Resumen
As hemoglobinopatias representam grave problema de saúde pública em virtude de alta freqüência e pelas consequências fisiopatogênicas. No presente estudo foi avaliado o Programa Nacional de Triagem Neonatal para hemoglobinopatias no Maranhão no ano de 2008. Utilizando-se relatórios obtidos do serviço de referência e Secretaria de Saúde do Estado, foram analisados os dados da implantação do programa em todos os municípios maranhenses, bem como a consonância com o Ministério da Saúde quanto aos recursos humanos e divulgação do serviço. Na coleta das amostras, 60,4% das crianças tinham entre oito dias a um mês de idade. O tempo médio entre a coleta e o recebimento da amostra foi de 37 dias. Foram realizados 99.498 testes para hemoglobinopatias, dos quais 4,8% apresentaram perfis alterados. A alteração mais frequente foi o traço falciforme (1/25,4). A cobertura do programa foi de 81,57%. Conclui-se que há necessidade de melhorias no serviço de triagem quanto aos indicadores de gerenciamento, bem como maior atenção no diagnóstico e intervenção precoce das doenças hemoglobínicas que apresentam alta frequência no Maranhão.
Citas
1. Ministério da Saúde. Autocuidado na Doença Falciforme. (Manual de Educação em Saúde, v. 1). Brasília: Ministério da Saúde; 2008.
2. Ministério da Saúde. Manual de normas técnicas e rotinas operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
3. Oliveira RAG, Poli Neto A. Anemias e leucemias: conceitos básicos por diagnóstico e técnicas laboratoriais. 1ª ed. São Paulo: Roca; 2004.
4. Ministério da Saúde. Portaria nº GM 822. Institui o Programa Nacional de Triagem Neonatal, no âmbito do Sistema Único de Saúde, para fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística e hemoglobinopatias. Diário Oficial [da] União. Brasília, DF, 6 jun. 2001.
5. Daudt LE, Zechmaister D, Portal L, Camargo Neto E, Silla LMR, Giugliani R. Triagem neonatal para hemoglobinopatias: um estudo piloto em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saúde Pública. 2002;18(3):833-41.
6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doenças Falciformes. Brasília, DF: Anvisa; 2002.
7. Fisher GB, Rathke CAF, Friedrish JR, Job FM. Características clínicas dos portadores de hemoglobinopatias. J Bras Med São Paulo. 1999;77:39-42.
8. Hardison RC, Chui DH, Giardine B, Riemer C, Patrinos GP, Anagnou N et al.HbVar: A relational database of human hemoglobin variants and thalassemia mutations at the globin gene server. Hum Mutat. 2002;19(3):225-33.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2011 Revista del Instituto Adolfo Lutz