AMOSTRAS DA ÁREA DE PRODUTOS DO IAL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS. O QUE REFLETEM?

Abstract

A implantação do Sistema Único de Saúde em todo país, e mais especificamente no estado de São Paulo, tem sido objeto de preocupação por parte de todos, gestores e usuários. A realidade da saúde pública estános noticiários diários, infelizmente não pelas áreas de “excelência”, mas em função do péssimo atendimento à população, falta de médicos, relação com convênios, fila de espera, autorizações não previstas para simples exames; publico e privado se nivelam quanto ao baixo nível de satisfação dos seus usuários. A parte menos visível desta realidade na saúde pública é a relativa às ações em Vigilância Sanitária e Epidemiológica, que competem aos Laboratórios de Saúde Pública e a toda uma estrutura organizada para atender essas demandas. O financiamento das ações nestas duas áreas também exige clareza dos gestores quanto às prioridades. O objetivo deste estudo é estabelecer algumas hipóteses sobre a relação de um laboratório de saúde pública, especificamente o IAL, e sua inserção no SUS, a partir das amostras analisadas nos últimos dez anos. Entretanto, considerando o amplo escopo de ensaios que realiza e também o fato de sua atuação abranger todo o estado, optamos por fazer um recorte que contempla a área de Vigilância Sanitária e avaliar a partir de amostras recebidas pelo IAL Central, na cidade de São Paulo e cadastradas no Sistema de Gerenciamento de Amostras (SGA) entre 2001 e 2011. Merece destaque o processo de descentralização de exames a exemplo do programa de qualidade da água de consumo humano (Pro-Água), bem como a perda de clientes que demandavam análises prévias pelo fato dos laboratórios envolvidos não serem acreditados pelo INMETRO. Realidade que se impõe, mesmo sendo um LACEN com mais de 100 anos de existência.