Resumen
O presente estudo avaliou o efeito da adição do Geotrichum candidum, como cultura adjunta, na aceitação e composição do queijo tipo Camembert. O leite utilizado na fabricação dos queijos foi submetido à pasteurização e adicionado de Lactococcus lactis subsp. Lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris. Foram realizados quatro tratamentos: controle (T1) – sem adição de Geotrichum candidum; e T2, T3 e T4, com concentrações, respectivamente, de 0,5 U, 1 U e 1,5 U do microorganismo. Após 1, 9, 17, 25, 33 e 41 dias de fabricação, os queijos foram avaliados quanto aos parâmetros: acidez, pH, proteína, NS a pH 4,6, NS em TCA 12%, umidade, e para gordura e sal no queijo com um dia de preparação. A análise de aceitação foi realizada aos 30 dias de maturação. Os queijos com e sem adição de Geotrichum candidum não diferiram (P > 0,05) nas análises físico-químicas. Os quatros tratamentos diferiram (P < 0,05) em todas as análises no decorrer do tempo de maturação. Com o aumento na concentração do Geotrichum candidum, houve aumento na média de aceitação dos provadores. A utilização do Geotrichum candidum é uma boa alternativa para as indústrias que desejam um produto com boa aceitabilidade e características semelhantes ao tradicional queijo Camembert.Citas
1. Furtado MM. Queijos finos maturados por fungos. São Paulo (SP): Milk Bizz; 2003. p. 80-115.
2. Aziza M, Amrane A. Diauxic growth of Geotrichum candidum and Penicillium camembertii on amino acids and glucose. Braz J Chem Eng. 2012;29(2):203-10.
3. Drake MA, Boylston TD, Spence KD, Swanson, BG. Chemical and sensory effects of a Lactobacillus adjunct in cheddar cheese. Food Res Int. 1996;29(3-4):381-7.
4. Walstra P, Wouters JTM, Geurts TJ. Dairy Science and Technology. 2. ed. Boca Raton (FL): CRC Press; 2006.
5. Molimard P, Lesschaeve I, Issanchou S, Brousse M, Spinnler HE. Effect of the association of surface flora on the sensory properties of mould-ripened cheese. Le Lait. 1997;77:181-7.
6. Welthagen JJ, Viljoen BC. The isolation and identification of yeasts obtained during the manufacture and ripening of cheddar cheese. Int J Food Microbiol. 1999;16:63-73.
7. Mourgues R, Bergere JL, Vassal L. Possibility of improving organoleptic quality of Camembert cheese using Geotrichum candidum. La Techn Lait.1983;978:11-5.
8. Boutrou R, Guéguen M. Interest in Geotrichum candidum for cheese technology. Int J Food Microbiol. 2005;102:1-20.
9. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa nº 68, de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos, em conformidade com o anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 14 dez. 2006.
10. International Dairy Federation Standard. Cheese and cheese Processed Cheese. Determination of the total solids content, 4A: Bruxelas, 1982.
11. Wolfshoon-Pombo AF. Índice de proteólise em alguns queijos brasileiros. Bol Leite. 1983;51(661):1-8.
12. SAS/STAT. 9.2 User’s Guide, 2 ed. Cary (NC): SAS Institute; 2009.
13. Minim VPR. Análise sensorial: Estudo com consumidores. Viçosa (MG): Universidade Federal de Viçosa; 2006.
14. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa nº 62, de 29 de dezembro de 2011. Aprova o Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel, em conformidade com os Anexos desta Instrução Normativa. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 30 dez. 2011. Seção 1.
15. Voigt DD, Patterson MF, Linton M, Kelly AL. Effect of high-pressure treatment of milk prior to manufacture on ripening of Camembert cheese. Innov Food Sci Emerg Technol. 2011;12:1-5.
16. Eck A. O queijo, vol. 1. Coleção Euroagro. Lisboa: Europa-América; 1987.
17. Gripon JC. Mould-ripened cheeses. In: Fox PF. Cheese: Chemistry, Physics and Microbiology, vol. 2. 3. ed. Londres: Elsevier; 2004.
18. Fox PF. (ed.). Cheese: chemistry, physics and microbiology: major cheese groups, vol 2. 3. ed. Londres: Elsevier; 2004.
19. Farkye NY, Fox PF. Objective indices of cheese ripening. Trends Food Sci Tecnol. 1990;11:37-40.
20. Pomar E, Prieto B, Franco I, Tornadijo ME, Fresno JM, Gonzalez J. Caracterización química y físico-quimica del queso Zomarano com denominacion de origen. Anais do Congresso, Porto, Portugal, maio de 2001.
21. Furtado MM. A arte e a ciência do queijo. São Paulo (SP): Globo; 1991. p. 165-9.
22. Dumais R, Blais JA, Conrad F. Queso. In: Amiot J. Ciência e Tecnologia de La Leche. 1991.
23. Fox PF. Cheese: chemistry, physics and microbiology, vol. 1: general aspects. 3. ed. Londres: Elsevier; 2004.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2012 Revista del Instituto Adolfo Lutz