Resumo
Essa revisão explorou dois aspectos: a evolução do diagnóstico laboratorial, quantitativamente, com
análise de 12.328 dados da produção laboratorial (de 2005 a 2016) e o histórico epidemiológico, com abordagem qualitativa (descritiva). Com o objetivo de traçar um panorama e apresentar as ações laboratoriais, avaliou-se o impacto no diagnóstico com a implantação do teste treponêmico TPHA (2007) e atendimento aos fluxogramas I-A (2011) e I-B (2014), da Portaria nº 3.242/GM/MS/2011(revogada em 2016). Para traçar a trajetória epidêmica do sífilismo no contexto social, do Brasil colonial à atualidade, buscou-se a literatura científica nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs, PAHO, BVS, Google Acadêmico, elegendo os descritores isolados/agrupados: sífilis/congênita, sorodiagnóstico da sífilis, saúde pública. Das 200 publicações avaliadas por leitura exploratória, seletiva, analítica e interpretativa, 63 foram selecionadas para descrever a sífilis nos aspectos já mencionados. A ausência de dados laboratoriais e epidemiológicos dificulta o conhecimento das transformações do processo de manifestação da sífilis e adoção de medidas corretivas/preventivas para seu combate. Esse estudo detectou, com originalidade, pontos vulneráveis na execução do ensaio; necessidade de estratégias para melhoria da qualidade do diagnóstico laboratorial e, do ponto de vista epidemiológico, a inserção de políticas públicas específicas para atenção ao grupo de pessoas
em idade fértil.
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