Prospecção fitoquímica de cruá vermelho (Sicana odorifera Naudin) e atividade antioxidante do fruto
PDF

Palavras-chave

metabólitos secundários
atividade antioxidante
extratos bioativos
Sicana odorifera
Cucurbitaceae

Como Citar

1.
Maximiliano Reis Tebaldi V, Heinrich Silva de Souza Y, Oliveira de Almeida E, Neves de Carvalho Alves J, Miranda de Souza A, de Oliveira do Nascimento K. Prospecção fitoquímica de cruá vermelho (Sicana odorifera Naudin) e atividade antioxidante do fruto. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de março de 2019 [citado 22º de dezembro de 2024];78(1):1-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35849

Resumo

Originária da América Tropical, provavelmente do Brasil, a Sicana odorifera Naudin (Cucurbitaceae)
é uma planta herbácea anual, vigorosa, rasteira ou trepadeira, cujos frutos exalam um odor intenso
e agradável quando maduros. O presente trabalho visou caracterizar os metabólitos secundários em
extratos obtidos das folhas, sementes, polpa e casca do fruto, e avaliar a atividade antioxidante do
fruto. Diferentes classes de metabólitos secundários foram identificadas nas análises qualitativas e
quantitativas, realizadas nos diferentes extratos obtidos. A atividade antioxidante do extrato aquoso
da polpa do fruto foi determinada pela habilidade de sequestrar o radical estável 2,2-difenil-1-picrilhidrazil
(DPPH). Os carotenoides foram extraídos com acetona, separados com éter de petróleo
e quantificados em espectrofotômetro UV. A triagem fitoquímica dos extratos indicou a presença
de compostos como açúcares redutores, depsídeos e depsidonas, esteroides e triterpenoides,
polissacarídeos, proteínas e aminoácidos, saponinas, taninos, alcaloides e carotenoides, além
de atividade antioxidante na polpa do fruto. De acordo com os resultados obtidos constata-se
que S. odorifera possui propriedades de interesse farmacológico. O estudo serve como subsídio
preliminar sobre o conhecimento da composição química e viabilidade de emprego dessa planta
para fins medicinais.

https://doi.org/10.53393/rial.2019.v78.35849
PDF

Referências

1. Kienteka SS. Extração e caracterização dos polissacarídeos dos frutos de Sicana odorífera [dissertação de mestrado]. Universidade Federal do
Paraná; 2014. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36269/R%20-%20D%20-%20SAMANTHA%20SHAROL%20KIENTEKA.pdf?sequence=1&isAllowed=y

2. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentos regionais brasileiros. 2 ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ alimentos_regionais_brasileiros_2ed.pdf

3. Paula Filho G, Barreira TF, Pinheiro SS, Cardoso LM, Martino HSD, Sant’Ana HMP. “Melão croá” (Sicana sphaerica Vell.) and “maracujina” (Sicana odoriferaand minerals in native fruits from the brazilian atlantic forest. Fruits. 2015;70(6):341–9. https://
dx.doi.org/10.1051/fruits/2015035

4. Parada F, Duque C, Fujimoto Y. Free and bound volatile composition and characterization of some glucoconjugates as aroma precursors in melon de olor fruit pulp (Sicana odorifera). J. Agric Food Chem. 2000;48(12):6200-4. https://dx.doi.org/10.1021/jf0007232

5. Jaramillo K, Dawid C, Hofmann T, Fujimoto Y, Osorio C. Identification of antioxidative flavonols and anthocyanins in Sicana odorifera fruit peel. J Agric Food Chem. 2011;59(3): 975-83. https://dx.doi.org/10.1021/jf103151n

6. Nakano S, Fujimoto Y, Takaishi Y, Osorio C, Duque C. Cucurbita-5,23-diene-3β, 25-diol from Sicana odorifera. Fitoterapia. 2004;75(6):609-11. https://dx.doi.org/10.1016/j.fitote.2004.05.004

7. Araujo GS. Elaboracao de uma cerveja tipo ale utilizando melao de caroa [sicana odorifera (vell.) naudim] como adjunto do malte [dissertacao de mestrado]. Salvador (BA): Universidade Federal da Bahia; 2016. Disponível em: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20139

8. Lima JF, Silva MPL, Teles S, Silva F, Martins GN. Evaluation of different substrates in the physiological quality of caroa melon [Sicana odorifera (Vell.) Naudin] seeds. Rev Bras Plantas Med. 2010;12(2):163-7. https://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722010000200007

9. Cardoso MG, Shan AY, Souza JA. Fitoquimica e Quimica de Produtos Naturais. Lavras (MG): UFLA/FAEPE, 2001. 67p. (Textos Academicos).

