Proteção solar, uma questão de saúde pública: avaliação das informações contidas nos rótulos dos protetores solares mais comercializados no Brasil
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Palavras-chave

protetor solar
rótulo
Vigilância Sanitária
Brasil

Como Citar

1.
Doria SR, Alves EN, Menezes KMP, Tomassini TCB. Proteção solar, uma questão de saúde pública: avaliação das informações contidas nos rótulos dos protetores solares mais comercializados no Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de agosto de 2009 [citado 28º de março de 2024];68(3):482-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32711

Resumo

As informações contidas nos rótulos dos protetores solares são fundamentais para a eficácia, segurança e para o controle da qualidade desses produtos. O presente estudo teve como objetivos verificar se as informações contidas nos rótulos dos protetores solares estão de acordo com as normas vigente e avaliar se elas orientam adequadamente o consumidor quanto à escolha e uso do produto para a efetiva proteção. Utilizando como instrumento de coleta de dados o roteiro de inspeção, elaborado e empregado pelo Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde para análise de rótulos desses produtos, foram verificadas as informações imprescindíveis e por meio de uma análise crítica, consideradas se as mesmas eram suficientemente explícitas e adequadas. O estudo demonstrou que 76% dos produtos analisados não cumpriam os requisitos técnicos estabelecidos pelas normas, deixando de apresentar informações importantes relativas à fabricação, modo e restrições de uso, frases de advertências, indicações específicas do produto e cuidados a serem observados quando de sua utilização. Os dizeres contidos nos rótulos não eram sufi cientes e nem adequados para orientar o consumidor de modo a obter a proteção solar necessária. Os rótulos dos protetores solares necessitam com urgência de uma revisão criteriosa. A omissão dos requisitos técnicos estabelecidos, além de constituir infração sanitária, acarreta prejuízo para as ações correspondentes de vigilância.

https://doi.org/10.53393/rial.2009.v68.32711
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