Resumen
Este trabalho analisou a associação entre a ocorrência da leptospirose em equinos de tração em áreas urbanas do município de Uberlândia (MG), com os seguintes fatores de risco: presença de roedores, contato com outras espécies animais, local de repouso e manejo sanitário. A presença ou a ausência de anticorpos anti-Leptospira nas 79 amostras de sangue equino foi avaliada pelo teste de soroaglutinação microscópica (SAM) em campo escuro. As informações referentes à presença de roedores, contato com outras espécies animais, local de repouso e manejo sanitário foram obtidas por meio de questionário. As variáveis avaliadas, por serem do tipo categórico, foram submetidas à análise de correspondência múltipla. A taxa de positividade para anticorpo anti-Leptospira foi de 44,30%, e os sorovares mais encontrados foram: icterohaemorrhagiae (21,51%), hardjo (15,05%) e castellonis (10,75%). A presença de roedores, contato com outras espécies animais e ausência de manejo sanitário apresentaram associação com a infecção em equinos, e a alta frequência de aglutininas anti-Leptospira encontrada no soro sanguíneo demonstra a susceptibilidade destes animais aos sorovares de Leptospira interrogans.Citas
1. Saiz-Moreno L. Las zoonosis. Barcelona: Aedos; 1976.
2. World Health Organization. Leptospirosis worlwide. Weekly Epidemiol Rec. 1999;74:237-42.
3. Barcelos C, Lammerhirt CB, Almeida MAB, Santos E. Distribuição espacial da leptospirose no Rio Grande do Sul, Brasil: recuperando a ecologia dos estudos ecológicos. Cad Saúde Pública. 2003;19(5):1283-92.
4. Veronesi R. Doenças provocadas por Espiroquetídeos. In: Doenças infecciosas e parasitárias. 8ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 1991. p. 565-80.
5. Giorgi W, Teruya JM, Macruz R, Genovez EM, Silva AS, Bongo F. Leptospirose em equinos: inquérito sorológico e isolamento de Leptospira icterohaemorrhagiae de feto abortado. Biológico. 1981;47(2):47-53.
6. Santa Rosa CA, Castro AFP, Silva AS. Nove anos de leptospirose no Instituto Biológico de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz. 1969-1970;29-30:19-27.
7. Gírio RJS, Mathias LA, Lacerda Neto JC, Vasconcellos SA. Leptospirose experimental em equinos infectados com Leptospira interrogans sorotipo copenhageni. Aspectos clínicos e sorológicos. Arq Inst Biol. 1999;66(2):21-6.
8. Langoni H, Silva AV, Pezerico SB, Lima VY. Anti-Leptospireagglutinins in equine sera, from São Paulo, Goiás and Mato Grosso do Sul, Brazil, 1996-2001. J Venom Anim Toxins. 2004;10(3):207-18.
9. Valon F. Étude clinique, diagnostic et traitements des leptospirosis équines. Prat Vet Equine. 1998;30:7-14.
10. Pescador CA, Corbellini LG, Loretti AP, Júnior EW, Frantz FJ, Driemeier D. Aborto equino por Leptospira sp. Cienc Rural. 2004;34(1):271-4.
11. Santa Rosa CA. Diagnóstico laboratorial das leptospiroses. Rev Microbiol. 1970;1(2):97-109.
12. Caldas EM, Viegas EA, Reis RS, Massa LFM, Viegas SARA. Estudo comparativo entre estirpes de L. interrogans e L. biflexano diagnóstico de triagem de leptospirose em animais. Arq Esc Med Vet Univ Fed Bahia. 1995-1996;18(1):126-41.
13. Levett PN. Leptospirosis. Clin Microbiol Rev. 2001;14:296-326.
14. Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, Centro Nacional de Epidemiologia, Coordenação de controle de zoonoses e animais peçonhentos. Manual de Leptospirose. Brasília, DF, 2. ed. 1995.
15. Hair JF, Anderson RE, Tatham RL, Black W, eds. Análise Multivariada de dados. 5ª ed. Porto Alegre (RS): Bookman; 2005.
16. Chiareli D, Moreira EC, Gutiérrez HOD, Rodrigues RO, Marcelino AP, Meneses JNC, et al. Frequência de aglutininas anti-Leptospira interrogans em equídeos em Minas Gerais, 2003 a 2004. Arq Bras Med Vet Zootec. 2008;60(6):1576-9.
17. Siqueira CC. Leptospirose equina: estudo soroepidemiológico nas regiões metropolitanas de Salvador e Recôncavo Baiano [dissertação de mestrado] Salvador (BA): Universidade Federal da Bahia; 2012.
18. Lilenbaum W. Leptospirosis on animal reproduction: IV. Serological findings in mares from six farms in Rio de Janeiro, Brazil (1993-1996). Braz J Vet Res Anim Sci. 1998;35(2):61-3.
19. Pellegrin AO, Silva RAMS, Ribeiro SC. Ocorrência de aglutininas anti-Leptospira em equinos do Pantanal Mato-Grossense, sub-região da Nhecolândia. In: Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária. Anais. Olinda: SPEMV; 1994. p. 190.
20. Aguiar DM, Cavalcante GT, Lara MCCSH, Villalobos EMC, Cunha EMS, Okuda LH, et al. Prevalência de anticorpos contra agentes virais e bacterianos em equídeos do Município de Monte Negro, Rondônia, Amazônia Ocidental Brasileira. Braz J Vet Res Anim Sci. 2008;45(4):269-76.
21. Barwick RS, Mohammed HO, Atwill ER, McDonough PL, White ME. The prevalence of equine leptospirosis in New York State. J Equine Sci. 1998;9(4):119-24.
22. Favero ACM, Pinheiro SR, Vasconcellos SA, Morais ZM, Ferreira F, Neto JSF. Sorovares de leptospiras predominantes em exames sorológicos de bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos e cães de diversos estados brasileiros. Cienc Rural. 2002;32(4):613-9.
23. Hashimoto VY, Gonçalves DD, Silva FG, Oliveira RC, Alves LA, Reichmann P, et al. Occurence of antibodies against Leptospiraspp. in horses of the urban area of Londrina, Paraná, Brasil. Rev Inst Med Trop São Paulo. 2007;49(5):327-30.
24. Gomes AHB, Oliveira FCS, Cavalcanti LA, Conceição IR, Santos GR, Ramalho EJ, et al. Ocorrência de aglutininas anti-Leptospiraem soro de equinos no estado da Bahia. Rev Bras Saúde Prod Anim. 2007;8(3):144-51.
25. Ellis WA, O’Brien JJ, Cassells JA, Montgomery J. Leptospiral infections in horses in Northern Ireland: serological and microbiological findings. Equine Vet J. 1983;15(4):317-20.
26. Abuchaim DM. Presença de aglutininas anti-Leptospira em soros de equinos no estado do Rio Grande do Sul. Arq Fac Vet UFRGS. 1991;19(1):9-14.
27. Hunter P, Herr S. Leptospirosis. In: Coetzer JAW, Thomson GR, Tustin RC, eds. Infectious Diseases of Livestock. Oxford: Oxford University; 1994. v. 2. p. 997-1008.
28. Lobo EA, Tautz S, Lovatto PB. Caracterização do padrão sorológico em animais domésticos potencialmente transmissores da leptospirose no município de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. Hora Vet. 2003;23(134):29-32.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2012 Revista del Instituto Adolfo Lutz