Determinação dos ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) em óleo de sardinha (Sardinella brasiliensis) brasileira e em suplementos alimentares à base de óleo de sardinha
pdf

Palavras-chave

óleo de sardinha
suplementos alimentares
determinação de ácidos eicosapentaenóico e docosahexaenóico em
índices de iodo e de refração
cromatografia em fase gasosa

Como Citar

1.
Badolato ESG, Carvalho JB de, Tavares M, Aued-Pimentel S. Determinação dos ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) em óleo de sardinha (Sardinella brasiliensis) brasileira e em suplementos alimentares à base de óleo de sardinha. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 27º de dezembro de 1991 [citado 29º de abril de 2024];51(1-2):75-81. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35265

Resumo

Os óleos de peixe são a maior reserva natural dos ácidos graxos eicosapentaenóico

(EPA) e docosahexaenóico (DHA), aos quais são atribuídos benefícios na prevenção e tratamento de certas doenças cardiovasculares. A crescente oferta no comércio e solicitação de registros de suplementos alimentares à base de óleos de peixe levou os autores a verificar sua qualidade. Foram analisadas 19 amostras de suplementos alimentares à base de óleo de sardinha, importados da Inglaterra e encapsulados no Brasil, e 8 amostras de óleo de sardinha (Sardinella brasiliensis) brasileira, extraído em laboratório. Foram determinadas as porcentagens dos ácidos EPA e DHA sobre o total dos ácidos graxos, através de cromatografia em fase gasosa, utilizando-se coluna capilar de sílica fundida Carbowax 20 M. Em todas as amostras foram determinados também os índices de iodo (Wijs) e de refração a 40°C. Os resultados mostraram que apenas uma da amostras de suplementos alimentares estava completamente em desacordo com a fórmula-padrão declarada, e o índice de iodo correspondente muito baixo. Por outro lado, os óleos de sardinha brasileira apresentaram baixos valores de EPA e dos índices de iodo e de refração; entretanto, 6 entre 8 amostras analisadas revelaram teores de DHA acima daquele convencionalmente adotado para os suplementos (120 mg/g), compensando os baixos valores de EPA. Sendo assim, o óleo de sardinha brasileira pode ser considerado de boa qualidade como matéria-prima para a elaboração daqueles suplementos.

https://doi.org/10.53393/rial.1991.51.35265
pdf

Referências

1. ACKMAN, R.G. & McLEOD, C. – Total lipids and nutritionally important fatty acids of some Nova Scotia fish and shellfish products. Can. Inst. Food Sci. Technol., 21(4): 390-8, 1988.

2. ACKMAN, R.G.; RATNAYAKE, W.M.N. & MA CPHERSON, E.J. - EPA and DHA contents of encapsulated fish oil products. J. am. Oil Chem. Soc., 66(8): 1162-4, 1989.

3. ANDRADE, M.O. de - Fish overview in Brazil. Bol. SBCTA, 23(3/4): 169-78, 1989.

4. ANTUNES, S.A. - A tecnologia do pescado na Região Sudeste do Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 5º. , Fortaleza, 1987. Anais. p. 484.

5. BADOLATO, E.S.G.; MAIO, F.D.; LAMARDO, L.C.A. & ZENEBON, O. - Óleos naturais: verificação de sua qualidade por cromatografia em fase gasosa. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 47(112): 87-95, 1987.

6. BIMBO, A.P. - The emerging marine oil industry. J. am. Oil Chem. Soc., 64(5): 706-15, 1987.

7. DYEBERG, J. Linoleate-derived polyunsaturated fatty acids and prevention of atherosclerosis. Nutr. Rev., 44(4): 125-34, 1986.

8. HARRIS, W.S. - Fish oils and plasma lipid and lipoprotein metabolism in humans: a critical review. J. lipid Res., 30: 785-804, 1989.

9. HARTMAN, L. & ESTEVES, W. - Tecnologia de óleos e gorduras vegetais. São Paulo, Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnología, s.d. 169 p. (Série Tecnologia Agroindustrial, 13).

10. HEARN, T.L.; SGOUTAS, S.A.; HEARN, lA. & SGOUTAS, D.S. - Polyunsaturated fatty acids and fat in fish flesh for selecting species for hea1th benefits. J. Food Sci., 52(5): 1209-11, 1987.

