Estratégias para a identificação de espécies do complexo Mycobacterium fortuitum

Autores

  • Roberta M. Blanco Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Vânia T. G. Inumaru Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Maria Conceição Martins Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Carmen M.S. Giampaglia Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Suely Y.M. Ueki Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Erica Chimara Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Júlia T.U. Yoshida Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
  • Maria Alice S. Telles Setor de Micobactérias/Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-chave:

Mycobacterium fortuitum, Identificação fenotípica, PCR

Resumo

As micobactérias de crescimento rápido anteriormente classificadas como complexo Mycobacterium fortuitum foram recentemente designadas M. fortuitum, M. peregrinum, M chelonae e M. abscessus. A identificação dessas micobactérias é importante para estabelecer a terapêutica adequada, visto que possuem diferentes padrões de resistência às drogas. Dentre 3.441 culturas de micobactérias recebidas em 1999 no Setor de micobactérias do Instituto Adolfo Lutz, foram  selecionadas 13 cepas, classificadas como complexo M. fortuitum. O estudo incluiu o isolamento das colônias para certificar-se da pureza das culturas, a adição de testes com carboidratos e citrato de sódio que separam as quatro espécies citadas e o uso da técnica de PCR restriction analysis do gene hsp65 (PRA) para elucidação de resultados duvidosos dos testes fenotípicos. Na análise das 13 culturas, observou-se que oito apresentaram dois tipos de colônias (lisa e rugosa) e as cinco restantes apenas um tipo. As identificações feitas com a técnica de PRA e com os testes fenotípicos foram concordantes na maioria das cepas. Os  resultados desse estudo sugerem que a identificação de micobactérias devido a sua  complexidade deva ser centralizada em laboratórios de referência e implementada com testes específicos para cada espécie, que possibilitem a elucidação rápida do diagnóstico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Collins, C.H.; Grange, J.M.; Yates, M.D. Tuberculosis bacteriology: organization and pratice. 2nd London; Butterworth-Heinemann: 1997; 139p.

2. Devallois, A.; Goh, K.S.; Rastogi, N. Rapid identification of mycobacteria to species level by PCR-Restriction Fragment Length polymorphism analysis of the hsp65 gene and proposition of an algorithm to differentiate 34 mycobacterial species. J.Clin.Microbiol. 35:2969-2973, 1997.

3. Euzéby, JP. List of bacterial names with standing in nomenclature [on line] Available from; URL:http://www-sv.cict.fr/bacteriol/. [1999 Oct]

4. Falkinham, III; O, J. Epidemiology of infection by nontuberculous mycobacteria. Clin Microbiol Rev. 9(2):177-215, 1999.

5. Kent, P.T.; Kubica, G.P. Public Health Mycobacteriology. A guide for the level III laboratory. Atlanta; 1985, 207p.

6. Kusunoki, S.; Ezaki, T. Proposal of Mycobacterium peregrinum sp. nov., nom. reg., and elevation of Mycobacterium subsp. abscessus (Kubica et al. ) to species status: Mycobacterium abscessus comb. nov. Int. J. Syst. Bacteriol; 42 (2): 240-245, 1992.

7. Leão, S. C. Infecções por micobactérias de crescimento rápido são mais freqüentes. Sala salélite: MD Millennium Diagnósticos – Consultoria [http://www.saudetotal.com/microbiologia/micobact.htm].13 de maio de 2002.

8. Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Centro de Referência Professor Hélio Fraga. Manual de Bacteriologia da tuberculose. 2a. ed. Rio de Janeiro; 1994, 115p.

9. Osugui, S. K. et al. Infecções cutâneas causadas por micobactérias de crescimento rápido. in: XXI Congresso Brasileiro de Microbiologia-Simpósio de Micobactérias; 2001 out 21-25; Foz do Iguaçu, PR (Resumo S-066).

10. Ringuet, H. et al. hsp65 Sequencing for Identification of Rapidly Growing Mycobacteria. J. Clin. Microbiol. 37: 852-857, 1999.

11. Seabra, F.P. et al. Ceratite pelo Mycobacterium chelonae após laser in situ ceratomileusis (lasik) estudo microbiológico e histopatológico: relato de um caso-P018. Resumo dos painéis do XXXI Congresso de Oftalmologia. [http://www.abonet.com.Br/abo/644s/painel01.htm]. 13 de maio de 2002.

12. Silcox, V.A.; Good, R.C.; Floyd, M.M. Identification of clinically significant Mycobacterium fortuitum complex isolates. J. Clin. Microbiol; 14 (6): 686-691, 1981.

13. Telenti, A. et. al. Rapid identification of mycobacteria to the species level by polym erase chain reaction and restriction analysis. J Clin Microbiol; 31(2): 175-178, 1993.

14. Tsukamura, M.; Ichikawa, S. Numerical classification of rapidly growing nonphotochromogenic mycobacteria. Microbiol Immunol; 30 (9): 863-882, 1986.

15. Wayne, L.G.; Kubica, G.P. Genus Mycobacterium. Lehmann and Neumann 1896. In Sneath, P.H.A. et al. editors. Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology. Baltimore: the Willians &Wilkins; p. 1435-57,1986

16. Winthrop, KL et. al. An outbreak of mycobacterial furunculosis associated with footbaths at a nail salon New England J. Med. 346:1266-371, 2002.

17. Yakrus, M.A. et al. Comparison of methods for identification of Mycobacterium abscessus and M. chelonae isolates. J. Clin Microbiol 39:4103-4110, 2001.

Downloads

Publicado

2002-12-30

Como Citar

Blanco, R. M. ., Inumaru, V. T. G. ., Martins, M. C. ., Giampaglia, C. M. ., Ueki, S. Y. ., Chimara, E. ., Yoshida, J. T. ., & Telles, M. A. S. . (2002). Estratégias para a identificação de espécies do complexo Mycobacterium fortuitum. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 61(2), 91–6. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34987

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)