10. Melo EA, Maciel MIS, Lima VLAG, Nascimento RJ. Capacidade antioxidante de frutas. Rev Bras Cienc Farm. 2008;44(2):195-201. https://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322008000200005

11. Simoes CMO. Spintzer, V. Oleos volateis. In: Simoes, CMO et al. (Org.). Farmacognosia da planta ao medicamento. 7 ed. Porto Alegre (RS): Editora da UFRGS; 2010, p. 467-92.

12. Torres DFG, Mancini DAP, Torres RP, Mancini-Filho J. Antioxidant activity of macambo (Theobroma bicolar L.) extracts. Eur J Lipid Sci Technol. 2002;104:278-81. https://dx.doi.org/10.1002/1438-9312(200205)104:5<278::aid-ejlt278>3.0.co;2-k

13. Rufino MSM, Alves RE, Brito ES, Perez-Jiemez J, Saura- Calixto F, Mancini-Filho J. Bioactive compounds and antioxidant capacities of 18 non-traditional tropical fruits from Brazil. Food Chem. 2010;121(4):996-1002. https://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2010.01.037

14. Quettier-Deleu C, Gressier B, Vasseur J, Dine T, Brunet C, Luyckx H et al. Phenolic compounds and antioxidant activities of buckwheat (Fagopyrum esculentum Moench) hulls and flour. J Ethnopharmacol. 2000;72(1-2):35-42. https://dx.doi.org/10.1016/S03788741(00)00196-3

15. Fuleki T, Francia FJ. Extration and determination of total anthocyanin in cranverrues. J Food Sci.1968;33(1):72-7.

16. Rodriguez-Amaya, DB. A Guide to Carotenoid Analysis in Foods. Washington (DC): International Life Sciences Institute Press; 2001. Disponivel em:http://beauty-review.nl/wp-content/uploads/2014/11/A-guide-to-carotenoid-analysis-in-foods.pdf

17. Canico F, Ramalho M, Lima G, Quedas F. Estudo da evolucao da textura e cor da Curcubita spp. na poscolheita e ao longo do tempo, 7. Encontro da Química dos Alimentos; 2005; Viseu.

18. Carrazoni ED. Estudo quimico de liquens. VIII: isolamento dos constituintes da Cladonia sprucey. Ver Quim Tecnol. 2003;1:32-4. Disponivel em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/7547/7547.PDF

19. Macedo FM, Martins GT, Rodrigues CG, Oliveira DA. Triagem Fitoquimica do Barbatimao
[Stryphnodendron adstringens (Mart) Coville]. Rev Bras Biocien. 2007;5(supl.2):1166-8. Disponible em: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1026/765

20. Kinupp VF, Barros IBI. Protein and mineral contents of native species, potential vegetables, and fruits. Food Sci Technol. 2008;28(4):846-857. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-20612008000400013

21. Costa NC, Chagas Junior AF, Ramos ACC, Soares LP, Scheidt GN. Atividade antimicrobiana e analise fitoquimica preliminar do extrato vegetal de alho no controle de fungos fitopatogenicos. Rev VerdeAgroecologia Desenvolv Sustent. 2017;12(1):161-6. https://doi.org/10.18378/rvads.v12i1.4406

22. Monteiro JM, Albuquerque UP, Araujo EL, Amorim ELC. Taninos: uma abordagem da quimica a ecologia. Quim Nova. 2005;28(5):892-6. https://dx.doi.org/10.1590/s0100-40422005000500029

23. Cunha AP. (Org). Farmacognosia e Fitoquimica. 3 ed. Lisboa: Fundacao Calouste Gulbenkian; 2010.

24. Daiuto ER, Tremocoldi MA, Alencar SM, Vieites RL, Minarelli PH. Composicao quimica e atividade antioxidante da polpa e residuos de abacate ‘HASS’. Rev Bras Frutic. 2014;36(2): 417-24. https://dx.doi.org/10.1590/0100-2945-102/13

