Abstract
O presente estudo faz uma retrospecção histórica do diagnóstico laboratorial da Leishmaniose Tegumentar Americana. O exame parasitológico direto é realizado a partir de esfregaços de diferentes materiais biológicos como raspados e aspirados de lesão, fixados e corados pelo corante de Giemsa e que, desde 1930 até os dias de hoje, é utilizado e considerado como padrão ouro. Os testes imunológicos como a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e os testes imunoenzimáticos (ELISA), desenvolvidos nas décadas de 60 e 70, apresentam reações cruzadas ou falsos negativos, comprometendo a sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade dos testes frente aos baixos títulos de anticorpos observados no início e evolução da LTA. A intradermorreação de Montenegro, utilizado pela primeira vez por J. Montenegro em 1924, usou extratos de Leishmania brasiliensis mortas. O teste traduz a resposta de hipersensibilidade tardia, é de grande valor presuntivo, revelando se houve contato anterior do parasita com o paciente e que envolve um conjunto de fatores que estão relacionados à resposta humoral.
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