Teor de vitamina A em alimentos enriquecidos
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Palavras-chave

Vitamina A
alimentos enriquecidos
legislação
porcentagem da Dose Diária Recomendada
teor de enriquecimento

Como Citar

1.
Maria Duarte Fávaro R, Santesso Garrido N, Delphina de Oliveira Garotti W, Eico Yokosawa C, Helena lha M, Afonso Jordão Jr. A, Vannucchi H. Teor de vitamina A em alimentos enriquecidos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de junho de 1998 [citado 22º de julho de 2024];57(1):41-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36620

Resumo

A diversidade de produtos alimentícios adicionados de vitaminas, inclusive de vitamina A, vem aumentando no Brasil e o controle desses produtos é necessário. Os objetivos desse estudo foram: 1) verificar o teor de vitamina A em alimentos enriquecidos avaliando a concentração em relação ao declarado no rótulo; 2) verificar a variabilidade dos níveis de enriquecimento desse nutriente em diferentes amostras de um mesmo produto; 3) avaliar a quantidade de vitamina A oferecida em uma porção individual de cada alimento em relação à Dose Diária Recomendada (DDR) pelo National Research Council. Foram estudados 20 produtos enriquecidos. A concentração de vitamina A foi determinada em 5 amostras provenientes de lotes diferentes de cada produto, totalizando 100 amostras. Dentre as amostras avaliadas, 45 apresentaram teor de vitamina A na faixa compreendida entre 20% abaixo e 20% acima do declarado no rótulo, 14 amostras apresentaram teor abaixo dessa faixa e 41 acima. A maioria dos produtos apresentou níveis de enriquecimento homogêneo em cinco amostras diferentes. Os alimentos estudados supriam de 18 a 120% das DDR em uma porção única. Sugere-se que a legislação brasileira estabeleça, para alimentos enriquecidos, níveis mínimo e máximo de vitamina A por porção diária habitualmente consumida; que se estenda o beneficio dos alimentos enriquecidos com vitamina A às populações de baixa renda através da adição desse nutriente nos alimentos consumidos pela mesma; que se avalie melhor os alimentos que não podem e aqueles que podem e devem ser enriquecidos.

https://doi.org/10.53393/rial.1998.57.36620
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Copyright (c) 1998 Rosa Maria Duarte Fávaro, Neusa Santesso Garrido, Wilma Delphina de Oliveira Garotti, Cristina Eico Yokosawa, Maria Helena lha, Alceu Afonso Jordão Jr., Hélio Vannucchi

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