Resumo
As micobactérias de crescimento rápido anteriormente classificadas como complexo Mycobacterium fortuitum foram recentemente designadas M. fortuitum, M. peregrinum, M chelonae e M. abscessus. A identificação dessas micobactérias é importante para estabelecer a terapêutica adequada, visto que possuem diferentes padrões de resistência às drogas. Dentre 3.441 culturas de micobactérias recebidas em 1999 no Setor de micobactérias do Instituto Adolfo Lutz, foram selecionadas 13 cepas, classificadas como complexo M. fortuitum. O estudo incluiu o isolamento das colônias para certificar-se da pureza das culturas, a adição de testes com carboidratos e citrato de sódio que separam as quatro espécies citadas e o uso da técnica de PCR restriction analysis do gene hsp65 (PRA) para elucidação de resultados duvidosos dos testes fenotípicos. Na análise das 13 culturas, observou-se que oito apresentaram dois tipos de colônias (lisa e rugosa) e as cinco restantes apenas um tipo. As identificações feitas com a técnica de PRA e com os testes fenotípicos foram concordantes na maioria das cepas. Os resultados desse estudo sugerem que a identificação de micobactérias devido a sua complexidade deva ser centralizada em laboratórios de referência e implementada com testes específicos para cada espécie, que possibilitem a elucidação rápida do diagnóstico.
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