25. Pereira RJ, Cardoso MG. Metabolitos secundários vegetais e beneficios antioxidantes. J. Biotechnol Biodivers. 2012;3(4):146-52. Disponivel em: https://www.todafruta.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Metab%C3%B3litos-secund%C3%A1rios-ARTIGO.pdf

26. Santos SPD. Alcaloides indolicos de Aspidosperma pyrifolium: estudo fitoquimico e dados
espectroscopicos [dissertacao de mestrado]. Natal(RN): Universidade Federal do Rio Grande do
Norte; 2016. Disponivel em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22561

27. Matos FJA. Introducao a Fitoquimica Experimental. 2 ed. Fortaleza (CE): Edicoes UFC; 1997, 141p.

28. Bessa NGF, Borges JCM, Beserra FP, Carvalho RHA. Pereira MAB, Fagundes R et al. Prospecção fitoquimica preliminar de plantas nativas do cerrado de uso popular medicinal pela comunidade rural do assentamento vale verde–Tocantins. Rev Bras Plantas Med. 2013;15(4 supl.1):692-707. https://dx.doi.org/10.1590/s1516-05722013000500010

29. Silva-Junior EV, Medeiros RAB, Silva RB. Analise de carotenoides da polpa in natura e desidratada de frutos de tres especies alimenticias e medicinais ocorrentes em Pernambuco. Rev Bras Agrotecnol. 2017;7(2)373-7. Disponivel em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBAGRO/article/view/5232/373-377

30. Kobori CN, Huber LS, Sarantopoulos CIGL, Rodriguez-Amaya DB. Teores de carotenóides em produtos de tomate. Rev Inst Adolfo Lutz. 2010;69,(1)78-89. Disponivel em: http://www.ial.sp.gov.br/resources/insituto-adolfo-lutz/publicacoes/rial/10/rial69_1_completa/1259.pdf

31. Souza CO, Menezes JDS, Neto DCR, Assis JGA, Silva SR, Druzian JI. Carotenoides totais e vitamina A de cucurbitaceas do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Semiarido. Cienc Rural. 2012;42(5):926-33. https://doi.org/10.1590/S0103-84782012005000024

32. Carvalho AV, Mattietto RA, Assis GT, Lourenço LFH. Avaliacao do efeito da combinacao de pectina, gelatina e alginato de sodio sobre as caracteristicas de gel de fruta estruturada a partir de “mix” de polpa de caja e mamao, por meio da metodologia de superfície de resposta. Acta Amaz. 2011;41(2):267-74. https://doi.org/10.1590/S0044-59672011000200011

33. Melo EA, Lima VLAG, Maciel MIS, Caetano ACS, Leal FLL. Polyphenol, ascorbic ascid and total carotenoid contents in common fruits and vegetables. Braz. J Food Technol. 2006;9(2):89-94. Disponivel em: http://bjft.ital.sp.gov.br/arquivos/artigos/v9n2236a.pdf

34. Kuskoski EM, Asuero AG, Morales MT, Fett R. Frutos tropicais silvestres e polpas de frutas congeladas: atividade antioxidante, polifenois antocianinas. Cienc Rural. 2006;36(4):1283-7. https://dx.doi.org/10.1590/s0103-84782006000400037

35. Teixeira LN, Stringueta PC, Oliveira FA. Comparação de metodos para quantificacao de antocianinas. Ver Ceres. 2008;55(4)297-304. Disponivel em: http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/3320/1217

36. Goncalves, AESS. Avaliacao da capacidade antioxidante de frutas e polpas de frutas nativas e determinacao dos teores de flavonoides e vitamina C [dissertacao de mestrado]. Sao Paulo (SP): Universidade de Sao Paulo; 2008. Disponivel em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-28012009-161811/publico/dissertacao.pdf

37. Ribeiro PFA. Compostos bioativos de camu-camu (Myrciaria dubia) em funcao do ambiente de cultivo e do estadio de maturacao [tese de doutorado] Vicosa (MG): Universidade Federal de Vicosa; 2012. Disponivel em: https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/465/texto%20completo.pdf?sequence=1
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Victor Maximiliano Reis Tebaldi, Yuri Heinrich Silva de Souza, Edilberto Oliveira de Almeida, Jonathan Neves de Carvalho Alves, Alexandre Miranda de Souza, Kamila de Oliveira do Nascimento

Downloads

Não há dados estatísticos.