Anticorpos circulantes antinervo periférico na esquistossomose mansônica
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Palavras-chave

esquistossomose mansônica
anticorpos antinervo periférico na esquistossomose mansônica

Como Citar

1.
Chieffi PP, Paes RAP, Ueda M, Nakamura PM, Mello LB. Anticorpos circulantes antinervo periférico na esquistossomose mansônica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 1982 [citado 1º de maio de 2024];42(1-2):67-70. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36782

Resumo

Procurou-se determinar a existência de anticorpos antinervo periférico no soro de 35 pacientes comprovadamente infectados por Schistosoma mansoni, através de reação de imunofluorescência indireta em cortes de nervo ciá tico de camundongo. Como controles, utilizaram-se os soros de 30 pacientes com sorologia positiva para tripanosomíase americana, 30 pacientes com reações sorológicas positivas para toxoplasmose, 30 pacientes com sorologia positiva para lues, além de 20 soros de indivíduos negativos para todas estas entidades mórbidas, considerados como padrão de normalidade. Os resultados mostraram reações positivas em 83,3% dos soros de pacientes chagásicos, em 62,8% dos soros de pacientes esquistossomóticos, em 10% dos soros dos pacientes com reações sorológicas positivas para lues, em 6,6% dos soros de pacientes infectados por Toxoplasma gondii e em 20% dos soros considerados normais. Notou-se nítida diferença entre o padrão de reação ao se compararem os resultados obtidos nos soros de pacientes esquistossomóticos, com os verificados em pacientes chagásicos. No primeiro caso a fluorescência ocorreu ao redor dos axônios, na maioria das vezes e, no caso de pacientes chagásicos, em torno da bainha das células de Schwann. Tais achados sugerem que também na esquistossomose mansônica formam-se anticorpos antinervo periférico, como já fora demonstrado anteriormente para a tripanosomíase americana.

https://doi.org/10.53393/rial.1982.42.36782
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Referências

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Copyright (c) 1982 Pedro Paulo Chieffi, Roberto A. Pinto Paes, Mirthes Ueda, Paulo M. Nakamura, Lilian B. Mello

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