11. HEROLD, P .M. & KINSELLA, J .E. - Fish oil consumption and decreases risk of cardiovascular disease: a comparison of findings from animal and human trials. Am. J. Clin. Nutr., 43: 566-98, 1986.

12. HOLUB, B. Heath offects of fish oils. J. am. Oil Chem. Soc., 65(11): 1722-6, 1988.

13. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. (São Paulo). – Normas analiticas do Instituto Adolfo Lutz. 3ª. ed. São Paulo, IMESP, 1985, v.l: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. p. 245-66.

14. KAYAMA, M. - Fish farming and aquaculture. Can we modify fish fat with more EPA? J. Fac. appl. Biol. Sci. Hiroshima Univ., 25(112):19-28, 1986.

15. KINSELLA, J.E. - Food components with potential therapeutic benefits: the n-3 polyunsaturated fatty acids of fish oils. Food Technol., 40(2): 89-97, 1986.

16. LABOMAR - MUN. Cida Program. - Ciência e tecnologia de produtos pesqueiros. St. John's, New foundland, MUN Printing Services, 1989. V.1A: Ciência e tecnologia de organismos aquáticos. p. 1162.

17. LEAF, A. & WEBER, P. Cardiovascular effects of n-3 fatty acids. N. Engl. J. Med., 318(9): 549-57, 1988.

18. MURPHY, M.G. - Dietary fatty acids and membrane protein function. J. nutr. Biochem., 1(2): 68-79, 1990.

19. NESTEL, P.J. - Fish oil fatty acids: the answer to heart disease? CSIRO Food Res. Q., 47: 9-12, 1987.

20. PIGOTT, G.M. & TUCKER, B.W. - Science opens new horizons for marine lipids in human nutrition, Food Rev. Int., 3(112): 105-38, 1987.

21. POURCHET-CAMPOS, M.A. - Os lipídios na alimentação: uma benção e um desafio. (Apresentado ao V Encontro Nacional de Analistas de Alimentos - ENAAL) Salvador, BA, 1989.

22. PRODUCTION exceeds 52 million MT. J. am. Oil Chem. Soc., 65(8): 1232-6, 1988.

23. RIBEIRO, L.G.T. - Óleo de peixe. O Estado de S. Paulo, 29 julho 1990. p. 52.

24. SILVA, S.M.C.S & MANCINI FILHO, J. – Influência de diferentes formas de processamento sobre os teores de ácidos graxos polinsaturados em algumas espécies de pescado brasileiro. In: SEMINÁRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA USP, 5º. , São Paulo, 1990. Programa e Resumos. p. 9.

25. STANSBY, M.E. - Nutritional properties of fish oils. World Rev. Nutr. Diet. 11:46-105, 1969.

26. STANSBY, M.E. - Polyunsaturates and fat in fish flesh. J. am. Diet. Ass., 63:625-30, 1973.

27. STANSBY, M.E. - Reliability of fatty acids values purpoting to represent composition of oil from different species of fish. J. am. Oil Chem. Soc., 58(1): 13-6, 1981.

28. STANSBY, M.E. - Properties of fish oils and their application to handling of fish and to nutritional and industrial use. In: Martin, R. ed. et. al. - Chemistry and biochemistry of marine food produets. Westport, AVI, 1982. cap. 7, p. 75-91.

29. STANSBY, M.E. & LEMON, J.M. – Quantitative determination of oil in fish flesh. Ind. Eng. Chem., 9(7): 341-3, 1937.

30. TSUCHIYA, T. - Biochemistry of fish oils. In: BORGSTROM, G., ed. Fish as food. New York, Academic Press, 1961. v.l, cap. 7, p. 211-58,

31. WANG, Y.J.; MILLER, L.A.; PERREN, M&ADDIS, P .B. - Omega-3 fatty acids in Lake Superior fish. J. Food Sci., 55(1): 71-3, 76, 1990.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1991 Elza Schwarz Gastaldo Badolato, José Byron de Carvalho, Mário Tavares, Sabria Aued-Pimentel

Downloads

Não há dados estatísticos.