Resumen
As piscinas representam locais de recreação, porém podem colocar em risco a saúde dos usuários pela possibilidade de veicular agentes danosos. A norma técnica do Estado de São Paulo para o controle de qualidade das águas de piscina entrou em vigor em 1979, e requer revisão. Este trabalho avaliou as condições sanitárias das águas de piscinas do Município de Praia Grande/SP. Foram coletadas quatro amostras semanais por estabelecimento, sendo duas piscinas públicas e seis particulares, totalizando-se 32 amostras. Os exames microbiológicos foram realizados segundo a APHA, 2005, para coliformes totais, Escherichia coli, Enterococos, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, bolores e leveduras. As análises físico-químicas de turbidez, cloreto, nitrato, nitrito, cor, condutividade, ferro, sulfato, dureza total, odor, temperatura, pH e cloro residual livre foram efetuadas, de acordo com a ANVISA/MS, 2005. Apenas duas amostras estavam de acordo com a legislação e 30 mostraram não conformidade, quanto aos parâmetros estabelecidos (cloro residual livre e pH). Houve presença de coliformes totais, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, não previstos na norma. Além da necessidade de controle permanente da qualidade das águas de piscinas localizadas no mencionado município, esses achados oferecem subsídios para efetuar atualização da legislação em vigor no Estado de São Paulo.Citas
1. Sansebastiano G, Zoni R, Zanelli R, Bigliardi R. Microbiological aspects of pool water. Ig Sanita Pubbl. 2008; 64(1):121-9.
2. Itah AY, Ekpombok MU. Pollution status of swimming pools in south-south zone of south-eastern Nigeria using microbiological and physicochemical indices. Southeast Asian J Trop Med Public Health. 2004; 35(2):488-93.
3. Alvarenga LS, Freitas D, Hofling-Lima AL. Ceratite por Acanthamoeba. Arq Bras Oftalmol. 2000; 63(2):155-9.
4. Russomanno R. Water quality criteria for recreation and aesthetics. In: Environmental Protection Agency. Water Programs Operations. Training Program. Current practices in water Microbiology. Cincinnati:EPA, 1973. p. 6.1-6.6.
5. La Torre G, De Vito E, Barra M, Masala D, Tartaglia A, Mannocci A et al. Applicability of the new law of State and Regional Agreement on management of swimming pools. Ann Ig. 2005; 17(4): 281-8.
6. Zholdakova ZI, Sinitsyna OO, Tul’skaia EA, Odintsov EE. Hygienic standards of chemicals for water sterilization in the swimming pools. Gig Sanit. 2007; Set-Oct:76-80.
7. Macêdo JAB, Andrade NJ, Araújo JMA, Chaves JBP, Silva MTC, Jordão CP. Cloraminas orgânicas uma solução para evitar a formação de trihalometanos no processo de desinfecção de águas para abastecimento público. Rev Hig Alim. 2001; 15(90/91): 93-103.
8. Menezes e Silva CH. Contaminação bacteriana em águas de piscina. Caderno Técnico, 2004; 1(2):1-6. (Suplemento de Hidronews).
9. Mendonça CP, Ruff SD. Estudo das condições sanitárias das águas de piscinas públicas e particulares, na cidade de Araraquara, SP, Brasil. Rev Saúde Pública. 1978; 12(2):113-21.
10. São Paulo. Leis, decretos, etc. Decreto nº 13.166, de 23 de janeiro de 1979. Aprova Norma Técnica Especial (NTE) relativa a piscinas. Diário Oficial [do] Estado de São Paulo. São Paulo, SP, 24 jan. 1979. Seção I.
11. Heitor AM. Saúde em piscinas/Água-qualidade química. [acesso em 18 jun. 2008]. Disponível em: [http://www.tratamentodeagua.com.br/a1/informativos/acervo.php?cp=est&chave=250].
12. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Qualidade de água de piscina. (NBR 10818, nov/1989).
13. Signorelli C, Pasquarella C, Saccani E, Sansebastiano G. Treatment of thermal pool waters. Ig Sanita Pubbl. 2006; 62(5):539-52.
14. Eaton AE, Clesceri LS, Rice EU, Greenberg AE. Standard Methods for the examination of water and wastewater. 21st ed. Baltimore: United Book Press; 2005.
15. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo - Brasil). Métodos físico-químicos para análise de alimentos: normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª ed. Brasília (DF): ANVISA; 2005.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2010 Revista del Instituto Adolfo Lutz