Primeiro encontro de Biomphalaria straminea (Dunker, 1848) no Município de Taubaté, Vale do Paraíba, Estado de São Paulo
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Palavras-chave

Biomphalaria etraminea, Taubaté, São Paulo, Brasil

Como Citar

1.
Santos L dos, Costa IB, Lico CH de P. Primeiro encontro de Biomphalaria straminea (Dunker, 1848) no Município de Taubaté, Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 1986 [citado 16º de maio de 2024];46(1-2):1-4. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36857

Resumo

Os planorbídeos da espécie Biomphalaria straminea têm vasta distribuição no Brasil. No Estado de São Paulo, a introdução dessa espécie ocorreu em 1969, através de peixes importados do Nordeste do Brasil, segundo R.R. Corrêa et alii (19,70). Em 1972, J.T. Piza et alii assinalaram a existência da B. straminea em apenas três municípios do Estado de São Paulo. Em 1975, o primeiro foco dessa espécie foi encontrado no município de Cruzeiro, SP, por L. Santos. No mesmo local, em 1980, este autor detectou pela primeira vez B. straminea naturalmente infectada. A carta malacol6gica elaborada por J.F. Vaz et alii, em 1981, já acusa a presença dessa espécie em vinte e cinco municípios, mostrando portanto a sua disseminação. Em 1985, L. Santos et alii identificaram pelo exame da genitália, num lote de 87 caramujos provenientes de um ranário do município de Taubaté, a espécie B. straminea, até então não assinalada neste município. Os girinos desse ranário provinham da cidade de Igaratá, SP, onde os planorbideos eram encontrados comumente junto a plantas aquáticas. Taubaté situa-se quase no centro geográfico de uma região endêmica de esquistossomcse, o Vale do Paraíba. Por este motivo, são recomendadas medidas adequadas de vigilância epidemiol6gica para que se não alastre a B. straminea, ainda em fase de adaptação ao ecossistema da região.

https://doi.org/10.53393/rial.1986.46.36857
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