Resumen
No Brasil, como em muitos países, é obrigatória a fortificação de sal de cozinha com iodo a fim de evitar graves distúrbios de saúde causados pela deficiência de iodo no organismo. A Resolução RDC nº 130 (26/5/2003) estabelece que o sal adequado para o consumo humano deve conter entre 20 e 60 miligramas de iodo para cada quilograma de produto. Distúrbios de deficiência de iodo (DDI) podem ser causados pela carência ou pelo excesso de iodo. Neste trabalho foram avaliados os teores de iodo em 31 amostras de sal coletadas em estabelecimentos comerciais da região de Campinas-SP. A determinação do teor de iodo foi efetuada em triplicata aplicando-se a titulação iodométrica no Centro de Laboratório Regional – Instituto Adolfo Lutz de Campinas III. Do total de amostras, 10% estavam não conformes com a legislação vigente. No entanto, foi observada melhora gradativa no procedimento de iodação do sal no período estudado, uma vez que houve diminuição da porcentagem de amostras não conformes em relação aos dados anteriores: 20% em 2008; 11% em 2009 e 0% em 2010. A variação dos teores de iodo nas amostras de sal foi evidenciada em produtos de mesma marca e de lotes diferentes
Citas
1. Franco G. Tabela de composição química dos alimentos. 9ª ed. São Paulo (SP): Editora Atheneu; 2001.
2. Mahan LK, Escott-Estump S. Krause alimentos, nutrição e dietoterapia. 10ª ed. São Paulo (SP): Roca; 2002.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual Técnico e Operacional do Pró-Iodo: Programa Nacional para a Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo; 2008. 20 p.
4. Ferreira AB, Lanfer-Marquez UM. Legislação brasileira referente à rotulagem nutricional de alimentos. Rev Nutrição. 2007;20(1):83-93.
5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Programa nacional garante qualidade do sal consumido no país. Rev Saúde Pública. 2004;38(4):611-2.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução RDC n° 130, de 26 de maio de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. [acesso 2010 Out 5 ]. Disponível em: [http://www.anvisa.gov.br/legis/resol//2003/rdc/130_03rdc.htm].
7. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo – Brasil). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4ª ed. [1ª ed. digital]. São Paulo (SP): Instituto Adolfo Lutz; 2008.
8. Brasil. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de Micronutrientes. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2007.
9. Santos LMP. Bibliografia sobre deficiência de micronutrientes no Brasil 1990 – 2000 – Iodo e Bócio endêmico. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2002. [acesso 2010 Out 24]. Disponível em: [http://www.opas.org.br/sistema/arquivos/pes_vol3.pdf ].
10. Corrêa Filho HR, Vieira JBF, Silva YSP, Coelho GE, Cavalcante FAC, Pereira MPL. Inquérito sobre a prevalência de bócio endêmico no Brasil em escolares de 6 a 14 anos: 1994 a 1996. Rev Panam Salud Publica [online]. 2002;12(5):317-26.
11. Pereira A. Sal em excesso. Rev Pesq FAPESP, São Paulo, 2005. [acesso 2010 Out 25]. Disponível em: [http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=2671&bd=1&pg=1&lg=].
12. Duarte C, Tomimori EK, Boriolli RA, Ferreira JE, Catarino RM, Camargo RYA et al. Avaliação ultra-sonográfica da tireoide e determinação da iodúria em escolares de diferentes regiões do Estado de São Paulo. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2004;48(6):842-8.
13. Assessoria de Imprensa da Faculdade de Medicina da USP. Excesso de iodo nutricional provoca aumento de casos de doenças na tireoide. Agência USP de Notícias. São Paulo; out. 2005. [acesso 2010 Out 26]. Disponível em: [http://www.usp.br/agenciausp].
14. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. [acesso 26 Out 2010]. Disponível em: [http://nutricao.saude.gov.br/publi.php].
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2011 Revista del Instituto Adolfo Lutz