrate and Nitrite (26th series). [Opinion expressed on 19 October 1990], 1992.

23. EC. European Commission, Reports of the Scientific Committee for Food (38th series). Opinion on Nitrates and Nitrites, Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities), p.1-33 , 1998.

24. FAO/WHO. Norma CODEX de Rotulagem de produtos organicamente cultivados Draft Guidelines for the Production, Processing, Labelling and Marketing of Organically Produced Foods

(Agenda Item 4). [http://acd.ufrj.br/consumo/legislacao/n_cx_al99_22a.htm]. 2 fev. 2004.

25. JECFA FAO/WHO. Joint Expert Committee on Food Additives FAO/WHO. Toxicological evaluation of certain food additives and contaminants in food. WHO Food Additives Series 35, Geneva, WHO, 1996.

26. Gangolli, S.D. et al. Assesmente: nitrate, nitrite and Nnitrosocompounds. European Journal of Pharmacology, Environmental Toxicology and Pharmacology, 292: 1-38, 1994.

27. Hamerschimidt, I. Hidroponia ao Alcance de Todos. EMATERPR. Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (apostila p/curso técnico). 27 p., 1997.

28. Hornick, S.B. Factors affecting the nutritional quality of crops. Am. J. Altern. Agric. 7: 63-8, 1992.

29. Huarte-Mendicoa, J.C.; Stiasarán, I.; Bello, J. Nitrate and Nitrite levels in fresh and frozen broccoli. Effect of freezing and cooking. Food Chem, 58: 39-42, 1997.

30. Khatounian, C.A. A reconstrução ecológica da agricultura. Botucatu: Agroecológica; 2001. 348 p.

31. Lara, W.H.; Takahashi, M.Y.; Yabiku, H.Y. Níveis de nitrato em alimentos infantis. Rev Inst Adolfo Lutz, 40(2):147-52, 1980.

32. Leclerc, J. et al. Vitamin and mineral contents of carrot and celeriac under mineral or organic fertilization. Biol. Agric. Hortic. 7: 349-61, 1991.

33. Lieblein, G. Quality and yield of carrots: effects of composted manure and mineral fertilizer. Norway, 1993. [PhD Thesis - Department of Horticulture, Agricultural University of Norway].

34. Microsoft Corporation. MSoffice Microsoft Excel 97. Redmond, WA, c 1995-1997. CDROM 6 MB.

35. Mirvish, S.S. Role of N-nitroso compounds (NOC) and N-nitrosation in etiology of gastric, esophageal, nasopharyngeal and bladder cancer and contribuition to cancer of known exposures to NOC. Cancer Letters, 93: 17-48, 1995.

36. Miyazawa, M.; Khatounian, C.A.; Odenath-Penha, L.A. Teor de nitrato nas folhas de alface produzida em cultivo convencional, orgânico e hidropônico. Agroecologia Hoje. 9: 23, 2001.

37. Minitab. Reference Manual Release 7. Minitab Inc, 3081, Enterprise Drive, State Collegey PA, 16801 US, Elinor Cruze and Jim Weldon. 6-10, 6-11, 1989.

38. OHSE, S. Qualidade nutricional e acúmulo de nitrato em alface hidropônica. In: Hidroponia da alface. SANTOS, O. (editor) Impr. Univ. UFSM: Santa Maria, RS. p. 10-24. 2000.

39. Olmedo, R. G.; Bosch, N. B. Ingestion de nitratos procedentes de productos hortaliças, y su incidência toxicológica. Alimentaria, 25: 76-8, 1998.

40. Paraná a. Hortaliças Paraná – Evolução da Área Colhida e da Produção Obtida – 93/94 – 00/01. Estima. 08/2002. [http//www.pr.gov.br/seab/deral/ehpr.xls]. 10 out 2003.

41. Paraná b. Frutas Paraná – Evolução da Área Colhida e da Produção Obtida – 1992 a 2001. [http//www.pr.gov.br/seab/deral/ehpr.xls]. 10 out 2003.

42. Paraná c. Secretaria de Estado da Saúde. Relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos no Estado do Paraná, junho de 2001 a junho de 2002/ Secretaria de Estado da Saúde, Curitiba: SESA, 2003. 55 p.

43. Petersen, A.; Soltze, S. Nitrate and nitrite in vegetables on the Danish market: content and intake. Food Addit. Contam. UK, 16:(7) 291-9, 1999.

44. Raupp, J. Examination of some microbiological and biochemical parameters and tests of product quality used in a long-term fertilization trial. Am. J. Altern. Agric. 13: 138-44, 1998.

45. Roux, J.C.; Verméglio, A; Besnainou, B. Despoluição: os microorganismos ganham terreno. França-Flash Meio Ambiente, 9: 6-7, 2000.

46. Scucato, E.S.; Yoshiyara, A.C.P.; Stertz, S.C. Resíduos de Agrotóxicos em Hortifrutícolas. Anais do XII Encontro Nacional de Analistas de Alimentos, p 255, Maceió, 2001.

47. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20th ed. American Public Health Association, Washington, 1998.

48. Starling, W.; Richard, M.C. Quality organically grown wheat and barley, Asp Appl Biol, 25: 193-8, 1990.

49. Stertz, S.C.; Scucato, E.S.; Belger, M. Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos Comercializados no Estado do Paraná de 1993 a 1999. Anais do XVII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Fortaleza, 2000.

50. Stertz, S.C.; Train, J.M.; Freitas, R.J.S. Resíduos de Agrotóxicos em Hortícolas Orgânicas, Convencionais e Hidropônicas Produzidas e/ou Comercializadas na Região Metropolitana de Curitiba - RMC. Anais do 13º Encontro Nacional de Analistas de Alimentos. “Novas Tecnologias em Alimentos: impactos e riscos à saúde”, Rio de Janeiro. 22 a 25 de junho de 2003.

51. Stopes, C. et al. The nitrate content of vegetable and salad crops offered to the consumer as from “organic” or “conventional” production systems. Biol. Agric. Hort. 5: 215-21, 1988.

52. Storey, T.; Hogan, R.; Humpheys, J. The growth, yield and quality of winter wheath and winter oats grown under an organic conversion. Asp. Appl. Biol., 36: 199-204, 1993.

53. Vogtmann, H. et al. Enhanced food quality: effects of composts on the quality of plant foods. Comp. Sci. Utiliz. 1: 82-100, 1993.

54. Walker, R. Naturally Occuring Nitrate/Nitrite in Foods. J. Sci. Food. Agric. 26: 1735-42, 1975.

55. Ysart, G.; Clifford, R.; Harrison, N. Monitoring for nitrate in UKgrown lettuce and spinach, Food Addit. Contam., 16:(7) 301-6,

56. Zago, V.C.P. et al. Aplicação de esterco bovino e uréia na couve e seus reflexos nos teores de nitrato e na qualidade. Hortic. Bras. 17:(3) 207-211, 1999.

57. Zandoná, M. S.; Zappia, V.R.S.. Resíduos de Agrotóxicos em alimentos: resultado de cinco anos de monitoramento realizado pela Secretaria de Saúde do Paraná, Pesticidas: R Téc Cient, Curitiba, 3:(3) 49-95, 1993.

58. Zhou, M.; Guo, D. Simultaneous determination of chloride, nitrate and sulphate in vegetable samples by single-column íon chromatography. Microchemical Journal, 65: 221-6, 2000.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2004 Sônia C. Stertz, Patricia T. P. S. Penteado, Renato João S. de Freitas

Downloads

Não há dados estatísticos.