Abstract
Como medida de controle de infecção, a higienização das mãos deve ocorrer antes e após contato com o paciente e onde exista transferência de patógenos para pacientes e ambientes. O álcool está entre os anti-sépticos mais seguros, por possuir baixa toxicidade, efeito microbiocida rápido e fácil aplicação. Estudos investigaram a efetividade e tolerância ao procedimento de fricção com solução alcoólica versus lavagem com sabão e concluíram que o álcool é mais efetivo, porém ressaltaram, que o procedimento de fricção como álcool não substitui a lavagem das mãos. A Resolução RDC nº42 de 25 de outubro de 2010, dispõe sobre aobrigatoriedade de disponibilização de preparações alcoólicas para fricção anti-séptica das mãos pelos serviços de saúde, repartições públicas e escolas no país. Os produtos destinados a higienização das mãos são classificados como de risco 2, ou seja, tem obrigatoriedade de registro junto a Agência Nacional deVigilância Sanitária – ANVISA. O gel contendo álcool em sua formulação representa a busca pelo produto germicida com amplo espectro mesmo na presença de matéria orgânica, tempo mínimo de inativação dos micro-organismos, além da facilidade de aquisição e baixo custo. Este estudo teve por objetivo a avaliação de 16 amostras de diferentes marcas disponíveis no mercado, verificando a atividade anti-séptica conforme preconiza a NF EN 1040/2006 e o teor de álcool foi com o uso de tabela de conversão dos valores de massa específica obtidos por densimetro digital. Os resultados demonstraram que 12,5% das amostras não apresentaram atividade antimicrobiana. Com relação ao teor de álcool 87,5% das amostras, estava em desacordo, por não apresentar teor mínimo de álcool de 70% conforme legislação vigente. Concluímos que mesmo apresentando teor de álcool abaixo do mínimo permitido, estas amostras apresentaram eficácia antimicrobiana, indicando serem efetivas ao propósito estabelecido.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2012 Instituto Adolfo Lutz Journal