Ocorrência de Salmonella spp e Escherichia coli O157:H7 em carnes cruas comercializadas na cidade de São Paulo, Brasil e tolerância a baixas temperaturas em carne moída
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Palavras-chave

Salmonella spp.
Escherichia coli O157:H7
carne crua
resistência
congelamento
refrigeração

Como Citar

1.
Jakabi M, Gelli DS, Ristori CA, De Paula AMR, Sakuma H, Lopes GIS, Fernandes SA, Luchesi RB. Ocorrência de Salmonella spp e Escherichia coli O157:H7 em carnes cruas comercializadas na cidade de São Paulo, Brasil e tolerância a baixas temperaturas em carne moída. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 2004 [citado 4º de dezembro de 2024];63(2):238-42. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34868

Resumo

Mundialmente, as salmoneloses são consideradas um grande problema de saúde pública. Escherichia coli O157:H7 é outro importante patógeno devido ao aumento da incidência de doenças em humanos e sua associação com vários tipos de alimentos, principalmente os de origem animal. Foi determinada a incidência de Salmonella spp. e E. coli O157:H7 em 253 amostras de carnes cruas (bovina, suína e de frango) comercializadas em São Paulo, Brasil. Vinte e três amostras (9,1%) foram positivas para Salmonella spp. Entre estas 11 diferentes sorovares foram identificados e S. Enteritidis foi o mais prevalente. Todas as amostras foram negativas para E. coli O157:H7. A sobrevivência de S. Enteritidis (o sorovar predominante) e E. coli O157:H7 foi avaliada em carne bovina moída mantida sob refrigeração (4ºC) por 120 horas e congelamento (-18ºC) por até 90 dias de armazenamento. E. coli O157:H7 foi mais sensível que a S. Enteritidis nas temperaturas de refrigeração e congelamento, mas os dois patógenos se mantiveram viáveis até 90 dias de estocagem sob congelamento.

https://doi.org/10.53393/rial.2004.63.34868
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Copyright (c) 2004 Miyoko Jakabi, Dilma Scala Gelli, Christiane Asturiano Ristori, Ana Maria Ramalho De Paula, Harumi Sakuma, Giselle Ibette S Lopes, Sueli A. Fernandes, Renata B. Luchesi

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